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02 de janeiro de 1757.

O Reino Unido captura Calcutá, Índia, durante guerra que manteve com a França (1756-1763)

O major-general Robert Clive, 1 º Barão Clive

A Guerra dos Sete Anos foi uma série de conflitos internacionais que ocorreram entre 1756 e 1763, durante o reinado de Luís XV, entre a França, a Monarquia de Habsburgo e seus aliados (Saxônia, Império Russo, Império Sueco e Espanha), de um lado, e a Inglaterra, Portugal, o Reino da Prússia e Reino de Hanôver, de outro.

Vários fatores desencadearam a guerra: a preocupação das potências europeias com o crescente prestígio e poderio de Frederico II, o Grande, Rei da Prússia; as disputas entre a Monarquia de Habsburgo e o Reino da Prússia pela posse da Silésia, província oriental alemã, que passara ao domínio prussiano em 1742 durante a Guerra de sucessão austríaca; e a disputa entre a Grã-Bretanha e a França pelo controle comercial e marítimo das colônias das Índias e da América do Norte. Também foi motivada pela disputa por territórios situados na África, Ásia e América do Norte.

A fase norte-americana foi denominada Guerra Franco-Indígena (ou Guerra Francesa e Indígena), e participaram a Inglaterra e suas colônias norte-americanas contra a França e seus aliados algonquinos. A fase asiática iniciou o domínio britânico nas Índias.

Foi o primeiro conflito a ter carácter mundial, e o seu resultado é muitas vezes apontado como o ponto fulcral que deu origem à inauguração da era moderna.

A Guerra foi precedida por uma reformulação do sistema de alianças entre as principais potências europeias, a chamada Revolução Diplomática de 1756, e caracterizou-se pelas sucessivas derrotas francesas na Alemanha (Rossbach), no Canadá (queda de Québec e Montreal) e na Índia.

O conflito terminou com a vitória da Inglaterra e seus aliados.

Operações nas colônias

Paralelamente aos conflitos nos campos de batalha da região central da Europa, os combates travados entre a Inglaterra e a França pela posse das colônias da América do Norte e das Índias estenderam-se às Índias Ocidentais, oeste da África, Mediterrâneo, Canadá e Caribe.

A ocupação da ilha de Minorca, então possessão inglesa, pelos franceses, em 1756, provocou o bloqueio inglês às costas da França em Toulon e Brest, o que deixou indefeso o Canadá francês diante dos ataques lançados pelos ingleses às colônias ao sul do rio São Lourenço.

Em julho de 1757, o primeiro-ministro Pitt, o Velho, subiu ao poder na Inglaterra e conduziu a guerra com habilidade e vigor. Enquanto a França via-se limitada pelos seus compromissos continentais, a Grã-Bretanha tomava o controle do Atlântico e isolava as forças francesas na América do Norte.

Precisando de reforços, Louisbourg caiu em 1758. O ano de 1759 foi de vitórias britânicas - Wolfe capturou Québec, Ferdinando derrotou o exército francês em Minden e Hawke destruiu a frota francesa na baía de Quiberon. Com a tomada de Montreal, em 1760, depois das vitórias navais britânicas da Baía de Quiberon e Lagos, todas as possessões francesas no Canadá passaram às mãos dos ingleses, que conquistaram ainda alguns portos do Mediterrâneo.

Na Índia, o major-general Robert Clive, 1 º Barão Clive havia conseguido o controle de Bengala em Plassey. Os franceses se renderam nas Índias em 1761. O almirante Boscawen atacou com sucesso as Índias Ocidentais francesas. Em 1761, a Espanha entrou na guerra e Pitt renunciou. A França assinara com a Espanha o chamado "pacto de família", o que provocou a invasão de Cuba pela Inglaterra e a ocupação de Manila, nas Índias Ocidentais. Até o ano de 1763, os britânicos controlavam a Havana espanhola e todas as ilhas francesas, com exceção de Santo Domingo.

