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30 de abril de 1945.

Morre Adolf Hitler, ditador nazista

Edição do jornal The Stars and Stripes, de 2 de maio de 1945 anunciando a morte de Adolf Hitler.

Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 — Berlim, 30 de abril de 1945), foi um político alemão que serviu como líder do Partido Nazista (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei; NSDAP), Chanceler do Reich (de 1933 a 1945) e Führer ("líder") da Alemanha Nazista de 1934 até 1945. Como ditador do Reich Alemão, ele foi o principal instigador da Segunda Guerra Mundial na Europa e foi figura central do Holocausto.

Hitler nasceu na Áustria, então parte do Império Austro-Húngaro, e foi criado na cidade de Linz. Ele se mudou para a Alemanha em 1913 e serviu com distinção no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Se juntou ao Partido dos Trabalhadores Alemães, precursor do Partido Nazista, em 1919 e se tornou seu líder em 1921. Em 1923, ele organizou um golpe de estado em Munique para tentar tomar o poder. O fracassado golpe resultou na prisão de Hitler. Enquanto preso, ele ditou seu primeiro trabalho literário, a sua autobiografia e manifesto político, Mein Kampf ("Minha Luta"). Quando foi solto da cadeia, em 1924, Hitler ganhou apoio popular pela Alemanha com sua forte oposição ao Tratado de Versalhes e promoveu suas ideias de pangermanismo, antissemitismo e anticomunismo, com seu carisma e forte propaganda. Ele frequentemente criticava o sistema capitalista e comunista como sendo parte de uma conspiração judia.

Em 1933, o Partido Nazista se tornou o maior partido eleito no Reichstag, com seu líder, Adolf Hitler, sendo apontado Chanceler da Alemanha no dia 30 de janeiro do mesmo ano. Após novas eleições, ganhas por sua coalizão, o Parlamento aprovou a Lei habilitante de 1933, que começou o processo de transformar a República de Weimar na Alemanha Nazista, uma ditadura de partido único totalitária e autocrática de ideologia nacional socialista. Hitler pregava a eliminação dos judeus da Alemanha e do estabelecimento de uma Nova Ordem para combater o que ele via como injustiças pós-Primeira Grande Guerra, numa Europa dominada pelos britânicos e franceses.

Em seus primeiros seis anos no poder, a economia alemã se recuperou da Grande Depressão, as restrições impostas ao país após a Primeira Guerra Mundial foram ignoradas e territórios na fronteira, lar de milhões de Volksdeutsche (alemães étnicos), foram anexados — ações que deram a ele grande apoio popular. Hitler queria estabelecer o Lebensraum ("espaço vital") para o povo alemão. Sua política externa agressiva é considerada um dos motivos que levaram a Europa e o mundo a Segunda Guerra Mundial. Ele iniciou um grande programa de reindustrialização e rearmamento da Alemanha no final da década de 1930 e então, a 1º de setembro de 1939, ordenou a invasão da Polônia, resultando numa declaração de guerra por parte do Reino Unido e da França alguns dias depois. Em junho de 1941, Hitler ordenou a invasão da União Soviética. Em meados de 1942, a Wehrmacht (as forças armadas nazistas) e as tropas do Eixoocupavam boa parte da Europa continental, do Norte da África e quase um-quarto do território soviético. Contudo, após falharem em conquistar Moscou e serem derrotados em Stalingrado, as forças nazistas começaram a retroceder. A entrada dos Estados Unidos na guerra ao lado dos Aliados forçou a Alemanha a ficar na defensiva, acumulando uma série de derrotas a partir de 1943. Nos últimos dias do conflito, durante a Batalha de Berlim em 1945, Hitler se casou com sua amante de longa data, Eva Braun. No dia 30 de abril de 1945, os dois cometeram suicídio para evitar serem capturados pelo exército vermelho. Seus corpos foram queimados e enterrados. Uma semana mais tarde a Alemanha se rendeu formalmente.

Sob a liderança de Adolf Hitler, com uma ideologia racialmente motivada, o regime nazista perpetrou um dos maiores genocídios da história da humanidade, matando pelo menos 6 milhões de judeus e milhões de outras pessoas que Hitler e seus seguidores consideravam como Untermenschen ("sub-humanos") e socialmente "indesejáveis". Os nazistas também foram responsáveis pela morte de mais de 19,3 milhões de civis e prisioneiros de guerra. Além disso, no total, 29 milhões de soldados e civis morreram como resultado do conflito na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O número de fatalidades neste conflito foi sem precedentes e ainda é uma das guerras mais mortais da história.

