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05 de agosto de 1963.

Os Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética assinam um tratado em Moscou banindo os testes nucleares na atmosfera, espaço e água

Presidente John F. Kennedy, cercado por servidores e senadores, se prepara para assinar o Tratado de Interdição Parcial de Testes Nucleares. (5 de agosto de 1963)

No dia 5 de agosto de 1963 foi assinado um acordo de desarmamento geral e completo, sob rigoroso controle internacional. Ficavam proibidos todos os tipos de testes nucleares em qualquer ponto do planeta.

No final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre o Japão. A primeira, chamada de Little Boy (Garotinho), devastou a cidade de Hiroshima. A segunda, apelidada de Fatman (Gordo), arrasou com Nagasaki. Começava aí um período de grande medo, em que a arma de destruição em massa se fazia cada vez mais presente nos países industrializados.

Depois de aniquilar as duas cidades japonesas, os Estados Unidos deram ao mundo a prova irrefutável de seu assombroso poder de destruição. Em 1949, porém, a União Soviética também detonou uma bomba atômica num campo de testes no Cazaquistão. Com esse acontecimento, termina o monopólio americano sobre a nova tecnologia nuclear e cresce o medo em todo o mundo frente a um possível confronto entre as duas mais poderosas nações.

Supremacia soviética

Entre 1949, quando a URSS realiza seu primeiro teste nuclear, e 1962, ano da crise dos mísseis na ilha de Cuba, desdobra-se uma corrida armamentista entre os dois países, cada um desenvolvendo uma arma com poder de destruição maior que o do inimigo. Um dos grandes avanços tecnológicos foi a diminuição do tamanho e o aumento da capacidade destrutiva da bomba atômica, permitindo, por exemplo, que ela fosse transportada na ogiva de um foguete.

O lançamento de dois satélites artificias ao espaço pelo governo soviético teve grande repercussão no mundo e colocou em evidência a vantagem russa na corrida armamentista. Os foguetes utilizados para levar os satélites ao espaço preocuparam os especialistas americanos. Eles acreditavam na possibilidade de os soviéticos transportarem bombas nucleares em veículos espaciais, e o que era pior: dentro do espaço aéreo terrestre.

O governo americano respondeu à superioridade inimiga com a criação da Nasa, órgão responsável pelas pesquisas e desenvolvimento de foguetes e artefatos espaciais, em 1958. A concorrência entre os dois países conforme os anos fica mais acirrada. Os Estados Unidos também já dominavam a tecnologia espacial, lançando o satélite Explorer ao espaço.

A crise dos mísseis em Cuba

Os anos que se sucederam depois da 2ª Guerra Mundial, período chamado de Guerra Fria, atingiu seu auge quando, em outubro de 1962, caças de espionagem americanos fotografaram as instalações de mísseis soviéticos em Cuba. Acreditava-se que eram foguetes munidos de ogivas nucleares e que a intenção era vulnerabilizar os Estados Unidos para um ataque ao país a menos de 200 km de distância.

O presidente americano John F. Kennedy ameaçou Nikita Khruchov, chefe de Estado e de Partido soviético, advertindo-o que não hesitaria em usar armas nucleares em respostas à iniciativa russa. O risco de uma terceira guerra mundial parecia iminente, já que agora não eram somente os dois países que tinham bombas em seu poder. França e Reino Unido também já possuíam armamento atômico.

A tendência de proliferação de armas com tamanha capacidade de destruição era evidente. Cada vez mais países dominavam a tecnologia nuclear e isso só elevava o risco de um confronto envolvendo um grande número de nações.

Assinatura do Tratado

Devido a essa delicada expansão armamentista, e principalmente ao impacto causado pelas ameaças dos mísseis de Cuba, a União Soviética, os Estados Unidos e a Reino Unido assinaram, no dia 5 de agosto de 1963, em Moscou, um acordo de proibição de testes nucleares (Partial Test Ban Treaty). A China, contudo, não participou do Tratado, e realizou, em 1964, seus primeiros testes atômicos.

O acordo colocaria um fim à toda corrida de armamentos nucleares. No Tratado estão dispositivos que proíbem qualquer tipo de explosões experimentais de armas nucleares, realizadas em qualquer ponto da atmosfera, inclusive o espaço cósmico ou sob águas territoriais e de alto-mar.

Hoje, a maior parte dos países já aderiu ao Tratado, inclusive o Brasil. A França, entretanto, continuou executando testes nucleares até o início da década de 90, no atol de Mururoa, sob protestos de ONGs e da opinião pública internacional.

Fonte: Deutsche Welle


Tags: Armas, nucleares, atômica, tratado, bomba, guerra fria






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