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06 de setembro de 1620.

O barco Mayflower parte de Plymouth, Inglaterra, levando 102 peregrinos (“pilgrims” - puritanos ingleses), para dar início à colonização da Nova Inglaterra, na América do Norte.

Mayflower na Baía de Plymouth (por William Halsall, 1882)

Mayflower (em português, literalmente "flor de maio") foi o famoso navio que, em 1620, transportou os chamados Peregrinos, do porto de Southampton, Inglaterra, para o Novo Mundo.

Devido a uma série de problemas no navio, os peregrinos viram-se obrigados a regressar duas vezes, pouco depois de zarpar, para o consertar. A viagem seria feita em dois navios: o Mayflower e o Speedwell, mas problemas de vedação no casco do último impediram a sua partida. Por causa disso, 20 passageiros desistiram da viagem. Os outros foram todos juntos no Mayflower. Numa terceira tentativa, saíram de Plymouth a 6 de setembro de 1620 e, finalmente, a 11 de novembro de 1620, o Mayflower chegou ao Cabo Cod, no atual estado do Massachusetts.

O navio transportava 102 passageiros, na sua maioria puritanos separatistas, que procuravam liberdade religiosa, longe do poder hegemônico da Igreja Anglicana.

Os Peregrinos do Mayflower foram os primeiros colonos a se estabelecer e, originando os futuros Estados Unidos da América. Fundaram aí a cidade de Plymouth, que se tornaria a capital da Colônia de Plymouth.

História

O Mayflower servira anteriormente como cargueiro, no comércio de mercadorias (sobretudo vinho), entre a Inglaterra e outros estados europeus, principalmente a França, mas também Noruega, Alemanha e Espanha.

Baseado em Rotherhithe, Londres, o navio foi comandado por Christopher Jones, pelo menos entre 1609 e 1622 - inclusive durante a famosa viagem transatlântica, após a qual retornou à Inglaterra. Em 1623, um ano após a morte de Jones, em março de 1622, o Mayflower foi quase todo desmantelado, em Rotherhithe, e sua madeira foi usada como material de construção.

Dimensões

Os detalhes a respeito das dimensões da nave são desconhecidos, mas estimaram-se a partir do total da carga e pela forma dos barcos mercantes de 180 tom, que no período tinham entre 90 e 110 pés de comprimento e cerca de 25 pés de largura. O termo ton é utilizado para medir a carga do navio, a qual deriva da palavra inglesa tum, um barril grande que se usava para transportar vinho.

Um grupo de pesquisadores, fez o desenho de uma réplica, o Mayflower II, que foi lançado a 22 de setembro de 1956.


O Mayflower II no Pier Estadual em Plymouth, Massachusetts, em 2006.

Viagem para a América

A rota inicial foi idealizada para ser realizada por dois barcos, juntamente com o Speedwell. A primeira viagem partiu de Southampton, Inglaterra a 5 de agosto de 1620, mas o Speedwell teve um furo e teve de ser consertado em Darthmouth. Numa segunda tentativa, o barco atingiu o Oceano Atlântico, mas uma vez mais viu-se forçado a regressar. Após reorganização de planos a viagem definitiva fez-se apenas no Mayflower.

Com 102 passageiros a bordo, mais a tripulação (cerca de 30 pessoas), cada família serviu-se de um espaço bastante pequeno com os seus pertences. A viga de suporte principal da nave rompeu-se num ponto e foi consertada utilizando uma barra de aço. O Mayflower chegou a Renwes, no sul da orla da Península de Avalon em Newfoundland, onde recolheram água e provisões das famílias pesqueiras locais antes de navegar no Cabo Cod. Tentaram aproximar-se do rio Hudson, mas viram-se forçados a mudar de curso devido ao mau clima. Como resultado do atraso, os peregrinos não chegaram ao seu destino antes do Inverno.

Antes de desembarcar, os peregrinos escreveram e assinaram o Pacto do Mayflower. Estes não conseguiram chegar à Virgínia, onde tinham permissão de terras. A 5 de abril de 1621 o Mayflower partiu da colônia de Plymouth no Massachusetts, regressando a Inglaterra a 6 de maio de 1621.


O Mayflower aportou no interior do Cabo Cod a 11 de novembro de 1620.

Pacto do Mayflower

O Pacto do Mayflower foi o primeiro documento governamental da Colônia de Plymouth. Foi escrito pelos Peregrinos que cruzaram o Atlântico a bordo do Mayflower e assinado em 11 de novembro de 1620 por 41 dos 101 passageiros, no local hoje conhecido como baía de Provincetown, próximo ao Cabo Cod.


Os peregrinos assinando o Pacto do Mayflower, em 11 de novembro de 1620. Pintura de Jean Leon Gerome Ferris, 1899.

Razões para o pacto

O Mayflower originariamente deveria se dirigir ao Rio Hudson, em terras destinadas pelo governo britânico para colonização, mas por percalços durante a viagem acabou em Provincetown.

Alguns passageiros, que não eram membros da congregação religiosa, começaram a alegar que por não estarem no local ao qual se destinavam deveriam poder usar sua liberdade como lhes aprouvesse, que não haveria poder que os comandasse. Para prevenir problemas, alguns peregrinos decidem estabelecer um governo e para isso escrevem um documento. Era essencialmente um contrato social, no qual os participantes consentiam em seguir as regras para possibilitar a sobrevivência do grupo.

O documento

O documento original se perdeu, sobrando apenas uma transcrição manuscrita, por Willian Bradford, geralmente aceita como acurada pelos historiadores, e mantida na Biblioteca Pública de Massachusetts. É considerado um modelo de documento constitucional, porém com a óbvia diferença de que houve participação direta dos interesses e dos envolvidos ao contrário do que ocorre nas supostas democracias pós-modernas onde as constituições são impostas por supostos representantes não-diretos que muitas vezes não reflete os reais interesses dos seus supostos representados.


A transcrição de Bradford do pacto.

Fonte: Wikipédia


Tags: Mayflower, puritanos, peregrinos, Colonização, pilgrims, Plymouth, Boston, Massachusetts, Colonização da Nova Inglaterra






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