Últimas notícias
Hoje na história
RSSDez anos após sofrer um esgotamento mental do qual ele nunca veio a se recuperar, o filósofo Friedrich Nietzsche morre em Weimar, na Alemanha, aos 55 anos
Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de outubro de 1844 — Weimar, 25 de agosto de 1900) foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor alemão do século XIX. Ele escreveu vários textos críticos sobre a religião, a moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo uma predileção por metáfora, ironia e aforismo.
As ideias-chave de Nietzsche incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a "morte de Deus", o Übermensch (Além-Homem, ver: Novo Homem) e eterno retorno. Sua filosofia central é a ideia de "afirmação da vida", que envolve questionamento de qualquer doutrina que drene uma expansiva de energias, não importando o quão socialmente predominantes essas ideias poderiam ser. Seu questionamento radical do valor e da objetividade da verdade tem sido o foco de extenso comentário e sua influência continua a ser substancial, especialmente na tradição filosófica continental compreendendo existencialismo, pós-modernismo e pós-estruturalismo. Suas ideias de superação individual e transcendência além da estrutura e contexto tiveram um impacto profundo sobre pensadores do final do século XIX e início do século XX, que usaram estes conceitos como pontos de partida para o desenvolvimento de suas filosofias. Mais recentemente, as reflexões de Nietzsche foram recebidas em várias abordagens filosóficas que se movem além do humanismo, por exemplo, o transumanismo.
Nietzsche começou sua carreira como filólogo clássico — um estudioso da crítica textual grega e romana — antes de se voltar para a filosofia. Em 1869, aos vinte e quatro anos, ele foi nomeado para a cadeira de Filologia Clássica na Universidade de Basileia, a pessoa mais jovem a ter alcançado esta posição. Em 1889, com quarenta e quatro anos de idade, ele sofreu um colapso e uma perda completa de suas faculdades mentais. A composição foi posteriormente atribuída a paresia geral atípica devido a sífilis terciária, mas este diagnóstico vem entrado em questão. Nietzsche viveu seus últimos anos sob os cuidados de sua mãe até a morte dela em 1897, depois ele caiu sob os cuidados de sua irmã, Elisabeth Förster-Nietzsche até a sua morte em 1900.
Como sua cuidadora, sua irmã assumiu o papel de curadora e editora de seus manuscritos. Förster-Nietzsche era casada com um proeminente nacionalista e antissemita alemão, Bernhard Förster, e retrabalhou escritos inéditos de Nietzsche para se adequar a ideologia de seu marido, muitas vezes de maneiras contrárias às suas opiniões expressas, que estavam fortemente e explicitamente opostas ao antissemitismo e nacionalismo. Através de edições de Förster-Nietzsche, o nome de Friedrich tornou-se associado com o militarismo alemão e o nazismo, mas estudiosos posteriores do século XX vêm tentando neutralizar esse equívoco de suas ideias.
Colapso mental e morte (1889–1900)
Em 3 de janeiro de 1889, Nietzsche sofreu um colapso mental. Nietzsche teria testemunhado o açoitamento de um cavalo no outro extremo da Piazza Carlo Alberto, e então correu em direção ao cavalo, jogou os braços ao redor de seu pescoço para protegê-lo e em seguida, caiu no chão.
Foto de Hans Olde da série Nietzsche adoecido, c. 1899.
Nos dias seguintes, Nietzsche enviou escritos breves conhecidos como Wahnbriefe ("Cartas da loucura")— para um número de amigos como Cosima Wagner e Jacob Burckhardt. Muitas delas assinadas "Dionísio".
Embora a maioria dos comentaristas considerem seu colapso como alheios à sua filosofia, Georges Bataille chegou a insinuar que sua filosofia pudesse tê-lo enlouquecido ("'Homem encarnado' também deve enlouquecer") e a psicanálise postmortem de René Girard postula uma rivalidade de adoração com o Richard Wagner.
Obra
A cultura ocidental e suas religiões, assim como a moral judaico-cristã, foram temas comuns em suas obras. Nietzsche se apresenta como alvo de muitas críticas na história da filosofia moderna, isto porque, primariamente, há certas dificuldades de entendimento na forma de apresentação das figuras e/ou categorias ao leitor ou estudioso, causando confusões devido principalmente aos paradoxos dos conceitos de realidade ou verdade.
Nietzsche, sem dúvida, considera o cristianismo e o budismo como "as duas religiões da decadência", embora ele afirme haver uma grande diferença nessas duas concepções. O budismo, para Nietzsche, "é cem vezes mais realista que o cristianismo". Religiões que aspiram ao nada, cujos valores dissolveram a mesquinhez histórica. Não obstante, também se autointitula ateu:
"Para mim o ateísmo não é nem uma consequência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto" (Ecce Homo, pt.II, af.1)
A crítica que Nietzsche faz do idealismo metafísico focaliza as categorias do idealismo e os valores morais que o condicionam, propondo uma outra abordagem: a genealogia dos valores.
Friedrich Nietzsche pretendeu ser o grande "desmascarador" de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos. E, assim, a moral tradicional (e, principalmente, a esboçada por Immanuel Kant), a religião e a política não são, para ele, nada mais que máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar. A moral, seja ela kantiana ou hegeliana, e até a catharsis aristotélica, são caminhos mais fáceis de serem trilhados para se subtrair à plena visão autêntica da vida.
