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16 de abril de 1945.

União Soviética inicia uma ofensiva militar contra Berlim

Soldados russos segurando a bandeira soviética com o portão de Brandemburgo ao fundo, no centro de Berlim.

A Batalha de Berlim foi a última batalha ocorrida no teatro de guerra Europeu durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi resultado de maciça ofensiva soviética contra as forças alemãs no início de 1945. Seu planejamento previa o lançamento ao mesmo tempo de diversos ataques no leste da Europa, desde o Mar Báltico até a região dos Cárpatos, com o intuito de invadir os países ainda ocupados pelos alemães e chegar a Berlim e terminar a guerra antes que os Aliados Ocidentais entrassem na capital do Reich. A batalha durou de abril de 1945 até o início de maio. Em um dos últimos dias da batalha, Adolf Hitler cometeu suicídio. Poucos dias depois Berlim se entregava. Por fim, a Alemanha se rendeu seis dias depois do fim da batalha.

A ofensiva final

O ataque as colinas de Seelow começou na madrugada de 16 de abril de 1945. O Primeiro Front Bielorusso abriu o ataque com fogo de artilharia e barragem de foguetes Katiuchas. O poder de fogo era avassalador. Segundo alguns relatos, o impacto dos projéteis de artilharia foi sentido em Berlim, a pouco mais de sessenta quilômetros dali.

Mais ao sul, as tropas de Konev também abriram fogo contra as posições alemães. Pouco tempo depois, sua infantaria e tanques avançavam sobre as defesas alemães situadas do outro lado do Oder. Para Zhukov, o ataque não saiu como planejado. Com a decisão de Heinrici de concentrar suas unidades na segunda linha de defesas, o fogo soviético apesar de imenso, pouco dano causou. Quando chegou a hora dos tanques avançarem, não só encontraram muito lodaçal e crateras abertas por sua própria artilharia, como também se viram frente à frente com intactas unidades de defesa do inimigo.

Posicionados nas Seelow, a artilharia alemã possuía excelente visão dos atacantes às margens do rio. O poder de fogo delas não tardou em abrir claros na compacta formação de tanques e blindados soviéticos.

Enquanto isso, o Primeiro Front Ucraniano obteve sucesso em seu avanço. Os exércitos de Konev cruzaram o rio Oder com relativamente poucas baixas e já faziam os alemães recuarem. O IV Exército Panzer sob ordens do general Fritz-Hubert Gräser lutava desesperadamente para manter as margens do rio, mas agora não apenas se via empurrado para trás pelo avanço inimigo, como já havia a ameaça de ter sua coesão quebrada. Suas unidades começavam a perder contato entre si uma vez que os soviéticos se infiltravam nos espaços deixados sem defesa.

Com as dificuldades de Zhukov em frente as Seelow, Stalin permitiu que Konev utilizasse seus exércitos para atacar Berlim pelo sul. Assim, no dia 18 de abril, Konev ordenou que o Terceiro Exército de Tanques de Guardas do general Pavel Rybalko e o Quarto Exército de Tanques de Guardas sob o general Dmitri Lelyushenko realizassem inflexão de suas forças para o norte para atacar Berlim pelo sul.

Durante este período, o Primeiro Front Bielorusso realizou custosos e lentos progressos para tomar as posições alemães nas colinas de Seelow. Somente no dia 19 de abril os últimos remanescentes das defesas montadas pelo general Heinrici recuaram para Berlim. Estas tropas formariam grande parte das unidades que lutariam a definitiva batalha no interior da capital alemã. O Nono Exército Alemão por esta época lutava desesperadamente para não ser cercado juntamente com o Décimo-Segundo Exército pelo avanço das tropas do Primeiro Front Ucraniano. As ordens de Hitler para que os soldados não cedessem um palmo de terra sem luta, custava muitas vezes, o cerco de tropas alemãs pelo inimigo. No dia 20 de abril, aniversário do Führer alemão, as baterias do Primeiro Front Bielorusso começaram a fazer fogo sobre Berlim. Era o sinal claro para aqueles que ainda mantinham esperança de deter os russos nas Seelow que a guerra estava perdida.

Atacada por poderosas pinças blindadas pelo leste e pelo sul, as guarnições de Berlim resistiram por pouco mais de dez dias. No dia 30 de abril de 1945 Hitler se suicidou. Em 2 de maio, a cidade se rendia. O custo em termos de vidas humanas foi altíssimo para ambos os lados. As decisões de Stalin e Hitler de buscarem seus objetivos políticos, a qualquer custo, em um dos últimos episódios da Segunda Guerra Mundial na Europa, fez com que milhares de pessoas perdessem suas vidas.


Aspecto de uma rua de Berlim após a batalha.

Os soviéticos sofreram 20 a 25 mil mortos na cidade e 81 mil mortos durante a operação inteira. Outros 280 mil foram reportados como feridos ou doentes durante o período da operação. Os alemães sofreram mais de 450 mil mortos, feridos ou desaparecidos, incluindo civis.

Após a morte de Hitler, e segundo os seus desejos no seu último testamento, o Almirante Karl Dönitz tornou-se o novo Reichspräsident e Joseph Goebbels o novo Reichskanzler. Contudo, o suicídio de Goebbels a 1º de Maio de 1945 deixou ao primeiro a tarefa de negociar a rendição da nação alemã.

O alto comando alemão e a maioria das forças armadas alemãs renderam-se incondicionalmente aos Aliados a 8 de Maio de 1945. Embora algumas forças alemãs continuassem a lutar durante mais alguns dias, a guerra na Europa havia efetivamente chegado ao fim.

Fonte: Wikipédia


Tags: Segunda Guerra Mundial, União Soviética, Berlim, Batalha de Berlim, URSS






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