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27 de abril de 1972.

Programa Apollo: A missão Apollo 16 retorna à terra

O astronauta John Young na Lua, com o Módulo Lunar e Lunar Rover ao fundo

Apollo 16 foi a quinta missão tripulada a pousar na Lua, a primeira a pousar numa região montanhosa do satélite e a décima do Programa Apollo. Foi uma das missões que utilizou o jipe lunar e a primeira a colocar um pequeno satélite em órbita lunar, carregado de experimentos científicos dedicados ao estudo das partículas solares e do campo magnético da Lua.

A tripulação contou com o astronauta 'Ken' Mattingly, escalado para participar da acidentada missão Apollo 13 mas que dela não participou por motivos médicos, depois considerados infundados.

A missão foi lançada ao espaço do Cabo Kennedy a 16 de abril de 1972. A alunissagem ocorreu a 20 de abril de 1972 na cratera Descartes. O retorno à Terra ocorreu a 27 de abril de 1972.

Tripulação


A tripulação da Apollo 16: Esq. p/ dir: Mattingly, Young e Duke

O Começo do Fim

Se o apoio político para o Programa Apollo – e os fundos que vem com esse apoio – tivessem continuado em grande escala durante os anos 1970, na época da Apollo 16 a NASA já poderia estar pensando seriamente em estabelecer uma base permanente na Lua. Evidentemente este tipo de missão nunca foi possível e, na verdade, nesta época, a NASA já estava recolhendo as coisas e levantando seu acampamento lunar. As linhas do Programa Apollo com o Congresso dos Estados Unidos tinham sido fechadas e a Agência cancelou três missões para as quais o hardware do programa havia sido construído. Após a Apollo 16, só haveria mais uma missão. Como o Programa ia terminar, não havia mais nenhum equipamento novo para ser testado, nenhum novo método de trabalho para ser tentado. De qualquer maneira, com métodos e equipamentos aprovados em mãos, as últimas duas missões apresentaram esplêndidas oportunidades de esclarecer algumas das maiores incertezas que ainda restavam em nosso entendimento da Lua como satélite.

As tripulações das Apollo 14 e 15 trouxeram de volta amostras de materiais lunares muito antigos, mas nenhuma delas visitou uma área puramente montanhosa. Alguns membros da comunidade geológica da NASA pensavam que as áreas montanhosas centrais do satélite pareceriam com certas regiões na Terra construídas por vulcanismo, e esperavam que a equipe da Apollo 16 encontrasse amostras para provar essa tese, na região programada para o pouso, a cratera Descartes.

Orion em Descartes

A Apollo 16 foi lançada em 16 de abril de 1972. O comandante John Young havia voado duas vezes na Gemini e já tinha estado em órbita lunar como piloto do Módulo de Comando da Apollo 10. Anos mais tarde, ele iria comandar a primeira missão do ônibus espacial. O piloto do Módulo Lunar Orion, Charles Duke, havia servido com distinção como CapCom (Controlador de Voo) durante o pouso da Apollo 11. E, finalmente, o piloto do Módulo de Comando Thomas Mattingly, havia sido escalado para voar na Apollo 13, mas por ter sido inadvertidamente contaminado com caxumba (o que mais tarde se provou falso) por Duke, foi substituído no último minuto por seu substituto, John Swigert. Assim como John Young, Mattingly eventualmente ainda voaria como comandante do ônibus Espacial.


Localização da área de pouso da Apollo 16 na Lua.

Apesar de Young e Duke terem feito um pouso quase perfeito, pousando tão perto do seu alvo quanto a prudência e o terreno rugoso permitiam, eles pousaram seis horas atrasados. Em órbita, após eles terem ligado a força do Módulo Lunar Orion e se separado do Módulo de Comando Casper, Mattingly deveria disparar os motores do MC para se colocar numa posição em que pudesse fazer um resgate, em caso de um pouso abortado do ML. Porém, durante os testes, um defeito foi detectado no sistema substituto. De acordo com as regras da missão, nesse caso, as duas espaçonaves se juntariam novamente para o caso de se decidir que a tripulação deveria voltar à Terra. Entretanto, após seis horas de testes e análises, os controladores da missão no Centro Espacial Lyndon Johnson decidiu que o problema no motor poderia ser contornado e que o pouso deveria prosseguir.

