Últimas notícias

Hoje na história

RSS
10 de julho de 1940.

Segunda Guerra Mundial: Começa a "Batalha da Inglaterra"

Batalha da Inglaterra

A Batalha da Grã-Bretanha, também conhecida como Batalha da Inglaterra, (em inglês: Battle of Britain - em alemão: Luftschlacht um England, literalmente "batalha aérea pela Inglaterra") é o nome dado à campanha aérea na Segunda Guerra Mundial travada entre as forças aéreas da Alemanha nazista (Luftwaffe) e a força aérea britânica (RAF - Royal Air Force) durante o verão e o outono de 1940.

O nome é originado de um famoso discurso proferido pelo primeiro-ministro Winston Churchill na Câmara dos Comuns: "... A Batalha da França acabou. A Batalha da Grã-Bretanha está prestes a começar".

A Batalha da Grã-Bretanha foi a primeira grande campanha a ser combatida inteiramente por forças aéreas, e também foi o maior e mais longa campanha de bombardeio aéreo até hoje.

O objetivo alemão era ganhar a superioridade aérea sobre a Royal Air Force (RAF), especialmente derrotar seu Comando de Caças.

Desde julho de 1940, comboios de cabotagem e centros de transporte, tais como Portsmouth, foram os principais alvos; um mês depois, a Luftwaffe deslocou seus ataques a aeródromos da RAF e sua infraestrutura. Enquanto a batalha prosseguia, a Luftwaffe também teve como alvo fábricas de aeronaves e infraestrutura terrestre. Eventualmente, a Luftwaffe recorreu a atacar áreas de importância política e usando uma estratégia de terror com os bombardeios.

Ao impedir a Alemanha de obter superioridade aérea, a batalha acabou com a ameaça que Hitler iria lançar a Operação Leão Marinho (em alemão: Unternehmen Seelöwe), uma invasão anfíbia e aérea da Grã-Bretanha.

No entanto, a Alemanha continuou operações de bombardeio na Grã-Bretanha, conhecido como Blitz”, um período de bombardeios estratégicos da Luftwaffe sobre a Grã-Bretanha que ocorreu entre 7 de setembro de 1940 a 21 de maio de 1941. O nome provém da contração popular inglesa da palavra alemã Blitzkrieg ('guerra relâmpago').


Destruição em Londres.

A resistência britânica

Numa fase mais avançada da batalha, o Reino Unido chegou em situação de extrema necessidade. Não havia mais contingente de pilotos, recrutas com pouco mais de duas horas de voo eram levados a linha de frente e eram abatidos muito facilmente pelos pilotos alemães, que tinham a maior força aérea do mundo naquela época. A resistência nacionalista de Winston Churchill, que insuflava a população em discursos no rádio, e também o fato da rainha Elizabeth, esposa do Rei Jorge VI (e mãe da rainha Elizabeth II) não aceitar asilo político em local seguro oferecido pelos Estados Unidos, ajudavam a manter o moral da população britânica alto.

- "Morrerei com meu povo", citação de Elizabeth Bowes-Lyon durante os grandes ataques alemães.


Isabel Ângela Margarida Bowes-Lyon, a rainha Elizabeth, a Rainha Mãe.

A defesa aérea britânica usou uma tecnologia até então nova na aérea militar: o radar.

Esta tecnologia teve função estratégica determinante pois diminuía a necessidade de aviões caças voando em função de ronda, pois passou a ser possível definir a localização dos aviões de ataque alemães minutos após sua descolagem no continente europeu.


Área de cobertura do sistema de radar britânico em 1940.

Agosto

No dia 25 de agosto de 1940, em resposta ao bombardeio (acidental) de Londres pela aviação alemã, 81 bombardeiros da RAF atacaram Berlim. O fato assombrou os berlinenses, o alto comando alemão e o próprio Hitler.

Vale lembrar que a Europa Ocidental estava quase que completamente nas mãos dos nazistas. Enfurecido, Hitler prometeu vingança, num discurso a 4 de setembro. Simultaneamente, Hermann Goering, comandante da Luftwaffe, recebeu ordens para arrasar Londres. A Alemanha acreditava que a destruição da capital britânica arrasaria o moral do povo e poderia levar o país à capitulação. A chamada blitz começou a 7 de setembro de 1940.