Morte de Adolf Hitler

A Morte de Adolf Hitler ocorreu em 30 de abril de 1945, normalmente aceita-se que foi suicídio por arma de fogo e também envenenamento por cianeto. O duplo método de suicídio e outras circunstâncias que rodearam o evento incentivaram rumores de que Hitler teria sobrevivido ao final da Segunda Guerra Mundial, tendo fugido para um país da América do Sul onde teria morrido com uma doença incurável, tendo sido um sósia a morrer no bunker em Berlim. O mesmo teria acontecido com Eva Braun, sua noiva, com quem teria se casado pouco antes do suicídio (Braun teria se casado com ele somente depois de jurar "fidelidade" e prometer que se mataria junto com ele), juntamente pelo fato de que nunca foram encontrados seus restos mortais, incentivando mais especulações.

Uma segunda corrente de historiadores, no entanto, acredita que o fim da vida de Adolf Hitler teria ocorrido com a destruição de seu bunker em Berlim, por um grande ataque aéreo dos aliados já no fim da grande guerra. Acreditam ainda que, após este ataque a seu bunker, os corpos de Eva Braun e do braço direito de Hitler, Joseph Goebbels, sua esposa Magda Goebbels e seus filhos, também foram encontrados, mas em melhores condições que o do próprio Hitler: tinham em seus corpos queimaduras e marcas das ferragens, já o de Hitler estava carbonizado, sendo reconhecido apenas pela sua vestimenta e seu bigode.

Outras fontes ainda afirmam que o Hitler teria fugido para a Argentina e falecido no Paraguai em 5 de fevereiro de 1971.

A abertura de 1992 dos registros mantidos pela KGB, o serviço secreto da União Soviética, confirmaram a versão amplamente aceita da morte de Hitler, como descrito por Hugh Trevor-Roper, em seu livro The Last Days of Hitler publicado em 1947. No entanto, os arquivos russos não explicam o que teria acorrido com o cadáver do Führer.

Em 2015, uma série de documentários do The History Channel sugeriu, baseada em documentos do FBI, que Hitler pode na verdade ter escapado por túneis secretos localizados por baixo de Berlim, exilando-se na Argentina, numa residência secreta na selva argentina, até ao fim dos seus dias.


Hitler (na direita) com o marechal Hermann Göring, na última aparição pública dos dois juntos, em abril de 1945.

Suicídio

Hitler passou a residir no Führerbunker a partir de 16 de janeiro de 1945, onde presidiu a rápida desintegração do Terceiro Reich perante os avanços Aliados, tanto da frente leste como da frente oeste. No final de abril, as forças soviéticas tinham entrado em Berlim e foram batalhando em seu caminho para o centro da cidade onde a Chancelaria do Reich era localizada.

Em 22 de abril de 1945, Hitler teve o que alguns historiadores mais tarde descreveram como um colapso nervoso durante uma de suas conferências da situação militar, admitindo que a derrota era iminente e a Alemanha perderia a guerra. Ele expressou sua intenção de se matar e depois pediu ao médico Werner Haase para recomendar um método confiável de suicídio. Haase sugeriu combinar uma dose de cianeto com um tiro na cabeça.

Hitler possuía cápsulas de cianeto, que tinha obtido com a SS, porém a partir de 28 de abril, sabendo da tentativa de negociar um tratado de paz com independência por parte de Heinrich Himmler, o que seria considerado por Hitler como traição, ele começou a mostrar sinais de paranóia, expressando preocupações se as cápsulas de cianeto que ele tinha recebido, através da SS de Himmler seriam falsas. Ele também soube da execução de seu aliado Benito Mussolini e jurou não ter um destino semelhante. Para verificar a veracidade das cápsulas ele ordenou o Dr. Haase para testá-las no seu cão Blondi e o animal morreu como resultado.

Após a meia-noite de 29 de abril, Hitler casou-se com Eva Braun em uma cerimônia civil, em uma pequena sala dentro do bunker.

Antony Beevor afirma que, após um modesto casamento e um pequeno almoço com a sua nova esposa, Hitler chamou a secretária Traudl Junge para outra sala e ditou a sua última vontade e testamento. Ele assinou os documentos às 04:00 e depois foi para a cama (algumas fontes dizem que Hitler ditou a última vontade e testamento imediatamente antes do casamento, mas todas as fontes concordam sobre o momento da assinatura). Neste documento Hitler não demonstrou arrependimento ou descrença na ideologia nazista, tendo afirmado:

Eu encarrego os líderes deste país e seu povo a resistir implacavelmente ao envenenador universal de todas as nações, o povo judeu internacional.

Hitler e Braun viviam juntos como marido e mulher oficialmente por menos de 40 horas. Na manhã de 30 de abril de 1945, com os soviéticos a menos de 500 metros do bunker, Hitler teve uma reunião com o General Helmuth Weidling, comandante da área defensiva de Berlim, que informou Hitler que a guarnição de Berlim iria provavelmente ficar sem munições naquela noite. Weidling pediu permissão para sair para Hitler, um pedido que ele tinha feito antes sem sucesso. Hitler não respondeu à Weidling e voltou para sua sede na Bendlerblock onde ele ficou até por volta de 13:00. Hitler, dois secretários e seu cozinheiro fizeram um almoço composto de espaguete com um molho leve, após o que Hitler e Eva Braun se despediram de seu pessoal e colegas que ocupavam o Führerbunker, incluindo a Família Goebbels, Martin Bormann, os secretários e vários oficiais militares. Por volta 14:30 Adolf Hitler e Eva entraram no cômodo pessoal de Hitler.