Durante as manobras finais de aproximação do solo, o primeiro aviso de Duke, em um ângulo da janela, mostrou a Young que eles estavam se dirigindo para um ponto cerca de 600 metros fora do seu alvo. Por dez vezes ele cutucou o controle de mão para dar ao computador um novo alvo. Como na Apollo 15, a mobilidade do jipe lunar significava que eles não precisariam pousar exatamente no ponto escolhido. A grande apreensão de Young era o fato de que existiam poucas sombras, para lhe mostrar onde estava o nível exato do solo neste terreno rugoso e foi somente nos últimos momentos que ele viu alguns indícios, pela sombra que o Módulo Lunar fazia na superfície. Numa combinação de perícia e sorte, ele alunissou num ponto bastante nivelado.

Graças ao atraso em órbita, os dois astronautas já estavam acordados a treze horas no momento em que pousaram. Se, como planejado, eles tivessem tentado fazer uma AEV (Atividades extra-veiculares ou, mais comumente, um passeio lunar) integral naquele primeiro dia, eles teriam esticado o total de horas acordados para vinte e nove horas. Eram quatro de preparativos para AEV, oito para a AEV propriamente dita e mais quatro para as atividades pós-AEV. Mas ninguém estava interessado em correr os riscos adicionais que a fadiga teria criado, à medida que o dia passasse.

A contribuição da Apollo 16

Na época da decisão do Presidente John Kennedy de colocar um homem na Lua, a Era Espacial só tinha quatro anos de idade e a Era do voo espacial tripulado, seis semanas. Uma dúzia de pequenos satélites haviam sido colocados numa órbita baixa em volta da Terra. Alguns deles carregaram cachorros ou macacos, como cobaias para futuros viajantes espaciais humanos. Sete espaçonaves haviam sido lançadas em direção da Lua; duas delas haviam sobrevoado o satélite a uma distância respeitável, uma terceira chegou a se chocar com o lado visível e uma quarta girou em volta da Lua e transmitiu de volta para a Humanidade as primeiras imagens granuladas do lado escuro. Yuri Gagarin tinha voado em órbita da Terra e Alan Shepard fez um passeio sub-orbital de 15 minutos numa cápsula Mercury. Apenas oito anos mais tarde, Neil Armstrong e Edwin Aldrin pousaram na Lua e, durante os três anos e meio que se seguiram, eles e outras cinco tripulações provaram, mesmo com os limites impostos por curtas estadias, por orçamentos limitados de equipamento e pelo ambiente lunar propriamente dito, que uma grande quantidade de trabalho científico útil poderia ser feito. De várias maneiras, o fraco campo gravitacional fez o trabalho ser mais fácil do que teria sido na Terra e apenas a necessidade de usar as rígidas e volumosas roupas pressurizadas, mostraram ser uma dificuldade importante para a produtividade.

Ficou claro que, com mais tempo, melhores equipamentos e roupas, e um ambiente interno espaçoso nas naves de alunissagem ou em bases fixas no satélite, onde se pudesse trabalhar e viver com roupas normais para se fazer preparativos e reparos, a produtividade dos trabalhos na Lua poderia crescer significativamente. Na época da Apollo 16, os limites do Programa Apollo já haviam se aproximado. As tripulações anteriores haviam testado equipamentos e procedimentos e, se as duas últimas missões pareceram um pouco rotineiras, isso era apenas uma marca da maturidade do Programa. A Lua é um enorme satélite; e em apenas seis missões foi possível colocar junto uma descrição crível dos principais temas da história geológica lunar, planejar a distribuição de recursos em potencial e conseguir alguma experiência valiosa na conduta de operações lunares.

Fonte: Wikipédia


Tags: NASA, espaço, lua, Apollo






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