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11 de setembro de 1714.

Guerra da Sucessão Espanhola: Tomada de Barcelona pelas forças de Bourbon

Claude Louis Hector, Duque de Villars, lidera as tropas francesas na Batalha de Denain.

A Guerra da Sucessão Espanhola disputou-se entre 9 de julho de 1701 e 11 de setembro de 1714, pelo direito de sucessão da coroa espanhola, depois da morte do último monarca da Casa de Habsburgo, Carlos II de Espanha, sem deixar herdeiros da rainha Maria Luísa d'Orleães, a qual pertencia à família real francesa.

A morte precoce de José Fernando da Baviera, Príncipe das Astúrias, levou ao trono espanhol Filipe V de Espanha, neto de Luís XIV de França, que ganhara o trono por testamento de Carlos II (1700); tal fato deu início à dinastia de Bourbon na Espanha.

Uma vez que os Bourbon teriam, além da França, o poder na Espanha, as demais potências europeias recearam da união de dois Estados tão poderosos, tanto quanto a França temia uma reunião da Espanha e da Áustria de novo sob as mãos de um Habsburgo. Daí ter-se gerado um conflito, motivado pela sucessão de Carlos II de Espanha. O imperador Leopoldo I da Áustria, parente próximo do rei falecido, julgando-se com direitos ao trono de Espanha, iniciou as hostilidades, e assim teve início a guerra.

Não houve vencedores propriamente ditos nesta guerra: através de um sistema de compensações chegou-se a um acordo. Filipe d'Anjou permaneceu como rei de Espanha (imposição de Luís XIV, seu avô). Para ser aceito pelos outros países beligerantes, Filipe V teve que ceder à Grã-Bretanha a ilha de Menorca, nas Baleares, assim como o rochedo de Gibraltar, e aos Habsburgos da Áustria os Países Baixos espanhóis. Também permitiu à Inglaterra um comércio limitado com suas colônias na América, por meio dos "navios de permissão", além de dar aos ingleses o direito de vender escravos por 30 anos no referido território, por meio do asiento.

A perda dos territórios mencionados marcou o início do declínio espanhol na Europa, por oposição ao da França, agora senhora praticamente inconteste na Europa continental, e da Grã-Bretanha, que dominava as rotas do comércio mundial. Além disso, a presença inglesa no comércio com as colônias espanholas ultrapassou os limites previamente definidos, reduzindo o controle castelhano sobre suas próprias colônias, sendo este um dos fatores que, posteriormente, favoreceriam as colônias em sua busca pela independência.

Cerco de Barcelona

O Cerco de Barcelona foi uma das últimas operações militares na Guerra da Sucessão Espanhola, entre o 25 de julho de 1713 e o 11 de setembro de 1714, que enfrentou aos defensores de Barcelona e aos soldados de Bourbon, muito superiores em número. Os catalães vão decidir resistir até a morte.

A resistência oferecida em Barcelona e outros territórios da Coroa de Aragão aproveitou-a Filipe V para destruir os muros das cidades que resistiram o avanço das tropas de Bourbon, e para estabelecer uma repressão que culminou com a queima de cidades, como Xátiva, a derrogação de leis, o aprisionamento e morte de muitos cidadãos, estabelecendo definitivamente um estado sobre as leis da Coroa de Castela. Em 1716, com os Decretos de Nova Planta criou-se o estado espanhol com capital em Madrid.

A execução da defesa da Batalha de Barcelona utiliza-se como símbolo da resistência do povo de Catalunha em defesa do país, e o referente mereceu a consideração de ser recordado como Dia Nacional da Catalunha.


Assalto final sobre Barcelona em 11 de setembro de 1714.

Fonte: Wikipédia


Tags: Casa de Habsburgo, Carlos II de Espanha, Maria Luísa d'Orleães, Catalunha, Barcelona, Espanha, Guerra de Sucessão Espanhola






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