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04 de fevereiro de 1902.

Nasce Charles Lindbergh, famoso por ter feito o primeiro voo solitário transatlântico sem escalas


Charles Augustus Lindbergh - (Detroit, 4 de fevereiro de 1902 - Havaí, 26 de agosto de 1974) foi um pioneiro da aviação norte-americano, famoso por ter feito o primeiro voo solitário transatlântico sem escalas em avião, em 1927.

O então piloto do correio aéreo foi o primeiro a sobrevoar o Atlântico num voo sem escalas. Partiu de Nova York a bordo do monoplano Spirit of St. Louis e chegou a Paris 33 horas depois, em 21 de maio de 1927.

Para mim, a famosa travessia do Atlântico faz de Lindbergh um dos maiores, se não o maior herói do século 20. Esta opinião sobre o aviador Charles Lindbergh é expressa pelo jornalista A. Scott Berg na biografia que resultou de nove anos de trabalho e foi lançada também no Brasil.

Charles Lindbergh, ídolo das massas, objeto de interesse da mídia, paparicado pelos grandes do mundo, tinha uma grande paixão: a aviação e seu desenvolvimento tecnológico. Ele nasceu em 4 de fevereiro de 1902 no meio-oeste americano e foi criado na fazenda dos pais. Mas no fundo ele não era rancheiro. Interessava-se mais pelo motor e pelo trator do que pelas plantações, segundo um amigo de infância.

Herói da noite para o dia

Ele foi o primeiro a realizar a façanha de atravessar o Atlântico, sozinho a bordo de um monoplano, num voo sem escala, tornando-se um herói da noite para o dia. Quando aterrissou no Aeroporto Le Bourget em Paris, em 21 de maio de 1927, 33 horas depois de ter partido de Nova York, estava sendo esperado por uma multidão de 150 mil pessoas.

A partir de então, tudo o que ele fazia era acompanhado por um público ávido de novidades. Em 1929, Lindbergh casou-se com Anne Morrow, filha do embaixador americano no México. O primeiro filho do casal foi seqüestrado e morto em 1932, uma tragédia que comoveu o mundo. A Justiça condenou o presumível autor do crime à morte, num julgamento até hoje considerado polêmico.

A exposição constante à opinião pública tornou insuportável a vida dos Lindbergh, que deixaram os Estados Unidos e realizaram uma viagem pelo mundo a mando da Secretaria americana da Guerra. Ele trabalhou como uma espécie de embaixador americano informal. Comparecia a recepções, conhecia autoridades, traçava planos para a aviação comercial em escala global, conta Scott Berg na biografia.

Suspeita de simpatia com o nazismo

O casal esteve também na Alemanha, onde ficou impressionado com os progressos tecnológicos do país governado pelos nacional-socialistas. Ambos participaram da abertura dos Jogos Olímpicos de 1936 ao lado de Adolf Hitler, no camarote oficial.

Regressando aos Estados Unidos, Lindbergh passou a fazer oposição aberta ao presidente Franklin Roosevelt e a apoiar o trabalho do conservador American First Committee, que pregava a neutralidade americana na guerra iniciada por Hitler.

Seu posicionamento político valeu a suspeita, na opinião pública, de que simpatizava com os nazistas. Quando o Japão atacou Pearl Harbor, Lindbergh alistou-se no Exército como voluntário, mas o presidente Roosevelt recusou sua colaboração. Ele só foi admitido para participar das lutas como piloto em 1944.

Pouco antes do final da guerra, recebeu uma missão especial: a de descobrir em que ponto os alemães se encontravam no desenvolvimento de foguetes. Foi assim que visitou o campo de concentração Dora-Mittelbau, onde morreram 25 mil prisioneiros que realizavam trabalhos forçados – na construção do foguete V-2.

Vendo em si próprio o grande símbolo romântico da aviação, Lindbergh passou a considerar-se co-responsável pela destruição do mundo. Nos últimos 25 anos de vida, viajou muito pelo mundo defendendo causas ambientalistas. Morreu de câncer, no Havaí, em 27 de agosto de 1974.

Revelação tardia

Um fato da vida do aviador, contudo, permaneceu oculto por décadas: a de que ele levava uma vida dupla. Somente em novembro de 2003, testes de DNA confirmaram que Lindbergh teve três filhos com a chapeleira Brigitte Hesshaimer, no sul da Alemanha.

Fonte: [link=http://www.dw-world.de/dw/0,,607,00.html?id=607]Rádio Deutsche Welle [/link]

Tags: Aviação, seqüestro






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