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01 de dezembro de 2005.

Câmara Federal aprova cassação do mandato do ex-ministro José Dirceu

José Dirceu

José Dirceu de Oliveira e Silva (Passa Quatro, 16 de março de 1946) é um ex-político e ex-advogado brasileiro. Foi deputado estadual e federal por São Paulo, e ministro-chefe da Casa Civil do Brasil. É acusado de tráfico de influência, enriquecimento ilícito e diversos crimes praticados nos Governos Lula e Dilma no período de 2003 a 2016, tendo sido condenado pelos crimes relativos ao chamado escândalo do mensalão.

Foi líder estudantil entre 1965 e 1968, ano em que foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em operação chefiada pelo delegado do DOPS José Paulo Bonchristiano. Em setembro de 1969, com mais quatorze presos políticos, deportados do país, em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, foi deportado para o México. Posteriormente exilou-se em Cuba. Fez plásticas e mudou de nome para não ser reconhecido em suas tentativas de voltar ao Brasil após ser exilado, e voltou ao país em 1971, vivendo um período clandestinamente na cidade de São Paulo e em algumas cidades do Nordeste. No entanto, quando sentiu novamente sua segurança ameaçada, retornou a Cuba, regressando ao Brasil em 1975, para estabelecer-se clandestinamente em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná.

Elegeu-se deputado estadual de São Paulo em 1986 e deputado federal em 1990, sendo novamente eleito para a câmara federal em 1998 e 2002. Em janeiro de 2003, após tomar posse na Câmara dos Deputados, licenciou-se para assumir o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, onde permaneceu até junho de 2005, quando deixou o Governo Federal, acusado, por Roberto Jefferson, de ser o mentor do Escândalo do Mensalão. Em dezembro do mesmo ano, teve o mandato de deputado federal cassado por quebra de decoro parlamentar. Em 2011, lançou o livro "Tempos de Planície", reunindo artigos sobre temas políticos e econômicos publicados após seu afastamento do governo.

Em 2012 foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal 470, pelo crime de corrupção ativa, sendo preso em novembro de 2013 e, quase um ano depois, liberado para cumprir o restante de sua pena em casa.

Em 3 de agosto de 2015, Dirceu voltou a ser preso, desta vez pela participação no esquema conhecido como Petrolão. Em 11 de abril de 2016, teve seu registro de advogado cancelado pela Primeira Câmara do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em 18 de maio de 2016, Dirceu foi condenado a 23 anos e três meses de prisão por crimes de corrupção passiva, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato. Em março de 2017, voltou a ser condenado na Operação Lava Jato a 11 anos e três meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As penas somadas, no âmbito da Lava Jato, chegam a 31 anos.

Cassação

O processo de cassação de José Dirceu COMO deputado federal ocorreu em votação na Câmara dos Deputados, no dia 1º de dezembro de 2005. O placar da votação foi 293 votos a favor da cassação e 192 contra. Dirceu ficou inelegível até 2015. O relator do processo de sua cassação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi o deputado federal Júlio Delgado.

Fonte: Wikipédia


Tags: mensalão, PT, cassação, corrupção, petralhas, Lava Jato






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