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30 de março de 1867.

O Secretário de Estado norte-americano, William H. Seward assina um tratado com a Rússia, comprando o Alaska para os Estados Unidos por 7 milhões de dólares. Na época, ele foi ridicularizado pela aquisição;

A assinatura da ‘Compra do Alasca’ em 30 de março de 1867. Da dir. para a esq.: Robert S. Chew, William H. Seward, William Hunter, Mr. Bodisco, Eduard de Stoeckl, Charles Sumner e Frederick W. Seward.

No dia 30 de março de 1867, o então presidente dos Estados Unidos, Andrew Johnson, apresentou ao Senado uma proposta de compra de 1,5 milhão de quilômetros quadrados do Alasca, então pertencente à Rússia.

Não foram poupadas críticas à compra do que alguns chamavam de "geladeira do Tio Sam" ou "jardim dos ursos do presidente". O negócio foi aprovado pelo Senado por apenas um voto.

Para entender o contexto histórico da transação, é preciso retroceder no tempo até 1853. Naquela época, a Rússia e a Turquia estavam em guerra. O Reino Unido e a França apoiavam os turcos no pequeno conflito que ameaçava tornar-se uma grande guerra. O distante território da Rússia além do Estreito de Bering, então chamado América Russa, estava indefeso a um ataque da Marinha britânica.


A Compra do Alasca (1867).

O grande território gelado possuía apenas alguns centros de revenda de peles e alguns fortes militares. Uma companhia russo-americana que controlava o comércio na região foi encarregada oficialmente, em 1854, de fazer a proposta de venda aos Estados Unidos. Na realidade, a Rússia precisava de dinheiro.


Cheque de US$ 7,2 milhões utilizado pelo governo dos Estados Unidos para a compra do Alasca.

Planos adiados várias vezes

Quando Washington acenou com a disposição de negociar, o Reino Unido se comprometeu a respeitar na guerra o território em questão e o esboço do contrato de venda desapareceu misteriosamente. Mas a miséria russa continuou e as poucas vantagens econômicas do território fizeram a ideia da venda voltar à tona em 1857.

O grão-duque Constantin, irmão do czar Alexandre 2º, queria que a Rússia se concentrasse em sua política interna e achou que a América Russa era um luxo descabido à situação do país. Quando as negociações foram reiniciadas com Washington, começou a Guerra Civil Americana. Nos quatro anos seguintes, os planos foram novamente esquecidos.

Em 1866, as ações da companhia de comércio russo-americana caíram rapidamente e a empresa estava à beira da falência. A venda do território do hoje Alasca voltou a ser assunto, tanto na Rússia como nos Estados Unidos. O enviado do czar à América, Eduard von Stoeckl, encaminhou a transação e estava confiante. Afinal, escreveu, os Estados Unidos compraram Louisiana da França, a Flórida da Espanha, além do Texas e a Califórnia do México.

Grande valor econômico

A decisão da venda foi tomada em São Petersburgo em 16 de dezembro de 1866. O então secretário de Estado William Seward era um expansionista convicto e viu na compra do Alasca a chance de restabelecimento da ordem no continente. As negociações duraram quatro dias. O preço final ficou em 7,2 milhões de dólares, ou seja, a pechincha de 4,74 dólares por metro quadrado.

Desde 3 de janeiro de 1959, o Alasca é oficialmente o 49º Estado norte-americano.

Fonte: Deutsche Welle


Tags: Alasca, Alaska, Estados Unidos, compra do Alaska






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