RicardoOrlandini.net - Informa e faz pensar - Hoje na história - O Khmer Vermelho toma a capital do Camboja, Phnom Penh, e depõe o General Lon Nol. É anunciado o "Ano Zero" e fundada a "República da Kampuchea Democrática"

Últimas notícias

Hoje na história

RSS
17 de abril de 1975.

O Khmer Vermelho toma a capital do Camboja, Phnom Penh, e depõe o General Lon Nol. É anunciado o "Ano Zero" e fundada a "República da Kampuchea Democrática"


Kampuchea Democrático, também referido como Kampuchea Democrática, foi um Estado que existiu no Sudeste Asiático, onde hoje se localiza o Camboja, entre os anos de 1975 e 1979.

Foi fundado pelas forças do Khmer Vermelho, quando as mesmas derrubaram o regime da República Khmer, regido pelo general Lon Nol. Os comunistas se referiam ao governo anterior como Angkar Loeu (organização superior), e os membros da liderança do Partido Comunista do Kampuchea (PCK) referíam-se a si mesmos como Angkar Pavedat, durante esse período.

Pol Pot era o líder do Khmer Vermelho; em 1979 o território do Camboja (então conhecido pelo nome de Kampuchea Democrático) foi invadido por tropas do exército da República Socialista do Vietnã, e foi instalada a República Popular do Kampuchea (ou Camboja), como estado substituto ao Kampuchea Democrático. O governo dirigido por Heng Samrin tornou-se aliado do governo vietnamita e da URSS, similar àquele instalado no Laos em Dezembro de 1975. As forças do Khmer Vermelho - que haviam promovido um banho de sangue quando dominavam todo o país - se reagruparam na região da fronteira com a Tailândia, mantendo as mesmas estruturas políticas aplicadas no Kampuchea Democrático nas regiões que ainda controlavam. Sua sobrevivência deveu-se ao apoio da China e à ajuda financeira e militar (fornecimento de armas) dos EUA, razão pela qual a maioria dos países do Ocidente continuaram a reconhecê-lo como o governo legítimo do Camboja.

Em Junho de 1982 o Governo de Coalizão do Kampuchea Democrático foi formado.

Em 1970, o general Lon Nol e a Assembleia Nacional depuseram o rei Norodom Sihanouk, então chefe de estado. Sihanouk, opondo-se ao novo governo, formou uma aliança com o Khmer Vermelho contra o governo recém estabelecido pelo general Lon Nol. Ao mesmo tempo, aconteciam bombardeios ilegais na região leste do Camboja, onde algumas tropas do Viet Cong (Frente Nacional para a Libertação do Vietnã) se escondiam. Os bombardeios foram autorizados pelo presidente Richard Nixon e coordenados pelo seu conselheiro pessoal, Henry Kissinger. Tais bombardeios eram ilegais, pois os Estados Unidos não haviam declarado guerra oficialmente ao Camboja. Mais de 539,129 toneladas de bombas foram jogadas sobre o Camboja, mais que o triplo do total de bombas jogadas sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. Apesar dos bombardeios, o Khmer Vermelho, que contava com amplo apoio popular no campo, conseguiu tomar a capital Phnom Penh em 17 de Abril de 1975. O rei Norodom Sihanouk permaneceu como uma figura poderosa no governo até 1976.

Após a queda de Phnom Penh, o Khmer Vermelho imediatamente evacuou a capital. As estradas nas adjacências da cidade estavam lotadas de homens, mulheres e crianças oriundos da capital e de outras cidades, evacuadas à força pelo Khmer Vermelho. Phnom Penh – cuja população era de aproximada mente 3 milhões de pessoas, incluindo refugiados dos bombardeios – foi totalmente esvaziada praticamente do dia para a noite. Evacuações como essas ocorreram também em Battambang, Kampong Cham, Siem Reap, Kampong Thom e outras regiões.

O Khmer Vermelho justificou as evacuações alegando que não era possível transportar comida suficiente para alimentar uma população urbana de mais de dois milhões de pessoas, desta forma, as pessoas, então teriam que ser levadas até a comida. O Khmer Vermelho estava determinado a transformar o país em uma nação agrária na qual a corrupção e o parasitismo da vida urbana fossem completamente erradicados.

Tags: Vietnã, Camboja, Khmer Vermelho






Opinião do internauta

Deixe sua opinião

Hoje na história relacionadas

Comemoramos hoje - 21.01

  • Dia de Apolo, o deus Sol (mitologia grega)
  • Dia de Santo Anastácio
  • Dia Mundial da Religião