Nietzsche criticou essa moral que leva à revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pela adoção dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo é adotar essa moral.
Nietzsche ao lado de sua mãe.
A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e, por vezes, já se consideram como tais. Neste sentido, a vida é vontade de poder ou de domínio ou de potência. Vontade essa que não conhece pausas e, por isso, está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçando destruí-la.
Não existe vida média, segundo Nietzsche, entre aceitação da vida e renúncia. Para salvá-la, é mister arrancar-lhe as máscaras e reconhecê-la tal como é: não para sofrê-la ou aceitá-la com resignação, mas para restituir-lhe o seu ritmo exaltante, o seu merismático júbilo.
O homem é um filho do "húmus" e é, portanto, corpo e vontade não somente de sobreviver, mas de vencer. Suas verdadeiras "virtudes" são: o orgulho, a alegria, a saúde, o amor sexual, a inimizade, a veneração, os bons hábitos, a vontade inabalável, a disciplina da intelectualidade superior, a vontade de poder. Mas essas virtudes são privilégios de poucos, e é para esses poucos que a vida é feita. De fato, Nietzsche é contrário a qualquer tipo de igualitarismo e, principalmente, ao disfarçado legalismo kantiano, que atenta para o bom senso através de uma lei inflexível, ou seja, o imperativo categórico: "Proceda em todas as suas ações de modo que a norma de seu proceder possa tornar-se uma lei universal".
Essas críticas se deveram à hostilidade de Nietzsche em face do racionalismo, que logo refutou como pura irracionalidade. Para ele, Kant nada mais é do que um fanático da moral, uma tarântula catastrófica.
Friedrich Nietzsche em 1861.
Para Nietzsche, o homem é individualidade irredutível, à qual os limites e imposições de uma razão que tolhe a vida permanecem estranhos a ela mesma, à semelhança de máscaras de que pode e deve libertar-se. Em Nietzsche, diferentemente de Kant, o mundo não tem ordem, estrutura, forma e inteligência. Nele, as coisas "dançam nos pés do acaso" e somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo em beleza e fazer aceitável tudo aquilo que há de problemático e terrível na vida.
Mesmo assim, apesar de todas as diferenças e oposições, deve-se reconhecer uma matriz comum entre Kant e Nietzsche, como que um substrato tácito, mas atuante. Essa matriz comum é a alma do romantismo do século XIX com sua ânsia de infinito, com sua revolta contra os limites e condicionamentos do homem. À semelhança de Platão, Nietzsche queria que o governo da humanidade fosse confiado aos filósofos, mas não a filósofos como Platão ou Kant, que ele considerava simples "operários da filosofia".
Na obra nietzschiana, a proclamação de uma nova moral contrapõe-se radicalmente ao anúncio utópico de uma nova humanidade, livre pelo imperativo categórico, como esperançosamente acreditava Kant. Para Nietzsche, a liberdade não é mais que a aceitação consciente de um destino necessitante. O homem libertado de qualquer vínculo, senhor de si mesmo e dos outros, o homem desprezador de qualquer verdade estabelecida ou por estabelecer e estar apto para se exprimir a vida, em todos os seus atos - era este não apenas o ideal apontado por Nietzsche para o futuro, mas a realidade que ele mesmo tentava personificar.
Aqui, necessário se faz perceber que, ao que superficialmente se parece, Nietzsche cria e cai em seu próprio "Imperativo Categórico": por certo, imperativo este baseado na completa liberdade do ser e ausência de normas. Porém, a liberdade de Nietzsche está entre a aceitação consciente (livre escolha) de um objetivo moral superior (que transcende a racionalidade do ser humano) e a matéria, a razão material kantiana. Portanto, a realidade está na escolha consciente entre a moral superior (instinto, vontade do coração) e a moral racional (somatório de valores criados pelo homem). O que reside não nas palavras, mas nos sentimentos (amor, música etc...).
Para Kant, a razão que se movimenta no seu âmbito, nos seus limites, faz o homem compreender-se a si mesmo e o dispõe para a libertação. Mas, segundo Nietzsche, trata-se de uma libertação escravizada pela razão, que só faz apertar-lhe os grilhões, enclaustrando a vida humana digna e livre.
Em Nietzsche, encontra-se uma filosofia antiteorética à procura de um novo filosofar de caráter libertário, superando as formas limitadoras da tradição que só galgou uma "liberdade humana" baseada no ressentimento e na culpa. Portanto, toda a teleologia de Kant de nada serve a Nietzsche: a ideia do sujeito racional, condicionado e limitado é rejeitada violentamente em favor de uma visão filosófica muito mais complexa do homem e da moral.
Nietzsche acreditava que a base racional da moral era uma ilusão e por isso, descartou a noção de homem racional, impregnada pela utópica promessa - mais uma máscara que a razão não autêntica impôs à vida humana. O mundo, para Nietzsche, não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era, portanto, Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e, por isso, se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante.
Nietzsche era um crítico das "ideias modernas", da vida e da cultura moderna, do neonacionalismo alemão. Para ele, os ideais modernos como democracia, socialismo, igualitarismo, emancipação feminina não eram senão expressões da decadência do "tipo homem". Por estas razões, é, por vezes, apontado como um precursor da pós-modernidade.