Blitz Aérea

A determinação do comando alemão em revidar o ataque aéreo a Berlim, teve papel decisivo na batalha. Isto porque pela primeira semana de setembro, o comando de caça aéreo britânico encontrava-se a beira do colapso.

Tendo até então concentrado seus ataques aos aeródromos da RAF e estações de radar, o objetivo da Luftwaffe em obter superioridade aérea para preparar uma invasão (conforme o plano original da Operação Leão Marinho), havia sido atingido. No entanto, tal superioridade não podia ser mantida indefinidamente, sem um prosseguimento do plano original.

Assim, na prática a determinação do comando alemão em "castigar" os ingleses, tentando força-los a um acordo de paz através de uma campanha de terror aéreo, selou o destino da batalha.

Os alemães mudaram os seus alvos: além de Londres passaram a atacar outras cidades, com resultados semelhantes: muita destruição, mas nada de arrefecer o espírito de resistência britânico, dando tempo para que a RAF pudesse se recompor, a ponto de causar perdas entre os aviões bombardeiros alemães, que tornaram impraticável o prosseguimento da ofensiva aérea nazista.

Disto resultou tanto a reviravolta da batalha nos meses de setembro e outubro, quanto para os nazistas, mais do que na sua primeira derrota militar tática, uma derrota política estratégica, quando ao se desgastarem se concentrando em um objetivo abstrato: destruir o moral do povo britânico, se desviaram de um objetivo militar prático: a obtenção da superioridade aérea como preparação de uma invasão. O que gerou dúvidas a respeito da eficácia e objetividade do poderio alemão, mesmo entre líderes simpatizantes a Hitler, como Franco e Pétain.

Winston Churchill, em discurso na Câmara dos Comuns no dia 20 de agosto de 1940, declarou a frase que se tornou célebre:

- "Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos"


Sir Winston Churchill

Estatística

Em retrospectiva, a Batalha da Inglaterra é considerada encerrada em 31 de outubro de 1940, quando o comando alemão "adiou indefinidamente" os bombardeios diurnos em larga escala sobre o Reino Unido, embora os noturnos tenham prosseguido esporadicamente até as vésperas da Operação Barbarossa, codinome pelo qual ficou conhecida a operação militar alemã para invadir a União Soviética, iniciada em 22 de junho de 1941.

Em termos numéricos, a RAF perdeu 1023 aviões (todos caças), enquanto a Luftwaffe 1887 (dos quais, 873 caças). Assim, no total a RAF levou vantagem na razão de 1,8, embora nos registros de combates caça-caça a relação se inverta, tendo sido superada pela Luftwaffe na razão de 0,85, descendo ainda a 0,64 quando se tratou de combate entre caças monomotores.

Na defesa aérea da Inglaterra, entre 10 de Julho e 31 de Outubro, do lado britânico contou-se 544 mortos militares, entre os quais além de 402 aviadores britânicos, 5 belgas, 7 tchecos, 29 poloneses, 3 canadenses e 3 neozelandeses. Os mortos alemães, incluindo os tripulantes de bombardeiros chegaram a 2.698. No entanto, os maiores números de mortes foram civis. Dentre os britânicos, que tiveram o maior número de mortos civis nesta batalha, estima-se cerca de 40.000 mortos civis e 46.000 feridos e mutilados.

Fonte: Wikipédia


Tags: Segunda Guerra Mundial, Batalha da Inglaterra, Batalha da Grã-Bretanha, Winston Churchill






Opinião do internauta

Deixe sua opinião

Hoje na história relacionadas

Comemoramos hoje - 05.12

  • Dia da Banheira (Bathtub Party Day)
  • Dia da Cruz Vermelha Brasileira
  • Dia de São Frutuoso
  • Dia de São Geraldo
  • Dia de São Martinho de Dume
  • Dia de São Anastácio
  • Dia de São Sabas
  • Dia Internacional do Ninja
  • Dia Internacional do Voluntário e do Voluntariado
  • Dia Mundial do Solo
  • Dia Nacional da Acessibilidade
  • Dia Nacional da Pastoral da Criança
  • Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade
  • Festa de São Nicolau (Papai Noel) no Cristianismo Ocidental