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21 de junho de 2004.

Morre o "Líder da Legalidade", Leonel de Moura Brizola, uma das maiores lideranças políticas do Brasil

Leonel de Moura Brizola

Leonel de Moura Brizola (Carazinho, 22 de janeiro de 1922 — Rio de Janeiro, 21 de junho de 2004) foi um engenheiro civil e político brasileiro.

Lançado na vida pública por Getúlio Vargas, foi o único político eleito pelo povo para governar dois estados diferentes (Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) ao lado de Pedro Pedrossian em toda a história do Brasil. Exerceu também a presidência de honra da Internacional Socialista.

Nascido no vilarejo de Cruzinha, hoje interior de Carazinho, então pertencente ao município de Passo Fundo, era filho de camponeses migrados de Sorocaba. Batizado como Itagiba de Moura Brizola, cedo adotou o nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha.

Foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro.

Sua influência política no Brasil durou aproximadamente cinquenta anos, inclusive enquanto exilado pelo Golpe de 1964, contra o qual foi um dos líderes da resistência.

Por duas vezes foi candidato a presidente do Brasil pelo PDT, partido que fundou em 1980, não conseguindo ser eleito. Morreu aos 82 anos de idade, vitimado por problemas cardíacos.

Em concurso realizado pelo SBT e pela BBC de Londres em 2012, foi eleito um dos 100 maiores brasileiros de todos os tempos, ocupando a 47ª posição.

Em 29 de dezembro de 2015 foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

A renúncia de Jânio Quadros e a Campanha da Legalidade

Brizola era o 23º governador do Rio Grande do Sul no período republicano quando o presidente Jânio Quadros renunciou, em agosto de 1961. Foi ele quem comandou a resistência civil às pretensões golpistas dos militares e segmentos conservadores e oligárquicos da classe política de impedir a posse do vice-presidente constitucionalmente reeleito, pelo voto popular, João Goulart, ocasião em que deflagrou a chamada "Campanha da Legalidade".

Em 1962, Brizola se elege deputado federal pelo extinto estado da Guanabara pela sigla do PTB. Recebeu a maior votação no país até aquela data, com um total de 269 mil votos. Para se ter uma noção, Amaral Netto, candidato pela UDN, ficou com "somente" 123.383 votos.

Morte

Seis dias antes de morrer, Leonel Brizola chegou à sua residência no Rio de Janeiro, vindo de sua fazenda no Uruguai, com infecção intestinal e forte gripe. Apresentava febre e vômitos e estava bastante debilitado. Apesar de acamado, continuou a receber visitas de políticos, entre os quais Anthony Garotinho e sua filha Clarissa Matheus, além de seus afilhados políticos Carlos Lupi e Jorge Roberto Silveira e de seu ex-rival Moreira Franco.

Três dias depois sua situação deteriorou-se ainda mais. Depois de muita resistência, Brizola concordou em ir a um hospital nas proximidades. Uma tomografia dos pulmões mostrou infecção respiratória (pneumonia). Feita ultrassonografia do coração, nada de anormal foi encontrado.

Brizola estava entrando no elevador para deixar o hospital quando, segundo seu médico particular, apresentou um edema no pulmão, significando grave insuficiência cardíaca. Novos exames confirmaram infarto agudo do miocárdio. Brizola morreu às 21h20 do dia 21 de junho de 2004.

Seu funeral foi marcado por ampla cobertura das redes de televisão. O então presidente Luís Inácio Lula da Silva, ex-aliado e à época adversário, decretou luto oficial de três dias por ocasião de seu falecimento, e compareceu ao seu velório no Palácio Guanabara.

Depois de ainda ter sido velado em Porto Alegre, Brizola foi sepultado em São Borja, na fronteira do estado do Rio Grande do Sul com a Argentina, onde também se encontram os túmulos de Getúlio Vargas e João Goulart.

Fonte: Wikipédia


Tags: PDT, PTB, João Goulart, Getúlio Vargas, Golpe de 64, legalidade, golpe militar






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