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James M. Dressler
Davos
Jair Bolsonaro, pela ausência dos líderes das principais nações do mundo no Fórum Mundial Econômico, como Trump (EUA) e Xi Jinping (China), acabou sendo personagem de grande destaque no evento. O resultado de sua participação, apesar da tentativa de avaliações negativas de seus adversários políticos e de setores da imprensa, foi bastante satisfatório.
Com um discurso curto, de apenas seis minutos, Bolsonaro deu as linhas gerais que orientarão seu governo, confirmando tudo aquilo que disse na campanha e depois de eleito, ainda no Brasil. Pode se questionar que poderia ter falado mais, mas há que se lembrar de que Bolsonaro ainda está convalescendo e, mais do que isso, tem medidas em estudo que sequer detalhou aqui no Brasil, e tampouco foram completamente definidas dentro de sua própria equipe. Não poderia detalhá-las antes disso. Mas se sabe o que as norteará, e foi este norte que Bolsonaro apresentou ao mundo, que ainda não o conhecia.
Coube a quem tem as definições das medidas econômicas mais adiantadas em sua cabeça dar mais detalhes. Com a inteligência que o caracteriza, dono de um inglês fluente, Paulo Guedes deu um show e animou os investidores. Discorreu sobre como abrir e destravar a economia brasileira, ao mesmo tempo em que resolve o problema do déficit fiscal que assola o país há cinco anos. Resta saber se a equipe encarregada da política do governo Bolsonaro fará bem seu trabalho de convencimento do Congresso, para que as reformas e medidas pretendidas pelo governo sejam aprovadas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Moro desempenhou bem seu papel, a figura dele, pela credibilidade que amealhou nos últimos cinco anos, por si só dispensa apresentações, e emprestam ao novo governo uma confiabilidade ainda maior.
O mercado financeiro brasileiro, olhando todo o período relativo a Davos, respondeu bastante bem ao que viu e ouviu ecoar de Davos. A bolsa brasileira bateu recorde atrás de recorde e fechou a semana na sua máxima histórica.
Os próximos três meses, com a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, e a apresentação da reforma da Previdência ao Congresso, serão decisivos para o sucesso inicial do governo Bolsonaro. Se aprovada a reforma nos moldes pretendidos por Guedes, o problema do déficit fiscal estará equacionado, a dívida pública convergirá para patamares civilizados, e o crescimento econômico voltará, trazendo consigo os empregos.
Será um efeito semelhante ao que vimos quando do lançamento do Plano Real, que arrumou o Brasil na década de 90. O passo que se dará agora foi o passo que faltou dar naquela época depois do Real, e que ficou congelado por opção dos governos petistas por mais de uma década, nos conduzindo à maior crise de nossa história.
Chegou a hora de dar aquele passo e recolocar o país nos trilhos.
Que Deus nos ajude.
James Masi Dressler é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e pós-graduado em Ciência da Computação pela mesma universidade.
e-mail: jamesmdr@gmail.com
Twitter: @jamesmdr
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