A figura de Nietzsche foi particularmente promovida na Alemanha Nazista, tendo sua irmã, simpatizante do regime hitleriano, fomentado esta associação. Como dizia Martin Heidegger, ele próprio nietzschiano, "na Alemanha se era contra ou a favor de Nietzsche".
Todavia, Nietzsche era explicitamente contra o movimento antissemita, posteriormente promovido por Adolf Hitler e seus partidários. A este respeito, pode-se ler a posição do filósofo:
Antes direi no ouvido dos psicólogos, supondo que desejem algum dia estudar de perto o ressentimento: hoje esta planta floresce do modo mais esplêndido entre os anarquistas e antissemitas, aliás onde sempre floresceu, na sombra, como a violeta, embora com outro cheiro.
...tampouco me agradam esses novos especuladores em idealismo, os antissemitas, que hoje reviram os olhos de modo cristão-ariano-homem-de-bem, e, através do abuso exasperante do mais barato meio de agitação, a afetação moral, buscam incitar o gado de chifres que há no povo...
Sem dúvida, a obra de Nietzsche sobreviveu muito além da apropriação feita pelo regime nazista. Ainda hoje, é um dos filósofos mais estudados e fecundos. Por vários momentos, inclusive, Nietzsche tentou juntar seus amigos e pensadores para que um fosse professor do outro, numa espécie de confraria. Contudo, esta ideia fracassou, e Nietzsche continuou sozinho seus estudos e desenvolvimento de ideias, ajudado apenas por poucos amigos que liam em voz alta seus textos, que, nos momentos de crise profunda, ele não conseguia ler.
Ideias
Seu estilo é aforismático, escrito em trechos concisos, muitas vezes de uma só página, e dos quais são pinçadas máximas. Muitas de suas frases se tornaram famosas, sendo repetidas nos mais diversos contextos, gerando muitas distorções e confusões. Algumas delas:
- "A filosofia é o exílio voluntário entre montanhas geladas."
- "Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmo somos desconhecidos."
- "Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia."
- "O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são."
- "Como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura hostil!"
- "Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!".
- "Há homens que já nascem póstumos."
- "O Evangelho morreu na cruz."
- "A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada."
- "Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida mas no "além" - no nada -, tira-se da vida o seu centro de gravidade."
- "Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária."
- "O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo."
- "A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade."
- "As convicções são cárceres."
- "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras."
- "Até os mais corajosos raramente têm a coragem para aquilo que realmente sabem."
- "Aquilo que não me destrói me fortalece."
- "Sem música, a vida seria um erro."
- "E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
- "A moralidade é o instinto do rebanho no indivíduo."
- "O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno."
- "Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder."
- "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos."
- "Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar. "Je höher man steigt, desto mehr schwinden die Kräfte – aber umso weiter sieht man." (Ingmar Bergman)
- "Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras."
- "O Homem evolui dos macacos? É, existem macacos!"
- "Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal."
- "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
- "Torna-te quem tu és!"
- "Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar"
- "O desespero é o preço pago pela autoconsciência"
- "O depois de amanhã me pertence"
- "O padre está mentindo."
- "Deus está morto mas o seu cadáver permanece insepulto."
- "Acautela-te quando lutares com monstros, para que não te tornes um."
- "Da escola de guerra da vida: o que não me mata, torna-me mais forte."
- "Será o Homem um erro de Deus, ou Deus um erro dos Homens?"
- "É preciso muito caos interior para parir uma estrela que dança."
- "Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você." (NIETZSCHE, F. Beyond Good and Evil. New York: Dover Publications Inc., 1997)
- "A alma nobre tem reverência por si mesma."
Longe de ser um escritor de simples aforismas, ele é considerado pelos seus seguidores um grande estilista da língua alemã, como o provaria Assim Falou Zaratustra, livro que ainda hoje é de dificílima compreensão estilística e conceitual. Muito pode ser compreendido na obra de Nietzsche como exercício de pesquisa filológica, no qual se unem palavras que não poderiam estar próximas ("Nascer póstumo"; "Deus Morreu", "delicadamente mal-educado", etc…).
Adorava a França e a Itália, porque acreditava que eram terras de homens com espíritos-livres. Admirava Voltaire, e considerava como último grande alemão Johann Wolfgang von Goethe, humanista como Voltaire. Naqueles países passou boa parte de sua vida e ali produziu seus mais memoráveis livros. Detestava a prepotência e o anti-semitismo prussianos, chegando a romper com a irmã e com Richard Wagner, por ver neles a personificação do que combatia - o rigor germânico, o anti-semitismo, o imperativo categórico, o espírito aprisionado, antípoda de seu espírito-livre. Anteviu o seu país em caminhos perigosos, o que de fato se confirmou catorze anos após sua morte, com a primeira grande guerra e a gestação do Nazismo.
O valor da história
A questão colocada por Nietzsche em 1874 é explicitamente a do valor da história e só pode ser colocada porque reporta a história a uma instância exterior, a vida, qualificada então como não histórica.
Em 1878, Nietzsche inverte sua interrogação e preconiza uma "filosofia histórica" que identifica vida e história, abrindo assim a possibilidade de uma história dos valores.
O problema consiste agora em saber como concretizar esta última. Nietzsche recorre então ao esquema utilitarista, com o qual começa uma longa discussão, como testemunha muito bem, em 1882, A gaia ciência. Em 1887, o próprio conceito de "genealogia" é empregado para significar uma nova historicidade, cuja possibilidade mesma depende da liquidação prévia desse modelo, de modo que a crítica a Paul Rée deve ser compreendida também como uma autocrítica.
