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28 de abril de 1992.

O presidente italiano Francesco Cossiga renuncia oficialmente ao cargo, mergulhando o país em sua pior crise constitucional desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Giovanni Spadolini torna-se presidente-interino

Francesco Cossiga
Francesco Cossiga (Sássari, 26 de Julho de 1928) é um político italiano. Foi ministro do Interior no terceiro governo de Giulio Andreotti (1976 - 1978), quando se demitiu após o assassinato de Aldo Moro.

De 4 de agosto de 1979 a 18 de outubro de 1980 foi presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro). De 12 de julho de 1983 a 3 de julho de 1985, foi presidente do Senado da República até ser eleito presidente da República, o mais jovem da República Italiana até então, mandato que exerceu entre 3 de Julho de 1985 e 28 de abril de 1992.

Desde 1992 é senador vitalício na qualidade de ex-presidente da República Italiana e após um decreto do presidente do Conselho de Ministros obteve o título de Presidente emérito da República Italiana.

Considerado honesto e incorruptível durante todos os seus mandatos até 1992, sempre foi respeitado, mesmo por seus oponentes políticos. Após o assassinato de Aldo Moro, declarou ao jornalista Paolo Guzzanti : Se tenho os cabelos brancos e manchas na pele, é por isto. Porque eu me dava conta de que estávamos deixando que matassem Moro e o nosso sofrimento estava em sintonia com o sofrimento dele.

Provocou a hostilidade do establishment político e da OTAN, ao tornar pública a existência da “Operação Gladio” e o seu papel nessa organização. Suas revelações provocaram um inquérito parlamentar, em 2000, sobre as atividades da Gladio na Itália.

Foi apurado que os serviços secretos norte-americanos e da OTAN haviam realizado atividades terroristas, sob falsa bandeira, causando numerosas vítimas entre a população civil. O objetivo era culpar os grupos de esquerda pelos atos de terror, a fim de incitar a opinião pública contra os comunistas e assim justificar medidas de exceção por parte do Estado.

Tags: Otan, Nato, Gladio, renúncia, Itália. Aldo Moro






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