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24 de julho de 1834.

Dom Pedro I toma Lisboa de seu irmão, Miguel I


Depois da saída do Brasil D. Pedro I (Brasil) ou D. Pedro IV o Rei Soldado (Portugal), retorna à Europa e assume a liderança da luta para restaurar os direitos da filha, usurpados pelo seu irmão Dom Miguel. Em Portugal aconteciam as Guerras Liberais entre os “miguelistas”, partidários do absolutismo defendido por Miguel, que usurpara a coroa a Maria II, rainha em título, e os liberais, defensores do constitucionalismo. Após conseguir os apoios financeiros necessários e organizar os liberais imigrados, chega aos Açores em 1832, onde assume a regência na qualidade de duque de Bragança, nomeia um Ministério composto por Mouzinho da Silveira, Marquês de Palmela e Agostinho José Freire, e prepara força expedicionária para invadir Portugal e colocar a sua filha no trono.

Em Junho, a expedição militar parte para o Norte do país, vindo a desembarcar no Pampelido em 8 de julho e seguindo depois para a cidade do Porto. As tropas chegam à cidade no dia seguinte e, ao contrário do que tinham inicialmente previsto, sofrem um longo e penoso cerco, dando-se início a uma guerra civil. Em 24 de julho 1834, depois da batalha de Lisboa, ganha pelo marechal-duque da Terceira, os liberais derrotam os miguelistas.

As Cortes de Agosto de 1834 confirmam a regência de D. Pedro, que repõe a filha no trono português. Apesar de ter reconquistado o trono português para sua filha, Dom Pedro voltou tuberculoso da campanha e morreu em 24 de setembro de 1834, pouco depois da Convenção de Évora Monte (que selara a vitória da causa liberal, de que se fizera paladino), no palácio de Queluz, na mesma sala onde nascera 36 anos antes. Foi sepultado no Panteão dos Braganças, na Igreja de São Vicente de Fora, como simples general, e não como rei. Em 1972, no sesquicentenário da independência, seus despojos foram trasladados do panteão de São Vicente de Fora para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo, ao lado da primeira esposa a Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa a Imperatriz Amélia.

A Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) ocorre no quadro da Crise de Sucessão ao Trono Português (1826-1834) que opôs o partido cartista, constitucionalista, ou liberal, liderado pelo ex-imperador D. Pedro I do Brasil, e ex-rei D. Pedro IV de Portugal, auto-proclamado regente do Reino em nome de sua filha a princesa do Grão-Pará, D. Maria da Glória de Bragança, depois D. Maria II, rainha de Portugal e o partido tradicionalista, legitimista, ou absolutista, encabeçado por D. Miguel I, rei de Portugal. Em causa estava a vontade de transformação de Portugal numa monarquia constitucional, o que se opunha aos princípios vigentes do legitimismo ou tradicionalismo, a que os liberais chamavam de absolutismo.

Tags: Miguel I, Pedro I, Guerra Civil Portuguesa






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