Referências nietzschianas
Contudo, no próprio legado do filósofo podemos inferir suas opiniões em relação a outras filosofias e posições. É sumamente importante notar que Nietzsche perdeu o pai muito cedo, seus primeiros livros publicados até 1878, que não expunham suas ideias mais ácidas, ainda assim fizeram pouco ou nenhum sucesso. Que ele ficou extremamente desapontado com o sucesso de Richard Wagner, o qual se aproximou do cristianismo. Teve uma vida errante, com poucos amigos, e sempre perseguido por surtos de doença.
Nas suas obras vemos críticas bastante negativas a Kant, Wagner, Sócrates, Platão, Aristóteles, Xenofonte, Martinho Lutero, à metafísica, ao utilitarismo, anti-semitismo, socialismo, anarquismo, fatalismo, teologia, cristianismo, à concepção de Deus, ao pessimismo, estoicismo, ao iluminismo e à democracia.
Dentre os poucos elogios deferidos por Nietzsche, coletamos citações, muitas vezes com ressalvas a Schopenhauer, Spinoza, Dostoiévski, Shakespeare, Dante, Napoleão, Goethe, Darwin, Leibniz, Pascal, Edgar Allan Poe, Lord Byron, Musset, Leopardi, Kleist, Gogol, Voltaire e ao próprio Wagner, grande amigo e confidente de Nietzsche até certo momento.
Ele era, sem dúvida, muito apreciador da Natureza, dos pré-socráticos e das culturas helênicas.
Niilismo
O legado da obra de Nietzsche foi e continua sendo ainda hoje de difícil e contraditória compreensão. Assim, há os que, ainda hoje, associam suas ideias ao niilismo, defendendo que para Nietzsche:
"A moral não tem importância e os valores morais não têm qualquer validade, só são úteis ou inúteis consoante a situação"; "A verdade não tem importância; verdades indubitáveis, objetivas e eternas não são reconhecíveis. A verdade é sempre subjetiva"; "Deus está morto: não existe qualquer instância superior, eterna. O Homem depende apenas de si mesmo"; "O eterno retorno do mesmo: A história não é finalista, não há progresso nem objetivo". Ou ainda "...se existem deuses, como poderia eu suportar não ser um deus!? Por conseguinte não há deus." passagem que deixa evidente que a conclusão não decorre da premissa, mas sim da pessoal inaceitação do autor a um ente superior ao que ele próprio poderia conceber, ou seja: que, no mínimo, o autor é o ser de maior capacidade intelectiva que existe - isto portanto não o caracteriza como niilista. A superação do homem do seu tempo é o eixo de sua filosofia.
Outros, entretanto, não pensam que Nietzsche seja um autor do niilismo, mas ao contrário um crítico do niilismo. Na genealogia da moral o filósofo faz críticas abertas ao niilismo, que para ele seria um “anseio do vazio", uma manifestação dos seres doentes aonde se conformam e idealizam o vazio e não um verdadeiro estado de força. Além disso, para ele o homem pode ser, além de um destruidor, um criador de valores. E os valores a serem destruídos, como os cristãos (na sua obra, faz menção à doença, à ignorância), um dia seriam substituídos pela saúde, a inteligência, entre outros. Tal afirmação se baseia na obra Assim Falou Zaratustra, onde se faz clara a vinda do Além-homem, sendo criar a finalidade do ser. Tal correspondência é totalmente contrária ao niilismo, pelo menos em princípio. Ou um "niilismo positivo", para Heidegger. Todavia, Nietzsche, contrário ou não, não deixando escapar de suas críticas nem mesmo seu mestre Schopenhauer nem seu grande amigo Wagner, procurou denunciar todas as formas de renúncia da existência e da vontade. É esta a concepção fundamental de sua obra Zaratustra, "a eterna, suprema afirmação e confirmação da vida". O eterno retorno significa o trágico-dionisíaco dizer sim à vida, em sua plenitude e globalidade. É a afirmação incondicional da existência.
Talvez a falta de consenso na apreciação da obra de Nietzsche tenha em parte a ver com os paradoxos no pensamento do próprio autor. As suas últimas obras, sobretudo o seu autobiográfico Ecce Homo (1888), foram escritas em meio à sua crise que se aprofundava. Em janeiro de 1889, Nietzsche sofreu em Turim um colapso nervoso. Nietzsche passou os últimos 11 anos da sua vida sob observação psiquiátrica, inicialmente num manicômio em Jena, depois em casa de sua mãe em Naumburg e finalmente na casa chamada Villa Silberblick em Weimar, onde, após a morte de sua mãe, foi cuidado por sua irmã.
Faleceu em 25 de agosto de 1900. Encontra-se sepultado em Röcken Churchyard, Röcken, Saxônia-Anhalt na Alemanha.
