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21 de março de 1960.

Nasce Ayrton Senna da Silva, o maior ídolo do automobilismo brasileiro e o melhor piloto de Fórmula-1 de todos os tempos

Ayrton Senna da Silva

Ayrton Senna da Silva ONMORBOME (São Paulo, 21 de março de 1960 — Bolonha, 1º de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Sua morte, assim como o funeral e velório, provocou uma das maiores comoções da história do Brasil, bem como repercussão mundial.

É considerado em pesquisas feitas com jornalistas especializados, pilotos e torcedores como o melhor piloto da história da Fórmula 1 em todos os tempos. Em 2012, foi eleito pela rede BBC o melhor piloto de todos os tempos. Em 1999, foi eleito pela revista Isto É, o esportista do século 20 no Brasil. Também é reputado como um dos maiores esportistas do mundo no século 20. No auge de sua carreira, era considerado, segundo pesquisas, como o maior ídolo do Brasil. Mesmo depois de duas décadas de sua morte, pesquisa do Datafolha mostrou que Senna continua sendo avaliado como o maior ídolo do país.

Senna começou sua carreira competindo por kart, onde era conhecido como "42", número que utilizou nos campeonatos nacionais. Mudou-se para competições de automobilismo em 1981, consagrando-se campeão do Campeonato Britânico de Fórmula 3 após dois anos de sua estreia. Seu bom desempenho na Fórmula 3 impulsionou sua ascensão à Fórmula 1, fazendo sua primeira aparição na categoria no Grande Prêmio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart, tendo abandonado a corrida na 8ª volta. Em sua primeira temporada, Senna conseguiu pontuar em 5 corridas, fechando o ano com treze pontos e a 9ª posição na classificação geral dos pilotos. No ano seguinte, trocou a Toleman-Hart pela Lotus-Renault, equipe pela qual venceu seis "Grand Prix" ao longo de três temporadas.

Em 1988, juntou-se ao francês Alain Prost (que seria seu maior rival em sua carreira) na McLaren-Honda e viveu anos vitoriosos pela equipe. Os dois juntos venceram 15 dos 16 grandes prêmios daquela temporada e Senna sagrou-se campeão mundial pela primeira vez. Prost levou o campeonato de 1989 e Senna retomou o título em 1990 - ambos títulos foram decididos por colisões entre os pilotos no Grande Prêmio do Japão. Na temporada seguinte, Senna faturou seu terceiro título mundial, tornando-se o piloto mais jovem a conquistar um tricampeonato na Fórmula 1, façanha que foi mantida até o final da temporada de 2012, quando Sebastian Vettel venceu por três anos consecutivos. A partir de 1992, a equipe Williams-Renault dominou amplamente a competição. Ainda assim, Ayrton Senna conseguiu terminar a temporada 1993 como vice-campeão, vencendo cinco corridas. Negociou uma transferência para Williams em 1994.

Sua reputação de piloto veloz ficou marcada pelo recorde de pole positions que deteve, sendo apelidado de o "rei das pole-positions". Sobre asfalto chuvoso, demonstrava grande capacidade e perícia, como demonstrado em atuações antológicas nos GPs de Mônaco 1984, de Portugal 1985 e da Europa 1993. Senna, até o fim de sua carreira, deteve o recorde de maior número de vitórias no prestigioso Grande Prêmio de Mônaco - seis - e até então, o terceiro piloto mais bem-sucedido de todos os tempos em termos de vitórias. Ele também foi aclamado por suas performances em tempo de chuva, como no Grande Prêmio de Mônaco 1984, o Grande Prêmio de Portugal de 1985 e o Grande Prêmio da Europa de 1993.


Lotus de Ayrton Senna no GP de Portugal de 1985. Surgia o ‘Rei da Chuva’.

Morte

Ao participar da terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola, Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Michael Schumacher. Senna iniciara o que seria a sua última volta na F1; ele entrou na curva Tamburello (a mesma que bateu Nelson Piquet com a Williams em 1987 e também onde bateu Berger com a Ferrari em 1989) e perdeu o controle do carro devido a uma barra de direção quebrada, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto. A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300km/h (195mph) para cerca de 200km/h (135mph). Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica. Por um momento a cabeça de Senna se mexeu levemente, e o mundo, que assistia pela TV, imaginou que ele estivesse bem, mas esse movimento havia sido causado por um profundo dano cerebral. Senna foi removido de seu carro pelo Professor Sid Watkins, neurocirurgião de renome mundial pertencente aos quadros da Comissão Médica e de Segurança da Fórmula e chefe da equipe médica da corrida, e recebeu os primeiros socorros ainda na pista, ao lado de seu carro destruído, antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.

