Antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial, Josef Stalin conduziu uma série de deportações em grande escala que acabaram por alterar o mapa étnico da União Soviética. Estima-se que entre 1941 e 1949 cerca de 3,3 milhões de pessoas foram deportadas para a Sibéria ou para republicas asiáticas. Separatismo, resistência/oposição ao governo soviético e colaboração com a invasão alemã eram alguns dos motivos oficiais para as deportações.

Durante o governo de Stalin os seguintes grupos étnicos foram completamente ou parcialmente deportados: ucranianos, poloneses, coreanos, alemães, tchecos, lituanos, armênios, búlgaros, gregos, finlandeses, judeus entre outros. Os deportados eram transportados em condições espantosas, freqüentemente em caminhões de gado, milhares de deportados morriam no caminho. Aqueles que sobreviviam eram mandados a Campos de Trabalho Forçado.

As “Deportações de Março” é o nome comumente utilizado na Estônia para a deportação em massa na Estônia, Letônia e Lituânia para facilitar a coletivização obrigatória das famílias rurais e para eliminar a base de apoio à insurreição anti-soviética conhecida com “Irmãos da Floresta” (metsavennad) contrária às regras impostas por Moscou. A onda de deportações começou em 25 de março de 1949. No total cerca de 92.000 pessoas foram deportadas.

A deportação cumpriu seus objetivos: em poucas semanas, quase todas as famílias rurais rederam-se ao terror imposto por Stalin e voluntariamente aceitaram a coletivização de suas propriedades.