Fonte: Wikipédia
Opinião do internauta
Hoje na história relacionadas
-
04/08/2017 - Morre aos 66 anos, o cantor e compositor Luiz Melodia -
13/04/2015 - Morre Günter Grass, Nobel de literatura e personagem controverso -
15/08/2012 - Morre o músico, compositor e flautista brasileiro Altamiro Carrilho -
01/03/2012 - Morre Lucio Dalla, cantor e compositor italiano -
11/10/2011 - Morre, aos 85 anos, o humorista José Vasconcellos -
16/01/2011 - Morre Sérgio Jockyman, jornalista, romancista, poeta e dramaturgo brasileiro -
04/03/2010 - Morre Johnny Alf, compositor, cantor e pianista brasileiro -
24/12/2008 - Morre Harold Pinter, dramaturgo inglês, Prêmio Nobel de Literatura em 2005 -
25/12/2006 - Morre James Brown, cantor e compositor norte-americano -
24/12/2006 - Morre Carlos Alberto Ferreira Braga, o “Braguinha”, compositor brasileiro -
12/06/2006 - Morre György Ligeti, compositor judeu húngaro, considerado como um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX -
17/01/2005 - Morre Bezerra da Silva, cantor e compositor brasileiro -
18/11/2003 - Morre Michael Kamen, maestro e compositor -
02/08/2003 - Morre Paulinho Nogueira, compositor brasileiro, autor de Menina -
21/04/2003 - Morre Nina Simone, cantora de Jazz -
12/01/2003 - Morre aos 53 anos, Maurice Ernest Gibb, músico inglês conhecido principalmente por ser um membro dos Bee Gees -
25/10/2002 - Morre Richard Harris, ator irlandês -
06/08/2000 - A Congregação para a Doutrina da Fé, pelo então Prefeito Joseph Ratzinger, publica a declaração "DOMINUS IESUS" - sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da igreja -
14/11/1999 - Morre o compositor e sambista carioca Zé Kéti -
07/03/1999 - Morre Antônio Houaiss, professor, escritor, tradutor, crítico, diplomata, filólogo, lexicógrafo e ensaísta brasileiro -
18/11/1998 - Morre o General Aurélio de Lira Tavares, membro da junta militar que governou o Brasil -
14/02/1996 - Morre Taiguara Chalar da Silva, cantor e compositor uruguaio radicado no Brasil -
24/06/1995 - Morre o compositor, cantor e humorista Ivon Curi -
27/04/1995 - Morre Raphael Rabello, Grande Violinista e Compositor Brasileiro -
05/05/1994 - Morre o poeta Mário Quintana -
26/11/1993 - Morre Grande Otelo, ator, cantor e compositor brasileiro -
29/03/1993 - Morre Jessé, cantor e compositor brasileiro -
06/01/1993 - Morre Dizzy Gillespie, trompetista, líder de orquestra, cantor e compositor de jazz norte-americano -
29/04/1991 - Morre em um acidente de automóvel, Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior o "Gonzaguinha", cantor e compositor brasileiro -
14/10/1990 - Morre Leonard Bernstein, maestro e compositor norte-americano -
08/05/1990 - Morre o compositor italiano, Luigi Nono -
28/12/1989 - Morre Aurélio Buarque de Holanda, lexicógrafo, organizador do “Aurelião” -
17/04/1988 - Morre Linda Batista, cantora e compositora brasileira -
13/02/1988 - Morre Radamés Gnattali, músico instrumentista e compositor brasileiro -
17/08/1987 - Morre Carlos Drummond de Andrade, poeta, contista e cronista brasileiro -
27/01/1987 - Morre o Poeta do Povo e da Mocidade J. G. de Araújo Jorge -
09/02/1983 - Morre “Blecaute”, cantor e compositor brasileiro -
23/11/1982 - Morre Adoniran Barbosa, músico, cantor, compositor, humorista e ator brasileiro -
29/03/1982 - Morre Carl Orff, compositor alemão -
22/12/1980 - Morre no Rio de Janeiro, Henrique Foréis Domingues, o "Almirante" -
30/11/1980 - Morre Cartola, compositor brasileiro -
16/11/1980 - O filósofo francês Louis Althusser estrangula sua esposa, num surto psicótico -
03/10/1979 - Morre o compositor Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga -
04/08/1977 - Morre Ernst Bloch, filósofo da utopia e da esperança -
09/09/1974 - Nasce Ana Carolina, cantora, compositora, arranjadora e instrumentista brasileira -
27/08/1974 - Morre o compositor Lupicínio Rodrigues -
02/09/1973 - Morre J.R.R. Tolkien, escritor sul-africano, conhecido por ter escrito a trilogia “O Senhor dos Anéis” -
24/02/1973 - Morre Eugen Rosenstock-Huessy, pensador alemão -
20/04/1969 - Morre Ataulfo Alves de Souza, compositor e cantor brasileiro -
30/09/1968 - Morre Sérgio Marcus Rangel Porto o “Stanislaw Ponte Preta”, escritor brasileiro -
03/10/1965 - Nasce Adriana Calcanhotto, cantora brasileira -
04/05/1961 - Aurélio Buarque de Holanda, lexicógrafo, organizador do “Aurelião”, é eleito para a Academia Brasileira de Letras -
16/10/1960 - Nasce Leila Pinheiro, cantora brasileira -
14/10/1960 - Nasce Kiko Zambianchi, músico brasileiro -