Foi um GP trágico. Além do acidente de Barrichello e das mortes de Senna e Ratzenberger, o acidente entre J.J. Lehto e Pedro Lamy fez arremessar dois pneus para a arquibancada, ferindo vários torcedores. O italiano Michele Alboreto, da Minardi, perdeu um pneu na saída dos boxes e se chocou contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecânico da Lotus. Não bastando isso, durante alguns minutos as comunicações no circuito entraram em colapso. A bordo de uma Larrousse/Ford, o piloto francês Erik Comas, que em 1992 foi salvo por Ayrton Senna bem que pensou em repetir o gesto feito pelo colega dois anos antes: sair em disparada para salvá-lo. Mas os fiscais de prova impediram que o francês deixasse o cockpit. Com o carro parado a metros da Williams e de Senna, Comas assistiu a todo atendimento médico impressionado com a gravidade da batida. A prova em Ímola estava suspensa para o atendimento de Senna. Nenhum carro tinha autorização para seguir caminho; mas Comas descumpriu a ordem e continuou na pista, parando apenas quando chegou à área do desastre, com o helicóptero já na pista.

A imagem de Ayrton apoiado na sua Williams, flagrado pelas tevês, com o olhar distante e perdido, pouco antes do início do GP, ficaria marcada para sempre entre seus fãs. No Brasil, ficou muito difundida uma frase dita pelo jornalista Roberto Cabrini ao Plantão da Globo, boletim de notícias extraordinário da Rede Globo.


Momento do acidente que matou Senna durante o GP de San Marino, em Ímola, Itália.

A temida curva Eau Rouge no circuito da Bélgica foi temporariamente readequada para a corrida de 1994. Em uma foto divulgada, Damon Hill dirige pela chicane, onde foi escrita uma mensagem em homenagem a Senna. A morte do piloto foi considerada pelos brasileiros como uma tragédia nacional e o governo brasileiro declarou três dias de luto oficial. O governo brasileiro também lhe concedeu honras de chefe de Estado, com a característica salva de tiros. Estima-se que mais de um milhão de pessoas foram às ruas para ver seu ídolo e render-lhe as últimas homenagens, sem contar os milhões que acompanharam pela televisão desde a chegada do avião que trouxe seu corpo no Aeroporto de Guarulhos, às 5h30 da manhã. A cobertura contou com transmissão ao vivo pela TV Brasileira com as emissoras da TV Cultura, SBT, Rede Globo, Rede Record, Rede Manchete, TV Gazeta com a Rede CNT e TV Bandeirantes.

A maioria dos pilotos de Fórmula 1 esteve presente no funeral de Senna. Porém o então presidente da FIA, Max Mosley, não compareceu, alegando que estava nos funerais de Ratzenberger no dia 7 de maio, em Salzburgo, na Áustria. Mosley disse à imprensa, dez anos depois: "Fui a esse funeral porque todos estavam no de Senna. Achei que era importante alguém ir a esse." Na corrida seguinte, em Mônaco, a FIA decidiu deixar vazias as duas primeiras posições no grid de largada, e elas foram pintadas com as cores das bandeiras brasileira e austríaca, em homenagem a Senna e Ratzenberger. O corpo de Senna está sepultado no jazigo 11, quadra 15, setor 7, do Cemitério do Morumbi, em São Paulo. Em 2014, aos 20 anos de seu acidente fatal, o presidente da Ferrari Luca di Montezemolo revelou que Senna queria encerrar sua carreira em sua equipe.


No Cemitério do Morumbi, a sepultura de Ayrton Senna. Nada pode me separar do amor de Deus.

Alcunhas

Algumas alcunhas foram sendo atribuídas ao piloto brasileiro ao longo de sua carreira.

Magic Senna, tal alcunha foi dada por jornalistas ingleses na década de 90.

Herói nacional, ainda em vida, dentre outros exemplos, quando foi capa da revista Veja em fevereiro de 1990 sob o título; "Senna: Um herói e seus enigmas". Depois do primeiro título conquistado em 1988, igualmente uma capa de revista, desta vez a Manchete, o qualificou como "herói" com o título; "Senna Campeão: Nasce no Japão um novo herói brasileiro." Em 2016, por meio de um projeto de lei, tenta reconhecê-lo como "Herói da Pátria", colocando seu nome no "Livro de Aço".

Já a alcunha de Gênio, foi alcançada ainda nos primeiros anos como piloto, notadamente no período que compreendeu sua participação na Fórmula 3 britânica e o início de carreira na Fórmula 1.


Memorial no local do Grande Prêmio da Europa de 1993, em Donington Park.

Fonte: Wikipédia


Tags: Ayrton Senna, Senna, Fórmula 1, F1, piloto, Ímola, Itália, Tamburello, Mônaco






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