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21 de fevereiro de 1513.

Morre o Papa Júlio II

Júlio II, 216º Papa da Igreja Católica

Papa Júlio II, nascido Giuliano della Rovere O.F.M. (Savona, 5 de dezembro de 1443 - Roma, 21 de fevereiro de 1513). Foi o 216º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana eleito em 1º de novembro de 1503. Faleceu em 21 de fevereiro de 1513. Era frade franciscano.

Antes do pontificado

Era sobrinho do papa Sisto IV, que o tomou a seu especial cuidado, sendo educado pelos Franciscanos e mais tarde enviado para um convento em La Pérouse para se formar em ciências. Não se crê, no entanto que se tenha juntado à ordem fundada por São Francisco de Assis. Pouco depois de o seu tio ser eleito Papa, foi nomeado bispo de Carpentras, em França. No mesmo ano é promovido a cardeal em San Pietro in Vincole, Roma. Graças ao tio obteve grande influência, sendo nomeado arcebispo de Avignon e outras oito dioceses. Como legado papal foi enviado a França em 1480, onde ficou quatro anos. A sua influência cresceu ainda mais durante o pontificado de Inocêncio VIII.

Existia rivalidade entre ele e Rodrigo Borgia. Quando o papa Inocêncio VIII faleceu em 1492, Rodrigo Bórgia e Ascanio Sforza fizeram um acordo secreto ficando o primeiro como papa (Alexandre VI) e conseguindo a eleição com grande maioria no conclave. Giuliano della Rovere refugiou-se na costa italiana, em Ostia, e regressou pouco depois a Paris, onde incitou o rei Carlos VIII de França a enveredar pela conquista de Nápoles. Acompanhando o rei francês na campanha, entrou com ele em Roma, e moveu forças para promover a convocação de um concílio para investigar a conduta do papa Alexandre VI. Este último, porém, tinha um dos ministros do rei (Briçonnet) como aliado e evitou a convocação. Quando o papa faleceu em 1503, Giuliano della Rovere apoiou a eleição do cardeal Piccolomini de Milão, que seria o papa Pio III, mas este faleceu em pouco mais de um mês devido a doença incurável. Della Rovere usou então as suas capacidades diplomáticas para obter o apoio de César Bórgia e foi eleito com o voto unânime dos cardeais.

Pontificado de Júlio II

Enquanto Papa, Júlio II conseguiu ter rara determinação e coragem para se livrar dos diversos poderes sob os quais se encontrava a autoridade papal existente. Por estratagemas astutos tornou impossível a permanência dos Borgia nos Estados papais. Usou a sua influência para reconciliar as casas dos Orsini e dos Colonna.

Em atendimento a uma solicitação de proteção feita aos nobres suíços em 1503 pelo Papa Júlio II, foi formada a Guarda Suíça do Vaticano em 22 de janeiro de 1506. Cerca de 150 nobres tidos como os melhores e mais corajosos chegaram a Roma vindos dos cantões de Zurique, Uri, Unterwalden e Lucerna. O seu comandante era o capitão Kaspar von Silenen.

Em 10 de dezembro de 1508 forma com Luís XII de França, o imperador Maximiliano e o rei Fernando II de Aragão a Liga de Cambrai contra a República de Veneza. Um grande acontecimento do seu pontificado foi a convocação do Quinto Concílio de Latrão.

É também conhecido por ser dos papas que mais fez pela arte e cultura em Roma: em 18 de abril de 1506 colocou a primeira pedra da nova Basílica de São Pedro; foi amigo e patrono de Bramante, Rafael, e Michelangelo. Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina para o papa Júlio II.

A Portugal outorgou o Tratado de Tordesilhas, em 1506, depois de receber uma embaixada do rei D. Manuel I liderada por D.Diogo de Sousa, arcebispo de Braga.

Promoveu a criação da Liga Santa em 1511, para tentar expulsar Luís XII de França do norte da Itália.

Recebeu em 1513 mais uma monumental embaixada de D. Manuel, chefiada por Tristão da Cunha, para impressionar o Papa com as riquezas acumuladas. Uma das inúmeras novidades que encantaram os espíritos curiosos das cortes europeias da época terá sido sem dúvida o elefante trazido das Índias, que assumiu, então, um papel preponderante na arte italiana.

Júlio II, comandando exércitos - contrariando as regras da própria Igreja que proibiam o papa de participar de campanhas militares pessoalmente -, conquistou territórios para os Estados Pontifícios, anexando as regiões de Parma, Ferrara e Módena.

Faleceu em 21 de fevereiro de 1513. Encontra-se sepultado em San Pietro in Vincoli em Roma.

Fonte: Wikipédia


Tags: Papa, vaticano, igreja, catolicismo, Roma, Basílica, Basílica de ão Pedro, Igreja, Bramante, Rafael, Michelangelo, Guarda Suíça






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