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11 de julho de 1973.

Um acidente com avião da Varig, em Paris, provoca a morte de 122 pessoas, entre elas o ex-chefe da polícia política de Getúlio Vargas e senador Filinto Müller e o cantor Agostinho dos Santos

Os destroços queimados do Boeing 707 do voo Varig 820, nos arredores de Paris (julho de 1973)

O voo Varig RG-820 foi um voo da empresa aérea brasileira Varig que partiu do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, Brasil, em 11 de julho de 1973, com destino a Londres, Inglaterra e uma escala no Aeroporto de Orly, em Paris, França.

O avião, um Boeing 707 prefixo PP-VJZ, realizou um pouso de emergência sobre uma plantação de cebolas, a cerca de quatro quilômetros do aeroporto francês, devido à fumaça existente dentro da cabine, provocada por um incêndio iniciado num dos banheiros do fundo do avião. O incêndio, a fumaça e a aterrissagem forçada resultaram em 123 mortes, com apenas onze sobreviventes (dez tripulantes e um passageiro).

O incêndio

A tragédia começou quando um incêndio se iniciou no toalete, poucos minutos antes da chegada à escala. O avião já se encontrava em procedimentos de descida, com todos os passageiros em seus assentos presos pelos cintos de segurança, quando a fumaça começou a tomar a aeronave. Membros da tripulação tentaram conter o incêndio que principiava no fundo do avião, na área dos banheiros, mas não conseguiram encontrar uma maneira de apagá-lo. A aterrissagem de emergência foi feita a pouco mais de um quilômetro da pista de Orly, num campo de cebolas da vila de Saulx-les-Chartreux, ao sul de Paris.


Bombeiros retiram os corpos dos destroços do Boeing 707 da Varig, no vilarejo de Saulx-les-Chartreux. O fogo começou num banheiro.

Os pilotos não conseguiam ver nada através da fumaça que invadiu a cabine e perderam a comunicação com a torre de comando do aeroporto. Quando a aeronave realizou o pouso de emergência, a maioria das pessoas a bordo já havia morrido, intoxicada pela inalação da fumaça. Apenas um passageiro sobreviveu — Ricardo Trajano, de 19 anos, que se recusou a atender a ordem dos comissários de ficar sentado preso pelo cinto e pousou sentado no chão e agarrado na porta da cabine —, enquanto a maior parte da tripulação deixou o avião pela saída de emergência da cabine do piloto. O comandante do voo, Gilberto Araújo da Silva, que sobreviveu à tragédia, desapareceria seis anos depois, em 1979, enquanto comandava outro voo, de carga, sobre o Oceano Pacífico, na rota TóquioLos AngelesRio de Janeiro.

Entre as vítimas fatais estavam personalidades como o cantor Agostinho dos Santos, a atriz e socialite Regina Lecléry, o iatista Jörg Bruder, o senador Filinto Müller, então presidente do Senado Federal, e os jornalistas Júlio Delamare e Antônio Carlos Scavone.

Todos os sobreviventes escaparam com ferimentos, de queimaduras a fraturas pelo corpo, provocadas pelo pouso forçado no terreno irregular, incluindo o 1º oficial Antônio Fuzimoto — responsável pelo comando nos momentos finais e pelo pouso no campo, por completa impossibilidade de visão do comandante Gilberto Araújo — com fratura exposta no braço.

Medidas de segurança da FAA

A causa mais provável do incêndio foi uma ponta de cigarro acesa, que teria sido jogada na lixeira do toalete da aeronave no orifício coletor de papéis. Após o desastre, a Federal Aviation Administration exigiu medidas de segurança em todos os aviões, como a colocação de avisos proibindo o fumo nos toaletes e a colocação de cigarros nos cestos de lixo, o anúncio aos ocupantes de que é proibido fumar naquele local, instalação de cinzeiros em determinados pontos da cabine e a realização de inspeções periódicas nos toaletes. Posteriormente o fumo seria banido dos aviões.

Condecoração

Por sua perícia profissional em impedir que o Boeing 707 em chamas caísse sobre os subúrbios de Paris, fazendo-o pousar num campo de cebolas ao lado do vilarejo de Saulx-les-Chartreux, a alguns quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto, o comandante do voo, Gilberto Araújo da Silva, foi condecorado pelo Ministério dos Transportes da República da França — e considerado herói nacional francês, apesar de brasileiro — e pelo governo brasileiro com a Ordem do Mérito Aeronáutico, no grau de Cavaleiro.

Fonte: Wikipédia


Tags: Varig, acidente, voo Varig RG-820, Aeroporto de Orly, Filinto Müller, Agostinho dos Santos, fumo, cigarro






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