02/09/1960 - Nasce Arnaldo Antunes, músico e poeta brasileiro -
04/01/1960 - O escritor francês Albert Camus morre num acidente automobilístico -
22/09/1958 - Nasce Andrea Bocelli, tenor, escritor e compositor de músicas italiano -
11/10/1957 - Nasce Lobão, músico brasileiro -
17/09/1955 - Nasce Marina Lima, cantora brasileira -
20/11/1952 - Morre Benedetto Croce, filósofo italiano -
07/01/1951 - Nasce Luiz Carlos dos Santos, o cantor e compositor Luiz Melodia -
22/12/1949 - Nasce Maurice Ernest Gibb, músico inglês conhecido principalmente por ser um membro dos Bee Gees -
13/10/1949 - Nasce Fagner, músico brasileiro -
03/10/1949 - Nasce Zé Ramalho, cantor brasileiro -
23/09/1949 - Nasce Bruce Springsteen, cantor norte-americano -
08/09/1949 - Morre Richard Strauss, compositor e maestro alemão -
15/04/1948 - Nasce Michael Kamen, maestro e compositor -
30/12/1947 - Morre Alfred North Whitehead, filósofo e matemático inglês -
21/12/1947 - Nasce Paco de Lucía, guitarrista e compositor de flamenco espanhol -
24/08/1947 - Nasce Paulo Coelho, escritor brasileiro -
27/07/1946 - Morre Gertrude Stein, escritora norte-americana -
18/06/1946 - Nasce James Paul McCartney -
10/05/1946 - Morre Catulo da Paixão Cearense, músico e poeta brasileiro -
09/10/1945 - Nasce em Montevidéu, Taiguara Chalar da Silva, cantor e compositor uruguaio radicado no Brasil -
22/09/1945 - Nasce Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, cantor e compositor brasileiro -
25/02/1945 - Morre Mário de Andrade, escritor brasileiro -
29/08/1943 - Nasce Edu Lobo, músico brasileiro -
23/02/1943 - Morre Helene Stöcker, a primeira filósofa alemã -
31/08/1939 - Nasce Francis Hime, cantor e compositor brasileiro -
19/08/1936 - Durante a Guerra Civil Espanhola, o poeta e escritor Federico Garcia Lorca é assassinado pelas tropas de Francisco Franco -
12/09/1935 - Nasce Geraldo Vandré, músico brasileiro -
22/01/1935 - Morre Zequinha de Abreu, músico brasileiro autor do famoso choro "Tico-Tico no Fubá" -
04/04/1934 - Morre Ernesto Nazareth, músico brasileiro -
03/05/1933 - Nasce James Brown, cantor e compositor norte-americano -
10/10/1930 - Nasce Harold Pinter, dramaturgo inglês, Prêmio Nobel de Literatura em 2005 -
01/10/1930 - Nasce Richard St. John Harris, o ator irlandês Richard Harris -
23/02/1927 - Nasce Bezerra da Silva, cantor e compositor brasileiro -
20/03/1926 - Nasce José Thomaz da Cunha Vasconcellos Neto, mais conhecido como o humorista José Vasconcellos -
21/12/1924 - Nasce Altamiro Aquino Carrilho, compositor brasileiro e considerado um dos maiores flautistas do mundo -
29/01/1924 - Nasce o compositor italiano, Luigi Nono -
28/05/1923 - Nasce György Ligeti, compositor judeu húngaro, considerado como um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX -
01/03/1923 - Morre aos 74 anos de idade Ruy Barbosa, advogado, político e escritor brasileiro -
13/02/1923 - É publicada em Leipzig a coletânea "Elegias de Duíno", de Rainer Maria Rilke. Esta obra, concluída um ano antes, é considerada um dos mais importantes exemplos de lirismo no século 20 -
11/01/1923 - Nasce Sérgio Marcus Rangel Porto o “Stanislaw Ponte Preta”, escritor brasileiro -
06/10/1921 - Nasce Zé Keti, compositor brasileiro -
06/10/1921 - Nasce o compositor e sambista carioca Zé Kéti -
15/07/1921 - Morre Alphonsus de Guimarães, poeta simbolista brasileiro -
29/08/1920 - Nasce Charlie Parker Jr., músico de jazz norte-americano -
05/12/1919 - Nasce Otávio Henrique de Oliveira, o “Blecaute”, cantor e compositor brasileiro -
11/11/1919 - Morre Eduardo das Neves, compositor e violonista brasileiro -
28/12/1918 - Morre no Rio de Janeiro o poeta Olavo Bilac -
25/08/1918 - Nasce Leonard Bernstein, maestro e compositor norte-americano -
21/10/1917 - Nasce Dizzy Gillespie, trompetista, líder de orquestra, cantor e compositor de jazz norte-americano -
28/01/1916 - Morre Ramiro Barcelos, político brasileiro -
14/11/1915 - Thomas Masaryk cria um comitê pela independência da Tchecoslováquia -
18/10/1915 - Nasce Grande Otelo, ator, cantor e compositor brasileiro -
15/10/1915 - Nasce Antônio Houaiss, professor, escritor, tradutor, crítico, diplomata, filólogo, lexicógrafo e ensaísta brasileiro -
05/01/1915 - Nasce o compositor Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga -
19/09/1914 - Nasce o compositor Lupicínio Rodrigues -
20/05/1914 - Nasce o Poeta do Povo e da Mocidade J. G. de Araújo Jorge -
06/08/1912 - Nasce Adoniran Barbosa, músico, cantor, compositor, humorista e ator brasileiro -
