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30 de maio de 1961.

Rafael Trujillo, o ditador da República Dominicana, é assassinado


Rafael Leónidas Trujillo Molina, mais conhecido como Rafael Leónidas Trujillo (San Cristóbal, 24 de outubro de 1891 — Santo Domingo, 30 de maio de 1961), foi um militar e político dominicano. Ditador do país como Generalíssimo do Exército, o governou democraticamente entre 1930-1934 e de facto, até seu assassinato em 1961 manteve formais estruturas constitucionais. Ocupou a Presidência da República Dominicana sendo seu 36º e o 39º presidente entre 16 de agosto de 1930 e 30 de maio de 1938 e após entre 18 de maio de 1942 e 16 de agosto de 1952. Conhecido como “El Jefe” (o chefe ou o patrão) Generalíssimo” e Chapita (em alusão ao seu gosto excessivo para condecorações) ou também A Cabra” pela sua exacerbada luxúria, sua ditadura foi marcada pelo anticomunismo, a repressão de toda a oposição e um dos mais pronunciados cultos à personalidade do século XX. Seus defensores enfatizam os aspectos positivos do sistema de restabelecer a ordem pública e o progresso econômico. Com o apoio dos Estados Unidos, Trujillo tomou o controle do país acumulando grande fortuna as custas de seu povo enquanto agia com repressão sobre a oposição. Trujillo ordenou o genocídio de milhares de haitianos que viviam na zona fronteiriça e, então, fez um acordo com o presidente haitiano em indenizar-lhe 30 pesos por cabeça. Mais de 30 mil pessoas foram mortas e muitas outras foram para o exílio durante o seu mandato, entre elas as irmãs Mirabal. Elas foram presas e torturadas várias vezes. Apesar disso, continuaram na luta contra a ditadura. Trujillo decidiu acabar com “Las Mariposas”, como eram conhecidas, em 25 de novembro de 1960, enviando homens para interceptar as três mulheres quando iam visitar seus maridos na prisão. Las Mariposas foram pegas desarmadas e levadas para uma plantação de cana-de-açúcar, onde foram apunhaladas e estranguladas. Trujillo acreditou que havia eliminado um grande problema, mas o assassinato teve péssima repercussão. A morte de Las Mariposas causou grande comoção na República Dominicana e levou o povo dominicano a ficar cada vez mais inclinado a apoiar os ideais de Las Mariposas. Esta reação contribuiu no despertar da consciência do povo, e culminou no assassinato de Trujillo em 30 de maio de 1961. No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas. Em 1995, a escritora dominicana Julia Álvarez publicou o livro No Tempo das Borboletas, baseada na vida de Las Mariposas, e que em 2001 se tornou um filme. A sua história é também recordada no livro A Festa do Chibo, do peruano Mario Vargas Llosa.

Tags: Ditador, assassinato, CIA, República Dominicana, Haiti, assassino






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