Miriam Pires (Rio de Janeiro, 20 de abril de 1927 - Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2004) foi uma atriz brasileira.

Começa sua carreira em 1963. Em 1966, atuou na telenovela Um rosto de mulher, pela TV Paulista, veículo onde se tornaria presença constante em cerca de 50 produções, entre telenovelas e minisséries.

Participou de telenovelas importantes e teve papéis marcantes, como em Locomotivas (1977), Pedra sobre pedra (1992), Xica da Silva (1997 e que foi reprisada pelo SBT em 2005) e Mandacaru (1997), reprisada na TV Bandeirantes.

Estreou no cinema em 1976, em Aleluia Gretchen, de Sylvio Back, seguindo-se outros filmes, como Chuvas de verão (1978) e O beijo da mulher-aranha (1984).

Relutou em aceitar o papel em Chuvas de verão porque teria que fazer uma cena de amor com Jofre Soares, em que ficaria nua, já com uma certa idade. A cena foi elogiada e lhe rendeu prêmios de melhor atriz. A cena foi considerada uma das mais belas do cinema brasileiro.

No filme Aleluia Gretchen fez a mãe de um grupo de alemães nazistas que vêm para o sul do Brasil para instalar e gerenciar um hotel alemão que só recebia nazistas fugidos, que conspiravam e faziam reuniões no local.

Seu período de presença mais constante no cinema foi nas décadas de década de 1970 e década de 1980, sob a direção de cineastas como Braz Chediak, Bruno Barreto, Hector Babenco e Djalma Limongi Batista.

Faleceu na Clínica Bambina, no bairro Botafogo, no Rio de Janeiro. Com 77 anos, ela estava internada há dois meses, vítima de complicações da toxoplasmose. Na época estava no elenco da telenovela Senhora do destino, na qual interpretava Clementina, empregada e cozinheira da casa de Maria do Carmo, interpretada por Suzana Vieira. A produção, direção, elenco e a Rede Globo fizeram uma homenagem póstuma a atriz, criando o livro de receita em nome da personagem. Na festa de lançamento mostraram em um telão vários momentos da carreira da atriz.