13/09/1911 - Morre Raimundo Correia, poeta, cronista e ensaísta brasileiro -
03/05/1910 - Nasce Aurélio Buarque de Holanda, lexicógrafo, organizador do “Aurelião” -
02/05/1909 - Nasce Ataulfo Alves de Souza, compositor e cantor brasileiro -
22/10/1908 - Morre o dramaturgo Artur de Azevedo, um dos mais populares autores brasileiros do fim do século XIX e início do século XX -
11/10/1908 - Nasce Cartola, compositor brasileiro -
19/02/1908 - Nasce no Rio de Janeiro, Henrique Foréis Domingues, o "Almirante" -
29/03/1907 - Nasce Carlos Alberto Ferreira Braga, o “Braguinha”, compositor brasileiro -
30/07/1906 - Nasce Mário Quintana, poeta brasileiro -
27/01/1906 - Nasce em Porto Alegre, Radamés Gnattali, músico instrumentista e compositor brasileiro -
07/11/1905 - Nasce o General Aurélio de Lira Tavares, membro da junta militar que governou o Brasil -
30/01/1905 - Morre José do Patrocínio, jornalista, orador, poeta e romancista brasileiro -
01/09/1904 - Nos Estados Unidos, Helen Keller, surda e cega desde os dois anos de idade, forma-se com honras pela Universidade de Radcliffe -
23/03/1904 - Morre Apolinário José Gomes Porto-Alegre, escritor e poeta brasileiro -
31/10/1902 - Nasce Carlos Drummond de Andrade, poeta, contista e cronista brasileiro -
27/01/1901 - Morre Giuseppe Verdi, compositor de óperas do período romântico italiano -
08/10/1893 - Nasce Mário de Andrade, escritor brasileiro -
06/07/1893 - Morre o escritor francês Guy de Maupassant -
03/01/1892 - Nasce J.R.R. Tolkien, escritor sul-africano, conhecido por ter escrito a trilogia “O Senhor dos Anéis” -
06/07/1888 - Nasce Eugen Rosenstock-Huessy, pensador alemão -
31/07/1886 - Morre Franz Liszt, compositor e pianista húngaro -
08/07/1885 - Nasce Ernst Bloch, filósofo da utopia e da esperança -
19/09/1880 - Nasce Zequinha de Abreu, músico brasileiro autor do famoso choro "Tico-Tico no Fubá" -
11/09/1879 - Fundação da Igreja Evangélica Brasileira -
10/10/1875 - Morre Aleksey Konstantinovich Tolstoy, dramaturgo russo -
04/08/1875 - Morre Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês de histórias infantis autor de 'O Patinho Feio' -
23/10/1872 - Morre Théophile Gautier, poeta francês -
24/07/1870 - Nasce Alphonsus de Guimarães, poeta simbolista brasileiro -
18/12/1869 - Morre no Rio de Janeiro o pianista e compositor Louis Moreau Gottschalk -
13/11/1869 - Nasce Helene Stöcker, a primeira filósofa alemã -
25/08/1867 - Morre Michael Faraday, filósofo, físico e químico inglês -
25/02/1866 - Nasce Benedetto Croce, filósofo italiano -
03/11/1864 - Morre Antônio Gonçalves Dias, escritor e poeta brasileiro -
11/06/1864 - Nasce Richard Strauss, compositor e maestro alemão -
08/10/1863 - Nasce Catulo da Paixão Cearense, músico e poeta brasileiro -
20/03/1863 - Nasce Ernesto Júlio de Nazareth, músico brasileiro -
13/05/1859 - Nasce Raimundo Correia, poeta, cronista e ensaísta brasileiro -
05/09/1857 - Morre Auguste Comte, filósofo -
07/07/1855 - Nasce o dramaturgo Artur de Azevedo, um dos mais populares autores brasileiros do fim do século XIX e início do século XX -
16/10/1854 - Nasce Oscar Wilde, escritor irlandês -
08/10/1853 - Nasce José do Patrocínio, jornalista, orador, poeta e romancista brasileiro -
02/12/1851 - Victor Hugo se exila -
23/08/1851 - Nasce Ramiro Barcelos, político brasileiro -
05/08/1850 - Nasce o escritor francês Guy de Maupassant -
05/11/1849 - Nasce Ruy Barbosa de Oliveira, advogado, político e escritor brasileiro -
07/10/1849 - Morre Edgar Allan Poe, escritor norte-americano -
15/10/1844 - Nasce Friedrich Nietzsche, filósofo alemão -
29/08/1844 - Nasce Apolinário José Gomes Porto-Alegre, escritor e poeta brasileiro -
12/05/1837 - Morre Evaristo da Veiga, poeta, jornalista, político e livreiro brasileiro, membro da ABL e autor do Hino à Independência -
10/02/1837 - Alexander Pushkin, autor da história trágica “Boris Godunov” e considerado por muitos o maior poeta da Rússia, é assassinado em um duelo -
22/03/1832 - Morre Johann Wolfgang von Goethe, filósofo, escritor e cientista alemão -
14/11/1831 - Morre Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo alemão -
19/01/1829 - Fausto, de Goethe, é encenado pela primeira vez -
16/12/1825 - Nasce no Rio de Janeiro o poeta Olavo Bilac -
10/08/1823 - Nasce Antonio Gonçalves Dias, escritor e poeta brasileiro -
24/06/1820 - Nasce o escritor Joaquim Manuel de Macedo, autor de “A Moreninha” -
11/04/1820 - Morre o escritor Joaquim Manuel de Macedo, autor de “A Moreninha” -
05/09/1817 - Nasce Aleksey Konstantinovich Tolstoy, dramaturgo russo -
