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05 de agosto de 1305.

William Wallace, que liderou a resistência escocesa à Inglaterra, foi capturado pelos ingleses perto de Glasgow e transportado para Londres para julgamento e execução

William Wallace

William Wallace (Elderslie, Renfrewshire, c. 1270 — Londres, 23 de agosto de 1305) foi um guerreiro escocês que liderou seus compatriotas na resistência à dominação inglesa imposta pelo reinado de Eduardo I. Seu nome em gaélico medieval era Uilliam Uallas e em gaélico atual é Uilleam Uallas.

Recentes biógrafos situam o seu nascimento em Ellerslie, Ayrshire, ainda que a tradição oral o situe em Elderslie, Renfrewshire. Venceu o exército de Eduardo I da Inglaterra na batalha conhecida como "Batalha da ponte de Stirling" ou "Stirling Bridge".


A Batalha da ponte de Stirling, 11 de setembro de 1297.

Pouco depois de sua terrível execução, a independência da Escócia pôde ser restabelecida por Robert the Bruce. Sua participação foi decisiva na Guerra da Independência Escocesa, quando a monarquia, em decorrência dos conflitos incessantes entre os clãs, viu as tropas de Eduardo I avançarem para a total subjugação do reino. Wallace venceu os ingleses em várias batalhas, culminado com o nascimento do Estado escocês.

Tornou-se muito conhecido após ser biografado no filme Braveheart (no Brasil, Coração Valente ; em Portugal, O Desafio do Guerreiro), dirigido e estrelado por Mel Gibson.


Estátua de William Wallace, em Aberdeen, Escócia.

A queda

Pouco se sabe a respeito da verdadeira captura de Wallace, além do fato de que ela foi realizada pelo escocês John de Menteith. Assim, no dia 5 de agosto de 1305, crê-se que sir John de Menteith capturou William Wallace em algum lugar perto de Glasgow. Menteith havia estado do lado da liberdade dos escoceses algum tempo antes, mas sucumbiu a Eduardo I. Como recompensa, foi feito xerife de Dumbarton.

Em relação ao filme Braveheart, embora não haja indicação de que Wallace estava a caminho para encontrar Robert the Bruce quando foi traído, o filme foi preciso ao retratar a traição por um de seus próprios conterrâneos. Wallace foi levado para Londres imediatamente e chegou lá em 22 de agosto de 1305. Na manhã seguinte, foi levado pelas ruas de Fenchurch, onde as multidões zombavam dele e lhe atiravam comida e pães podres, haja vista que os ingleses haviam sido levados a acreditar que Wallace era um impiedoso fora-da-lei, que havia matado ingleses inocentes, e que deveria ser punido.


Estátua de William Wallace na entrada do Castelo de Edimburgo.

No Westminster Hall, Wallace ficou diante do tribunal designado pelo rei Eduardo I, que o obrigou a ficar em uma plataforma e usar o que alguns acreditavam ser uma coroa de espinhos. Além de traição, Wallace foi acusado do assassinato do xerife de Lanark, Hazelrig, oito anos antes. As acusações eram lidas e a sentença pronunciada, como era costume, uma vez que os marginais, estando fora da lei, não tinham direitos. Wallace não teve oportunidade de falar em sua própria defesa e a sentença foi executada imediatamente: Wallace foi amarrado com couro e arrastado por diversos quilômetros, até Smithfield.

A execução

A execução ocorreu em 23 de agosto de 1305. Primeiro Wallace foi enforcado até ficar quase inconsciente, e então, amarrado a uma mesa, estripado, e suas entranhas, queimadas, ainda presas a ele. Provavelmente foi também castrado e, então finalmente, foi libertado do seu sofrimento inimaginável, pela decapitação. Seu corpo foi esquartejado, e os pedaços, enviados para Newcastle upon Tyne, Berwick, Perth e Stirling. Sua cabeça foi colocada em um pique na Ponte de Londres, de modo que todos a vissem, como advertência para outros possíveis "traidores".

O mito

As crenças de William Wallace são claras no que alguns dizem ser seu verso favorito, originalmente em latim: "Liberdade é a melhor de todas as coisas a ser conquistada, a verdade, lhe digo então: nunca viva com os grilhões da escravidão, meu filho". Mais tarde reabilitado e adorado por seu povo, hoje podem-se ver vários monumentos escoceses a seu herói: um no Castelo de Edimburgo ao lado da entrada (Robert the Bruce ocupa o outro lado), outro em Lanark, em um nicho acima da porta da atual igreja da paróquia, de frente para a High Street, e o mais famoso, em Stirling, no "National Wallace Monument". Wallace, embora morto há sete séculos, ainda vive na história e na imaginação da Escócia.

A Igreja Católica da Escócia defende a canonização de Wallace desde a década de 80, fato esse que gera inúmeras controvérsias. Sabe-se que Wallace era um Católico devoto e é considerado herói nacional, porém muitos questionam suas possíveis qualidades como homem santo.

O sucesso do filme Coração Valente acabou revivendo o movimento pela independência da Escócia (ainda parte do Reino Unido da Grã-Bretanha), que ainda deriva força política da popularidade de Wallace e do patriotismo derivado do filme.


Monumento em homenagem a William Wallace, localizado perto da cidade de Stirling, na Escócia.

Fonte: Wikipédia


Tags: William Wallace, Escócia, liberdade, independência, Coração Valente, Braveheart






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