Edição do jornal The Stars and Stripes, de 2 de maio de 1945 anunciando a morte de Adolf Hitler.

Algumas testemunhas relataram mais tarde que ouviram um tiro em torno de 15:30. Após esperar alguns minutos, o criado pessoal de Hitler, Heinz Linge, com Bormann ao seu lado, abriram as portas do cômodo de estudo. Linge declarou mais tarde que ele imediatamente notou um cheiro de amêndoas queimadas, um cheiro comum devido ao ácido prússico, a forma gasosa de cianeto. O guarda-costas pessoal de Hitler, Otto Gunsche, então entrou no cômodo para inspecionar os corpos. Os corpos de Hitler e Eva teriam sido encontrados sentados em um pequeno sofá, Eva na sua esquerda. Hitler teria dado um tiro na têmpora direita com uma pistola Walther PPK, 7,65 milímetros, que estava caída aos seus pés. O sangue escorrendo sobre o queixo, o que provocou uma grande mancha sobre o braço direito do sofá, que foi se acumulando no piso/carpete. O corpo de Eva não tinha ferimentos físicos visíveis e ela própria havia dito anteriormente para Linge que desejava ser envenenada.

Günsche saíu do cômodo e anunciou que o Führer estava morto. Imediatamente depois, várias pessoas no bunker começaram a fumar cigarros (que tinham sido proibidos, dado que Hitler tinha forte antipatia por fumantes). Várias testemunhas disseram que os dois corpos foram transportados até o nível do solo e através das saída de emergência, dando no jardim atrás da Chancelaria, onde foram molhados com gasolina e aceso por Linge e guarda-costas pessoais da SS de Hitler. Os guardas da SS e Linge observaram mais tarde que as chamas não destruiram completamente os corpos, mas devido aos bombardeios Soviéticos no bunker, novas tentativas de cremação se demonstraram impossíveis e a cratera com os restos mortais foi posteriormente atingida por uma bomba rasa após as 18:00.


As ruínas do Führerbunker em 1947, pouco antes de ser demolido.

Cinzas atiradas no rio Elba

Em 1969, o jornalista soviético Lev Bezymensky, disse que a SMERSH realizou uma autópsia nos corpos de Hitler e Eva, mas diversos historiadores consideram esta afirmativa desonesta. No entanto, em 1993, a KGB/FSB publicou registros de autópsia e outras declarações de ex-membros da KGB. A partir disso, historiadores chegaram a um consenso sobre o que aconteceu com os corpos de Hitler e Braun.

As tropas do Exército Vermelho chegaram no jardim da Chancelaria aproximadamente às 23:00, cerca de 7 horas e 30 minutos após a morte de Hitler. Em 2 de maio de 1945 restos de Hitler, Braun e dois cães (pensa-se ser Blondi e sua prole Wulf) foram descobertos em uma cratera por Ivan Churakov, de uma unidade da SMERSH que recebeu ordens para encontrar o corpo de Hitler.

Mesmo após a autópsia, que (ao contrário de relatórios públicos autorizados por Stalin em 1945) registrou tanto um tiro no crânio de Hitler, quanto cacos de vidro em sua mandíbula, Stalin era reticente a crer que o seu inimigo estava realmente morto. Os restos de Hitler e Braun foram exumados e enterrados repetidamente pela SMERSH durante a mudança de sua unidade de Berlim para uma nova instalação em Magdeburgo onde eles (juntamente com o ministro da propaganda Joseph Goebbels e os de sua esposa Magda Goebbels e seus seis filhos) foram definitivamente enterrados em um túmulo abaixo de uma seção de um pátio pavimentado, cuja localização foi mantida secreta.

Em 1970, a instalação da SMERSH (agora controlada pela KGB) foi entregue à Alemanha Oriental. Temendo a possibilidade do local de enterro de Hitler tornar-se um "santuário" neo-nazista, o diretor da KGB Yuri Andropov autorizou uma operação especial para destruir os restos. Em 4 de abril de 1970 uma equipe soviética da KGB (ao qual foi dada gráficos detalhados sobre o caso) secretamente exumou os corpos, queimando-os completamente e jogando as cinzas no rio Elba.

Em 2000, um suposto fragmento do crânio de Hitler foi exibido na Rússia pelo Serviço Federal de Arquivos. Mas após testes realizados em 2009, ficou comprovado que o crânio era de uma mulher.

Fonte: Wikipédia


Tags: Segunda Guerra Mundial, nazismo, Eva Braun, suicídio, Adolf Hitler






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