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14 de janeiro de 1953.

Josip Broz Tito é escolhido presidente da Iugoslávia


Josip Broz Tito (Kumrovec, 7 de maio de 1892 - Ljubljana, 4 de maio de 1980) foi primeiro-ministro e presidente da Iugoslávia durante grande parte da existência do país. Após a sua morte desencadeou-se uma grande guerra civil e desmembramento das repúblicas.

Nascido Josip Broz no território croata, foi primeiro-ministro iugoslavo entre 29 de novembro de 1945 e 14 de janeiro de 1953 e presidente entre 14 de janeiro de 1953 e 4 de maio de 1980. Durante a Primeira Guerra Mundial, serviu na infantaria austro-húngara e foi feito prisioneiro na Rússia. Escapou e lutou pela Revolução Russa. Depois de retornar à Iugoslávia, envolveu-se com o Partido Comunista e esteve preso por seis anos. Após a invasão alemã da Iugoslávia (1941), Tito organizou as forças guerrilheiras na Frente de Libertação Nacional. Teve de combater não apenas os alemães como também seus comparsas Ustase, que formaram um governo croata dependente do Eixo. Outro de seus inimigos mais notáveis foi Draza Mihailovic, chefe dos chetniks, nacionalistas sérvios. A desunião entre os iugoslavos foi superada em nome da expulsão do invasor nazista.

Ao final da guerra, ele surgiu como o líder do novo governo federal. Rejeitou a tentativa de Stalin de controlar ideologicamente os Estados comunistas da Europa oriental (a Iugoslávia não integrava a aliança militar do bloco comunista). Como conseqüência, a Iugoslávia foi desvinculada do Cominform (organização internacional comunista que visava coordenar as atividades do partido em toda a Europa) e Tito tornou-se um dos principais expoentes do não-alinhamento durante a Guerra Fria. Em 1961, ele promoveu a Conferência Internacional dos Países Não-Alinhados, onde ficou determinado que as nações participantes tomariam uma postura de neutralidade em relação à Guerra Fria.

As relações com a União Soviética foram reatadas em 1955, mas Tito manteve sua independência, experimentando diferentes estilos de organização econômica, incluindo a participação dos trabalhadores na administração das fábricas – que recebeu o nome de autogestão. Com sua morte, em 1980, o cargo de presidente da Iugoslávia passou a ser rotativo entre as seis repúblicas mas, por volta de 1989, o sistema encontrava-se em desordem e a unidade do país começou a se desintegrar, em grande parte devido à profunda crise econômica gerada pelo desmoronamento do Leste Europeu e, mais importante, pelo surgimento de partidos ultranacionalistas em todas as repúblicas, principalmente na Croácia e na Sérvia. Estava formado o caldo que jogaria o país numa brutal e insana guerra civil, com ódios étnicos seculares refletidos em atrocidades cometidas por todos os lados do conflito.

Tags: Presidente, Iugoslávia, Croácia, Bósnia






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