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28 de fevereiro de 1933.

No dia seguinte ao incêndio do Reichstag (Parlamento Alemão), Adolf Hitler, então Chanceler da República de Weimar, convenceu o Presidente Paul von Hindenburg a assinar um decreto, suspendendo os direitos constitucionais de livre locomoção, liberdade de e


Em 27 de fevereiro de 1933 um incêndio, de origem criminosa, destrói o edifício do Reichstag, o parlamento alemão. Um holandês, anarquista e ativista possivelmente comunista de facção violenta, Marinus van der Lubbe, foi apontado como culpado do incêndio e executado.

“Reichstag” é o nome do prédio onde o parlamento federal da Alemanha (Bundestag) exerce suas funções. Localiza-se em Berlim.

Em 1884, o “Kaiser Guilherme I” assentou a pedra fundamental e, em 1894, concluía-se a construção. A cúpula viria a ser composta de aço e vidro, técnica avançada para a época.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial e a renúncia do Kaiser, a república foi proclamada da sacada do Reichstag no dia 9 de Novembro de 1918. Entre 1919 e 1933, o Reichstag foi a sede do parlamento da República de Weimar.

Um mês após a nomeação de Adolf Hitler para o cargo de Chanceler da Alemanha, o prédio foi incendiado. O fogo começou as 21h14m no dia 27 de Fevereiro de 1933. Acredita-se que o incêndio tenha sido iniciado em vários lugares. Quando a polícia e os bombeiros chegaram ao local, houve uma grande explosão na Câmara dos Deputados. A polícia encontrou Marinus van der Lubbe de peito nu, dentro do prédio.

Adolf Hitler e Hermann Göring chegaram logo em seguida e quando encontraram Lubbe, um conhecido agitador comunista, Göring imediatamente declarou que o incêndio fora causado pelos comunistas. Os dirigentes do partido foram então presos. Hitler, tirando proveito da situação, declarou estado de emergência e encorajou o então presidente Paul Von Hindenburg a assinar o Decreto do Incêndio do Reichstag, que suspendia a maioria dos direitos humanos garantidos pela constituição de 1919 da República de Weimar.

Os dirigentes nazistas estavam decididos a provar que o fogo fora causado pelo Comintern. De acordo com a polícia, Lubbe confessou que teria ateado fogo em protesto contra o crescente poder dos nazistas. Com os líderes comunistas presos e deputados comunistas impedidos de tomar seu assentos no Reichstag, os nazistas obtiveram 44% dos votos nas eleições de 5 de março de 1933 e passaram a contar com uma maioria que chegava a 52% no Reichstag, incluído o apoio do Partido Popular Nacional Alemão.

Para chegar à maioria de dois-terços necessária à adoção da Lei de Plenos Poderes (Ermächtigungsgesetz, em alemão), os nazistas recorreram então a subornos e ameaças aos demais partidos. Aprovada a lei, Hitler recebeu poderes do Reichstag para governar por decreto e para suspender diversas liberdades civis.

Van der Lubbe foi condenado à morte e decapitado em 1934.

Tags: Hitler, nazismo, parlamento, Berlim






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