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08 de setembro de 1436.

Papa Eugênio IV assina a bula Rex Regnum, um dos documentos que incentivaram o tráfico de escravos

Eugênio IV, 207° Papa da Igreja Católica

Antes mesmo do descobrimento do Brasil os portugueses já traficavam escravos da África.

Não existe documentação precisa dessas diversas negociações, a não ser vagas notícias de paradas de navios negreiros, nesse ou naquele porto do continente negro.

A informação mais precisa vem de Gomes Eanes de Zurara, onde o autor da Crônica do Descobrimento e Conquista de Guiné faz um relato de como Antão Gonçalves, em 1441 capturou e trouxe para o Infante D. Henrique os primeiros escravos africanos, bem como a transação com Afonso Guterres, para aprisionar os negros do Rio do Ouro.


Principais regiões de comércio de escravos na África entre os séculos XV e XIX.

Isso foi o começo para que o espírito aventureiro de conquista do português criasse usura no continente africano, em busca de um comércio, não obstante desumano e humilhante, porém fácil e estritamente rendoso.


Navio negreiro por Johann Moritz Rugendas.

A coisa cresceu tanto, que em pouco tempo já podia se ver Lisboa com um cheiro de cidade mulata, assim como mexer com a imaginação poética dos trovadores, Gil Vicente, Luís de Camões e, em especial, Garcia de Resende.


Maquete do interior de um navio negreiro.

Mas, com o passar do tempo, longe de se pensar na extinção dessa atividade, ela toma um impulso vigoroso, agora com o forte aval da Igreja Católica, com a justificativa de que os portugueses fariam com que os povos ditos “bárbaros” se tornassem adeptos de Jesus Cristo (cristão) e, para tanto, mais papas e bulas foram feitas com esse fim.


Comércio Triangular, usado no comércio atlântico de escravos, entre os séculos XVI e XIX.

O papa Eugênio IV, pelas bulas Sicut Dudum, de 13 de janeiro de 1435, Dudum Cum ad nos, de 31 de julho de 1436, Rex Regnum, de 8 de setembro de 1436 e ainda a Preclaris Tuis de 25 de maio de 1437, renovou a concessão a Duarte I de Portugal e de todas as terras que conquistasse na África, desde que o território não pertencesse a príncipe cristão.


O Papa Eugênio IV.

Esses documentos da Igreja Católica Romana, na prática, proibiam a escravidão de cristãos, mas incentivaram o tráfico de escravos pelos portugueses, de quem não fosse cristão com o intuito de convertê-los ao cristianismo.


Tags: Rex Regnum, Escravos, papa, Vaticano, bula, escravidão, Papa Eugênio IV






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