Em meados do século XVIII o relacionamento saudável entre a Inglaterra e as 13 colônias foi modificado devido a dois fatores paralelos:


As Guerras Carnáticas

As guerras Carnáticas (nome derivado do Estado de Karnataka, Índia) foram uma série de conflitos militares durante o século XVIII entre o Reino Unido, França e Marathas pelo controle da costa entre Nelore e Tamil Nadu, na costa oriental da Índia. Naquela época, a região de Karnataka era uma dependência de Hyderabad no Império Mughal.

Houve três guerras Carnáticas travadas entre 1744 e 1763. Considera-se que as guerras Carnáticas estabeleceram a supremacia britânica no subcontinente indiano, supremacia essa que permaneceria n os próximos duzentos anos.

Quando a notícia da queda de Calcutá chegou em Madras em 16 de agosto de 1756, o Conselho imediatamente enviou uma força expedicionária sob o comando do O major-general Robert Clive, 1 º Barão Clive e o Almirante Charles Watson.

Uma carta do Conselho de Fort St. George afirma que "o objeto da expedição não era apenas restabelecer os assentamentos britânicos em Bengala, mas também obter amplo reconhecimento dos privilégios da Companhia e reparação de suas perdas" sem risco de guerra.

Clive assumiu o comando das forças terrestres, composto por 900 europeus e 1500 cipaios, enquanto Watson comandava um esquadrão naval. A frota entrou no rio Hooghly em dezembro de 1756 e encontrou-se com os fugitivos de Calcutá e dos arredores, incluindo os principais membros do Conselho, na aldeia de Fulta em 15 de dezembro de 1756.

Em 29 de dezembro, a força desalojou o inimigo do forte de Budge Budge. Clive e Watson moveram-se então de encontro a Calcutá em 2 de janeiro de 1757 e a guarnição de 500 homens foi rendida após ter oferecido pouca resistência.


‘Um novo mapa da América do Norte’, produzido após o Tratado de Paris.

A paz

Todos estavam dispostos a um acordo de paz. No cômputo global do conflito, a Inglaterra e a Prússia foram as grandes vitoriosas.

Em 1762, o Tratado de São Petersburgo devolveu a Pomerânia à Prússia, antigo território Germânico, tomado pelos Suecos na Guerra dos Trinta Anos. Pelo Tratado de Paris, firmado em 10 de fevereiro de 1763, franceses, austríacos e ingleses assinarem a paz.

No acordo firmado, os ingleses ganham o Canadá e parte da Louisiana, Flórida (que foi cedida pela Espanha), algumas ilhas das Antilhas (São Vicente e Granadinas, Tobago, Granada, São Luís, e feitorias costeiras do Senegal, na África, além de ter de reconhecer todas as conquistas inglesas nas Índias Ocidentais. A favor de Espanha, para compensá-la dos prejuízos advindos da guerra, a França cedeu o resto da Louisiana e Nova Orleans. Os franceses perdiam também toda a influência na Índia.

Finalmente, em 15 de fevereiro de 1763, foi firmada a paz definitiva em Hubertusburgo. Pelo Tratado de Hubertsburg, a Áustria renunciou definitivamente à Silésia e a cedeu à Prússia, enquanto a Polônia era dividida pela primeira vez, ocupada pela Prússia, Rússia e Áustria.

A Prússia se afirma como concorrente da Áustria na liderança dos estados alemães, lançando as bases do futuro Império Alemão. As importantes vitórias inglesas sobre a França, solidificadas no Tratado de Paris, lançam as bases do futuro Império Colonial Britânico.

No Brasil houve repercussão dessa luta. Portugal não aderiu ao "pacto de família", o que motivou o ataque dos espanhóis do rio da Prata ao sul do Brasil. O Tratado de Santo Ildefonso, assinado em 1º de outubro de 1777, encerrou o conflito: a Espanha tomou posse da Colônia do Sacramento e de grande parte do atual território do Rio Grande do Sul, enquanto Portugal recuperava a ilha de Santa Catarina.

Fonte: Wikipédia


Tags: Guerra dos Sete Anos, Tratado de Paris, Tratado de Hubertusburg






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