10/10/1813 - Nasce Giuseppe Verdi, compositor de óperas do período romântico italiano -
22/10/1811 - Nasce Franz Liszt, compositor erudito romântico húngaro -
31/08/1811 - Nasce Théophile Gautier, poeta francês -
19/01/1809 - Nasce Edgar Allan Poe, futuro escritor norte-americano -
21/12/1805 - Morre Bocage, poeta português -
09/05/1805 - Morre Friedrich Schiller, poeta, dramaturgo, filósofo e historiador alemão -
02/04/1805 - Nasce Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês de histórias infantis autor de 'O Patinho Feio' -
13/10/1803 - Morre Louis Claude de Saint-Martin, o "Filósofo Desconhecido", em Aulnay-la-Rivière, na França -
08/10/1799 - Nasce Evaristo da Veiga, poeta, jornalista, político e livreiro brasileiro, membro da ABL e autor do Hino à Independência -
06/06/1799 - Nasce Aleksandr Sergueievitch Pushkin, autor da história trágica “Boris Godunov” e considerado por muitos o maior poeta da Rússia -
19/01/1798 - Nasce Auguste Comte, filósofo -
22/09/1791 - Nasce- Michael Faraday, filósofo, físico e químico inglês -
29/10/1786 - Goethe chega a Roma -
13/12/1784 - Morre Samuel Johnson, escritor e lexicógrafo inglês -
31/07/1784 - Morre em Paris, Denis Diderot, filósofo e escritor francês -
30/05/1778 - Morre François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo “Voltaire” -
07/02/1778 - François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo “Voltaire”, é iniciado na Maçonaria -
17/01/1775 - Morre Giovanni Battista Sammartini, violinista e compositor italiano da era clássica -
17/06/1773 - Catarina II, czarina da Rússia, tornou público seu “Edito da Tolerância”, que instituiu a liberdade religiosa -
26/12/1771 - Morre Claude Adrien Helvetius, filósofo francês -
27/08/1770 - Nasce Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo alemão -
15/09/1765 - Nasce Bocage, poeta português -
10/11/1759 - Nasce Friedrich Schiller, poeta, dramaturgo, filósofo e historiador alemão -
28/08/1749 - Nasce Johann Wolfgang von Goethe, filósofo, escritor e cientista alemão -
18/01/1743 - Nasce Louis Claude de Saint-Martin, o 'Filósofo Desconhecido' -
24/12/1734 - Publicadas as Cartas Filosóficas de Voltaire -
14/11/1716 - Morre Gottfried Leibniz, cientista alemão -
26/02/1715 - Nasce Claude Adrien Helvetius, filósofo francês -
05/10/1713 - Nasce Denis Diderot, filósofo e escritor francês -
18/09/1709 - Nasce Samuel Johnson, escritor e lexicógrafo inglês -
26/11/1695 - Morre Gregório de Matos, advogado e poeta barroco brasileiro -
21/11/1695 - Morre Henry Purcell, compositor britânico -
21/11/1694 - Nasce François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo “Voltaire” -
10/09/1659 - Nasce Henry Purcell, compositor britânico -
11/02/1650 - Morre René Descartes, o fundador da filosofia moderna -
01/07/1646 - Nasce Gottfried Leibniz, cientista alemão -
10/11/1619 - René Descartes teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. -
23/04/1616 - Morre William Shakespeare, poeta e ator, e o mais influente dramaturgo do mundo -
22/04/1616 - Morre Miguel de Cervantes, escritor espanhol, autor de “Don Quixote de La Mancha” -
31/03/1596 - Nasce René Descartes, o fundador da filosofia moderna -
26/04/1564 - É batizado William Shakespeare, poeta e ator, e o mais influente dramaturgo do mundo -
18/02/1564 - O artista, escultor, poeta e arquiteto italiano Michelangelo Buonarroti morre em Roma. Ele é considerado um dos maiores artistas do Renascimento -
29/09/1547 - Nasce Miguel de Cervantes, escritor espanhol, autor de “Don Quixote de La Mancha” -
06/03/1475 - Nasce Michelangelo Buonarroti, artista, escultor, poeta e arquiteto italiano que é considerado um dos maiores artistas do Renascimento -
13/09/1321 - Morre Dante Alighieri, escritor, poeta e político italiano, autor de "A Divina Comédia" (La Divina Commedia) -
07/03/1274 - Morre São Tomás de Aquino, frade dominicano e filósofo italiano -
21/05/1265 - Nasce Dante Alighieri, escritor, poeta e político italiano, autor de "A Divina Comédia" (La Divina Commedia) -
17/09/1179 - Morre a abadessa Hildegard von Bingen -
10/10/0680 - Batalha de Karbala: Husain ibn Ali, neto do profeta Maomé, é decapitado pelas forças de Caligh Yazid I. É comemorado pelos xiitas como Ashurah. -
17/04/0485 - Morre Proclus, filósofo grego -
08/02/0410 - Nasce Proclus, filósofo grego -
27/02/0380 - Édito de Tessalônica: O Imperador Teodósio I e seus co-imperadores Graciano e Valentiniano II, declaram seu desejo de que todos os cidadãos romanos se convertam ao cristianismo trinitário.