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14 de dezembro de 2013.

Morre aos 81 anos o ator irlandês Peter O'Toole, de Lawrence da Arábia

Peter O'Toole em Lawrence da Arábia.

Peter Seamus O’Toole (Connemara, 2 de agosto de 1932 - Londres, 14 de dezembro de 2013) foi um ator irlandês. Era pai da atriz Kate O’Toole e do ator Lorcan O’Toole. Na sua carreira teve nomeações para oito Oscars, e deteve o recorde de mais indicações sem nenhuma vitória. Ganhou quatro Globos de Ouro, um BAFTA e um Emmy, e foi agraciado com um Oscar honorário em 2002, pela notabilidade dos personagens que interpretou.

Peter James O'Toole nasceu em 2 de agosto de 1932. Filho de Jane Constance, uma enfermeira escocesa, e Patrick Joseph O'Toole, um irlandês. Foi criado na religião cristã católica e no início da Segunda Guerra Mundial estudou numa escola católica.

“Eu costumava ter medo das freiras: toda sua negação da feminilidade - os vestidos pretos e o rapar todo cabelo - foi tão horrível, era terrível”.

Ao sair da escola O'Toole obteve emprego de estagiário como jornalista e fotógrafo, até que ele foi chamado para o serviço nacional. Em 1952 O'Toole conseguiu uma bolsa de estudos na Royal Academy of Dramatic Art (RADA). Na RADA, ele estudava na mesma classe de Albert Finney, Alan Bates e Brian Bedford.

Carreira

O'Toole começou a trabalhar no teatro, antes de fazer sua estreia na televisão em 1954. Ele apareceu pela primeira vez no cinema em 1959 em um pequeno papel. Ele veio a ganhar seu maior reconhecimento ao interpretar T. E. Lawrence no filme de David Lean Lawrence da Arábia de 1962, depois que Marlon Brando e Albert Finney recusaram o papel. O papel lhe apresentou para o público dos Estados Unidos e lhe rendeu a primeira das suas oito indicações para o Oscar de melhor ator.


O’Toole como T.E. Lawrence

O'Toole ainda interpretou grandes papéis como o Rei Henrique II da Inglaterra em Becket de 1964 e em The Lion in Winter de 1968. O'Toole interpretou também Hamlet sob direção de Laurence Olivier. Ele também apareceu na produção de Seán O'Casey Juno e cumpriu uma ambição de sua vida quando subiu no palco da capital irlandesa no Abbey Theatre em 1970, ao interpretar Samuel Beckett ao lado Donal McCann. Em 1980, ele recebeu a aclamação da crítica ao interpretar o diretor no filme por trás das cenas de O Fugitivo. O'Toole foi indicado ao Oscar em 1982 pela comédia My Favorite Year, que fala sobre a luz por trás dos bastidores em um show de variedades da TV na década de 1950.


O’Toole como o Rei Henrique II em The Lion in Winter (1968)

Em 1972, ele interpretou Miguel de Cervantes em sua criação ficcional de Don Quixote em Man of La Mancha, em uma adaptação cinematográfica do musical da Broadway de 1965, ao lado de Sophia Loren. O filme foi amplamente criticado pela crítica especializada e pelo público na época, mas o filme se tornou um dos maiores sucessos em videocassete e DVD.

O'Toole ganhou um prêmio Emmy por seu papel na mini-série de 1999 Joan of Arc. Ele foi mais uma vez nomeado para Oscar de melhor ator em 2006 por sua interpretação como Maurice em Venus, dirigido por Roger Michell, como sua oitava nomeação. Mais recentemente, O'Toole co-estrelou o filme da Pixar Ratatouille, um filme animado sobre um rato com um sonho de se tornar o maior cozinheiro de Paris, onde ele interpretou Anton Ego, um crítico gastronômico.

Vida pessoal

Em 1959, casou-se com a atriz galesa Siân Phillips, com quem teve duas filhas: Kate (1960-) Patricia (1963-). Peter e Sian se divorciaram em 1979. Phillips revelou mais tarde em duas autobiografias que O'Toole a havia submetido à crueldade mental em grande parte alimentada por beber em demasia. E estava sujeito a crises de ciúme extremo, quando ela finalmente o deixou por um amante mais jovem. De um relacionamento com a modelo Karen Brown, nasceu seu terceiro filho, Lorcan (1983-).

Uma doença grave quase terminou sua vida no final de 1970. Devido à sua bebedeira e um defeito digestivo, desde o nascimento, ele passou por uma cirurgia em 1976 para ter seu pâncreas e grande parte do estômago removido. Em consequência da cirurgia, ficou dependente da insulina. Em 1978 ele quase morreu de uma doença no sangue. O'Toole, eventualmente, se recuperou e voltou a trabalhar, embora ele achasse mais difícil de conseguir papéis em filmes, resultando isto em mais trabalho para a televisão e papéis no palco ocasionalmente. No entanto, ele apareceu em 1987 no filme O Último Imperador, onde interpretou o tutor escocês Sir Reginald Fleming Johnston.

Peter O'Toole residia em Clifden, no condado de Galway, na Irlanda desde 1963 e no auge de sua carreira manteve casas em Dublin, Londres e Paris, mas agora mantém apenas sua casa em Londres. Enquanto estudava na RADA no início dos anos 1950 ele era ativo nos protestos contra os britânicos no envolvimento na Guerra da Coreia. Mais tarde, na década de 1960, ele foi um adversário ativo da Guerra do Vietnã.

Apesar de ter perdido a na religião organizada quando adolescente, O'Toole manifestou sentimentos positivos em relação à vida de Jesus Cristo. Em uma entrevista para The New York Times, ele disse:

“Ninguém pode levar Jesus para longe de mim… não há nenhuma dúvida de que houve uma figura histórica de grande importância, com noções enormes. Como a paz”.

Morte

Peter O'Toole faleceu aos 81 anos no Wellington Hospital em Londres, em 14 de dezembro de 2013.

Fonte: Wikipédia


Tags: Cinema, Lawrence da Arábia, Filme, Oscar, Peter O'Toole






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