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Roberto Henry Ebelt
Present Tense – um tempo estranho.
Refiro-me é claro, ao tempo verbal conhecido em português como presente do indicativo e, em inglês, como present tense.
A maioria das pessoas imagina que esses tempos verbais descrevam o presente, mas não é exatamente isso. Tanto em inglês como em português, o presente do indicativo e o present tense, basicamente descrevem situações rotineiras e não algo que esteja ocorrendo no momento em que se fala.
Vejam:
- Eu moro em Porto Alegre. – I live in Porto Alegre. (Quem diz esta frase pode nem estar em Porto Alegre no momento em que fala).
- Ela gosta muito de ir ao cinema. – She likes very much to go to the movies (uma situação rotineira).
- Eu penso que este assunto está ficando cansativo. – I think (that) this subject is getting boring.
Isso posto fica a pergunta: se o presente não serve para descrever o que está ocorrendo no momento em que falamos, para que serve, então?
A resposta, válida tanto para o inglês como para o português, como já dissemos acima, é: serve, principalmente para descrever situações rotineiras.
Digo PRINCIPALMENTE, pois existem outras situações adequadas para usar o presente do indicativo. Uma delas é a seguinte: para descrever uma situação que começou no passado e se estende até o momento em que falamos.
Exemplo:
- Eu moro em Porto Alegre desde 1950.
- Ela ocupa o cargo de presidente desde janeiro passado.
Observe que em inglês não devemos usar o present tense para expressar essa ideia. Em inglês, o tempo para descrever tal situação é o present perfect tense (ou a sua variação progressiva present perfect tense continuous):
- I have lived in Porto Alegre since 1950 ou
- I have been living in Porto Alegre since 1950.
- She has served as president since last January, ou
- She has been serving as president since last January.
Dificilmente aprendemos a usar o presente do indicativo em português. Sabem a razão?
Porque aprendemos português, na escola, como idioma nativo e não como idioma estrangeiro. Isso pressupõe que os alunos já saibam falar português, portanto os alunos não aprendem a falar o idioma que está sendo ensinado. Ensina-se SOBRE o idioma em questão, e não o idioma propriamente dito.
Uma das grandes vantagens de aprender inglês (ou qualquer idioma estrangeiro) é aprender mais sobre o nosso idioma pátrio através de comparações. Brasileiros que falam inglês, via de regra, falam português melhor do que falavam antes de começar a estudar inglês.
FUTEBOL:
Para não dizerem que não falei de soccer:
Cambista, em inglês, é SCALPER (scalper, literalmente é aquele que esfola, aquele que passa a navalha em alguém para arrancar o couro cabeludo). A propósito, a palavra bisturi é scalpel.
Republic of Cameroon ou République du Cameroun: A primeira vista o nome deste país africano não tem nada a ver com CAMARÕES (os crustáceos). Muito menos no plural, como dizemos em português, República dos Camarões. Pessoalmente acho que seria muito mais apropriado chamar este país de Cameroun. Porém, os SHRIMPS (camarões) originalmente têm algo a ver com o nome deste país. Os navegadores portugueses, no século XV, ao chegar ao litoral da atual República dos Camarões, denominaram um determinado rio da região de Rio dos Camarões. Esse fato é tão velho que duvido que os Cameroonians saibam disso, pois as línguas oficiais do país são o inglês, como não poderia deixar de ser, e o francês.
Dúvidas sobre inglês? Mande-me um e-mail.
Meu endereço: roberto@henrys.com.br
Roberto Henry Ebelt é professor, escritor, escreveu uma coluna semanal para o Jornal do Comércio de Porto Alegre entre 2001 e 2013, e é diretor do curso HENRY'S BUSINESS ENGLISH desde 1971.
Seu mais recente livro, O QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE ESTUDAR INGLÊS, pode ser encontrado nas livrarias Disal, Cultura e SBS ou à rua Hoffmann, 728 em Porto Alegre.
E-mail: roberto@henrys.com.br
Fone (51) 3222-3144
www.henrys.com.br
Página no Facebook: https://www.facebook.com/henrysbusinessnglish/?pnref=lhc
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