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RSSO primeiro furacão de que se tem notícia no sul do oceano atlântico, denominado Catarina, atinge os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul na região Sul
Ciclone ou Furacão Catarina são alguns dos vários nomes informais para um ciclone tropical do Atlântico Sul que atingiu a costa região Sul do Brasil no final de março de 2004. A tempestade se desenvolveu a partir de um ciclone extratropical de núcleo-frio praticamente estacionário em 12 de março. Quase uma semana depois, no dia 19 de março, a perturbação remanescente seguiu na direção leste-sudeste, mas em 22 de março, a formação de uma crista de alta pressão deixou o sistema novamente quase estacionário. A perturbação se instalou numa região com excelentes condições meteorológicas, com baixo cisalhamento do vento e com a temperatura da superfície do mar acima da média. A combinação dos dois fatores levou a uma lenta transição do sistema de um ciclone extratropical para um ciclone subtropical em 24 de março de 2004.
A tempestade continuou a obter características tropicais e se tornou um ciclone tropical no dia seguinte, enquanto os ventos se intensificavam gradativamente. Em 26 de março de 2004, a tempestade alcançou ventos máximos sustentados com velocidades de até 180 quilômetros por hora, definida como de categoria 2 na escala de furacões de Saffir-Simpson. Neste dia o ciclone ganhou informalmente o nome "Catarina" e também passou a ser o primeiro registro oficial de um ciclone tropical no Atlântico Sul.
Imagem de satélite do Catarina no dia 27 de março de 2004.
As condições excepcionalmente favoráveis e extremamente incomuns no Atlântico Sul persistiram e continuaram e o Catarina continuou a se intensificar, atingido o seu pico de intensidade em 28 de março. O centro da tempestade atingiu a costa brasileira mais tarde naquele dia, na altura entre as cidades de Passo de Torres e Balneário Gaivota, no estado de Santa Catarina. O Catarina se enfraqueceu rapidamente sobre terra firme e dissipou-se no dia seguinte.
Pelo Catarina ter se formado em uma região que nunca (de acordo com registros confiáveis) tinha registrado a presença de ciclones tropicais anteriormente, os danos acabaram por ser muito severos. O Catarina destruiu cerca de 1500 residências e danificou outras 40 mil casas. Os prejuízos econômicos atingiram mais de 400 milhões de dólares e atingiram especialmente a agricultura de banana, que perdeu 85% da produção, e de arroz, que perdeu 40% das plantações. Apesar da inexistência de uma estrutura de alertas e de avisos específica para ciclones tropicais no país, as autoridades brasileiras conseguiram evacuar a população litorânea com rapidez. Foram registradas três mortes e outras 75 pessoas ficaram feridas devido aos efeitos da tempestade, um número considerado bastante baixo em comparação ao de outros países afetados por ciclones tropicais.
O ciclone Catarina visto da Estação Espacial Internacional em 26 de março de 2004.
História meteorológica
Um núcleo-frio estacionário cavado formou-se ao longo do dia 19 de março de 2004 na costa do sul do Brasil e deslocou-se a leste-sudeste, até o dia 22 de março, quando uma crista ao seu sudeste o manteve estacionário. Com ventos excepcionalmente favoráveis e incomuns, pouco acima da média, e as águas do litoral ligeiramente quentes — entre 24-26 °C —, a perturbação atmosférica desenvolveu-se gradualmente, assemelhando-se a uma tempestade subtropical durante o dia 24 de março. Localizada a 1010 quilômetros a leste-sudeste do município de Florianópolis, ela dirigia-se lentamente para o oeste e apareceu para se tornar uma tempestade tropical no dia 25 de março.
Como uma tempestade compacta, continuou dirigindo-se para o oeste, enquanto progressivamente se intensificava. A estrutura da tempestade continuou a se fortificar e, devido a uma determinada característica do olho mostrada em satélites, a tempestade iria atingir a força equivalente a de um furacão em 26 de março. Um jornal brasileiro então fez uma manchete que dizia que "Um furacão ameaçava Santa Catarina". Em parte devido a este título, a tempestade passou a ser oficialmente chamada de Catarina. A tempestade continuou a encontrar condições favoráveis e atingiu ventos de até 180 quilômetros por hora durante a manhã do dia 27, o que tornou a tempestade o equivalente a um furacão de categoria 2 na escala Saffir-Simpson.
Nome
Os meteorologistas brasileiros chamaram a tempestade de "Catarina" por sua proximidade com a costa do estado de Santa Catarina, embora os meteorologistas do governo inicialmente tenham negado que a tempestade, que claramente tinha um olho aberto e várias outras morfologias de tormentas tropicais, fosse um furacão. Mais de um ano após a tempestade ter atingido o litoral do país, os meteorologistas brasileiros finalmente classificaram a tempestade como um ciclone tropical.
Os meteorologistas estadunidenses, no entanto, tão surpresos quanto os brasileiros, consideraram que esta tempestade era um furacão imediatamente após a observação das provas provenientes de imagens satélite. Uma vez que a tormenta tinha a estrutura do olho claramente delimitada por profundas convectivas e características tropicais notadas pelas faixas centrais densas bem definidas, espirais exteriores, estrutura de escoamento, temperatura da água quente em 26 °C, pouco cisalhamento e um núcleo-quente baixo, além de ter ocorrido em março (equivalente ao setembro do Hemisfério Norte, o pico da temporada de furacões), ela foi classificada como um furacão pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Embora ela seja mais comumente conhecida como Catarina, todos os nomes para esta tempestade são "não-oficiais", visto que nenhuma agência meteorológica filiada da Organização Meteorológica Mundial atribuiu um nome à tormenta. (Nomes ciclone tropicais são predeterminados por um comitê internacional da Organização Meteorológica Mundial). Ela também foi extra-oficialmente chamada de "Aldonça"8 e seus nomes consultivos foram "01T-ALPHA" para o Met Office do Reino Unido e "50L-NONAME" para o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, que a mantém fora designação normal, que começam em 1L para tempestades nomeadas e usa 90L a 99L para possíveis tempestades.
Também não há convenção de nomenclatura oficial para o termo meteorológico de ciclones tropicais com ventos de pelo menos 119 km/h na bacia do Atlântico Sul; no entanto, porque ter sido no Hemisfério Sul, é geralmente considerado Ciclone Catarina, por "ciclone" ser o termo predominante para ciclones tropicais do Hemisfério Sul.
Fonte: Wikipédia
Opinião do internauta
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