Wilson Grey, nome artístico de Wilson Chaves, (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1923 - 3 de outubro de 1993) foi um ator brasileiro.

Garçom, camelô, barbeiro, bicheiro, cientista, capanga, vampiro, caubói, motorista de praça. Tipo franzino, sempre de cabelos gomalinados, o típico malandro carioca dos anos quarenta. Assim era a figura de Wilson Grey, o ator que mais atuou em filmes de cinema: mais de 250. Fez quase todos os papéis possíveis no cinema, “só nunca beijei a mocinha no final do filme”, dizia sempre.

Carioca, nascido em 1923, seu verdadeiro nome era Wilson Chaves. Costumava dizer que o papel que fez em “Vai Trabalhar Vagabundo”, era “vagamente autobiográfico”.

Sua carreira começou em 1948, com Hóspede da noite. Ganhou todos os prêmios instituídos pelo cinema brasileiro, mas só veio fazer um papel principal em O segredo da múmia, de Ivan Cardoso, pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Ator do Festival de Brasília, em 1990.

Atravessou mais de quatro décadas do cinema brasileiro, fazendo uma média de um filme a cada dois meses. Portanto, é praticamente impossível falar do cinema brasileiro sem falar em Wilson Grey. Das chanchadas da Atlântida - ao lado de Oscarito, Grande Otelo e companhia - aos saudosos anos 80. Grey estabeleceu um recorde difícil de ser batido.

Dentre os filmes mais conhecidos (além dos citados abaixo) estão Memórias do cárcere (1984), O beijo da Mulher-Aranha e A ópera do malandro (ambos de 1985), Baixo Gávea (1986), Brás Cubas (também de 86) e Banana Split (1987). Outro de seus grandes sucessos foi A dança dos bonecos, de Helvécio Ratton.

Entre tantas marcas que este grande artista deixou gravada na mente dos brasileiros está o personagem “Lingüiça” companheiro inseparável do “Azambuja” interpretado por Chico Anysio.

Wilson Grey faleceu aos 69 anos, no dia 3 de outubro de 1993, às vésperas de completar 70 anos.