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31 de março de 1964.

Deflagrada a “Operação Brother Sam” pelos Estados Unidos da América, que consistia no apoio ao Golpe Militar em curso no Brasil

Castelo Branco e Lincoln Gordon

Devido ao avanço do comunismo, os Estados Unidos não viam o governo brasileiro de João Goulart com bons olhos. Por três anos estavam preparando e incentivando civis e militares brasileiros estrategicamente para um golpe de Estado, para eliminar a influência das esquerdas no País.

O general Golbery do Couto e Silva já estava armando para que fosse uma transição pouco traumática para o país, por isso houve a necessidade da preparação da população para enfrentar os comunistas, utilizando o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES).

A função primordial do IPES era integrar os diversos movimentos sociais de direita para criar as bases de uma oposição que pudesse deter o avanço do comunismo soviético no ocidente. No caso do Brasil serviu como um dos principais catalisadores do pensamento contra João Goulart.

A “Operação Brother Sam” foi desencadeada pelo governo dos Estados Unidos, sob a ordem de apoiar o golpe de 1964 caso houvesse algum imprevisto ou reação por parte dos militares que apoiavam Jango, consistindo de toda a força militar da Frota do Caribe, liderada por um porta-aviões da classe Forrestal da Marinha dos Estados Unidos e outro de menor porte, além de todas as belonaves de apoio requeridas a uma invasão rápida do Brasil pelas forças armadas americanas.

Em 31 de março de 1964 foi deflagrada a Operação Brother Sam, que, segundo a imprensa e documentos já de domínio público, liberados pelo governo norte-americano.

Ela consistia no envio armas leves e munições, navios, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de helicópteros com a carga de 50 helicópteros com tripulação e armamento completo, um porta-aviões classe Forrestal, seis destróieres, um encouraçado, além de um navio de transporte de tropas e 25 aviões C-135 para transporte de material bélico.

Documento do Congresso norte-americano comprova a ação intervencionista, sem meias palavras:

“...(sic) The role of the United States in these events was complex and at times contradictory. An anti-Goulart press campaign was conducted throughout 1963, and in 1964 the Johnson administration gave moral support to the campaign. Ambassador Lincoln Gordon later admitted that the embassy had given money to anti-Goulart candidates in the 1962 municipal elections and had encouraged the plotters; that many extra United States military and intelligence personnel were operating in Brazil; and that four United States Navy oil tankers and the carrier Forrestal , in an operation code-named Brother Sam, had stood off the coast in case of need during the 1964 coup. Washington immediately recognized the new government in 1964 and joined the chorus chanting that the coup détat of the democratic forces had staved off the hand of international communism. In retrospect, it appears that the only foreign hand involved was Washingtons, although the United States was not the principal actor in these events. Indeed, the hard-liners in the Brazilian military pressured Costa e Silva into promulgating the Fifth Institutional Act on December 13, 1968. This act gave the president dictatorial powers, dissolved Congress and state legislatures, suspended the constitution, and imposed censorship.”

Ou traduzido:

“O papel dos Estados Unidos nestes eventos era complexo e às vezes contraditório. Uma campanha de imprensa anti-Goulart foi administrada ao longo de 1963, e em 1964 apoiada por Johnson. O Embaixador Lincoln Gordon admitiu mais tarde que a embaixada tinha dado dinheiro a candidatos anti-Goulart nas eleições municipais de 1962 e encorajado os conspiradores; muitos agentes do exército dos Estados Unidos e pessoal extra da Agência de inteligência estavam operando no Brasil; havia quatro navios tanques e o porta-aviões Forrestal da Marinha dos Estados Unidos; a operação foi chamada Brother Sam. As forças estavam ao largo da costa e, em caso de necessidade durante o golpe 1964, agiriam rapidamente. Washington reconheceu o novo governo imediatamente ao golpe 1964 e uniu-se ao coro que cantava que o golpe de estado das forças democráticas barrou o comunismo internacional. Em retrospecto, parece que a única mão estrangeira envolvida era Washington, embora os Estados Unidos não fossem o ator principal nestes eventos. Na verdade, a linha dura do exército brasileiro, pressionou Costa e Silva em promulgar o Quinto Ato Institucional no dia 13 de dezembro de 1968. Este ato deu para o presidente poderes ditatoriais, o Congresso e assembléias legislativas foram dissolvidos, foi suspensa a constituição, e imposta a censura.”


Tags: Golpe de 64, ditadura, golpe, revolução de 64, Castello Branco, Golbery






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