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12 de novembro de 2014.

A Sonda Philae da Agência Espacial Europeia pousa com sucesso no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e manda as primeiras imagens à Terra

Arte da sonda aproximando-se do cometa.

Philae é uma sonda robótica da Agência Espacial Europeia (ESA) que integra a sonda espacial Rosetta, construída para fazer um pouso no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. O módulo foi projetado para realizar o primeiro pouso controlado no núcleo de um cometa do Sistema Solar, produzir as primeiras imagens da superfície, fazer análises in situ da composição mineral do cometa, e tornou-se o primeiro objeto construído pelo homem a pousar num cometa em 12 de novembro de 2014.

Seu nome vem do Obelisco de Philae, descoberto na Ilha de Philae no rio Nilo e que foi utilizado, junto com a Pedra de Rosetta, para ajudar a decifrar os antigos hieróglifos egípcios.


Arte da sonda aproximando-se do cometa.

Características

O módulo recebeu o nome de Philae quando já estava no espaço, 21 dias após seu lançamento, em homenagem ao obelisco de Philae onde foi encontrada uma inscrição bilíngue, que incluía os nomes de Cleópatra e de Ptolomeu em hieróglifos egípcios. Esta inscrição forneceu ao historiador francês Jean-François Champollion informações importantes que lhe permitiram decifrar a antiga escrita egípcia descoberta na Pedra de Rosetta.

Ele tem uma massa de 100 kg, formato de um grande cubo medindo 1mX1mX0,8m, transporta 26 kg de instrumentos e sua estrutura principal é feita de fibra de carbono. Foi planejado para desacoplar da Rosetta e viajar em direção ao cometa de uma distância de 22,5 km numa trajetória balística, tocando na superfície a uma velocidade de cerca de 1 m/s.

As "pernas" da nave foram projetadas para amortecer o impacto inicial do pouso, evitando que ela saltasse na superfície, já que a velocidade de escape do cometa é mínima, 0,5 m/s, cem mil vezes menor que a da gravidade terrestre, assim impedindo que após o pouso ela acabasse flutuando na superfície, voltasse ao espaço ou a energia do impacto produzisse pedaços de gelo solto ao redor da nave. Além do amortecedor especial, ela conta com dois pequenos arpões, planejados para dispararem automaticamente – a 250 km/h – assim que for feito o contato com o solo, de maneira a prender a sonda à superfície. Um propulsor também foi colocado no topo da sonda para disparar ao mesmo tempo, reduzindo o balanço da nave e diminuindo o "coice" provocado pelo disparo dos arpões. O "capô" do pousador é coberto por células solares para a geração de energia.

O Philae foi construído por um consórcio europeu liderado pelo Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt e.V (DLR)– Instituto Aeroespacial Alemão. Outros membros deste consórcio são a ESA e institutos da Áustria, Finlândia, França, Hungria, Irlanda, Itália e a Inglaterra.

Missão

A missão da sonda é realizar um pouso bem sucedido na superfície do cometa e transmitir dados sobre a composição do mesmo. Alguns de seus instrumentos foram usados pela primeira vez durante o sobrevoo de Marte, feito pela Rosetta em 25 de fevereiro de 2007. O sistema de câmeras da Philae, ÇIVA, fez algumas imagens do planeta enquanto o equipamento da Rosetta se encontrava desligado, e outro equipamento, ROMAP, fez medições da magnetosfera marciana. A maioria dos instrumentos a bordo necessitam de contato com a Terra para funcionarem e por isso ficaram desligados durante o sobrevoo. Uma previsão otimista dos cientistas sobre Philae é que ela deverá ficar operacional entre quatro e cinco meses na superfície do Churyumov-Gerasimenko.

Objetivos científicos

Os principais objetivos da missão são o estudo da composição elementar, isotópica, mineral e molecular do cometa, a caracterização das propriedades físicas da superfície e do subsolo, a estrutura em larga escala, o ambiente magnético e o plasma do núcleo do cometa.


Esta imagem foi feita pelo robô Philae em sua aproximação do cometa

Pouso

O robô manteve-se acoplado à Rosetta até 12 de novembro de 2014, desde o encontro do conjunto com o cometa. A área de pouso, denominada Agilkia - em homenagem à Ilha de Agilkia, também no rio Nilo - após um grande concurso público realizado pela ESA, fica na "barriga" do cometa, que tem a forma de um "pato de borracha".

A separação entre a sonda e o robô foi confirmada pelo Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) às 09:03 UTC. Como o tempo de viagem do sinal da nave Rosetta até a Terra nesta data era de 28min e 20s, a separação ocorreu no espaço às 08:35 UTC, como programado. Após cerca de sete horas de manobras de aproximação no espaço, o sinal confirmando a aterrissagem de Philae sobre a superfície do cometa Churyumov-Gerasimenko chegou à Terra às 16:03 UTC.

O Centro Aeroespacial Alemão em Colônia, confirmou que os dois arpões que deveriam fixar o módulo robô à superfície do cometa não dispararam e não há clareza sobre a estabilidade do módulo no cometa. Num primeiro momento, não haverá nova tentativa de disparar os arpões, pois o coice resultante e a incerteza sobre a orientação da sonda sobre o cometa poderiam causar novos problemas. Um pequeno propulsor localizado na parte superior de Philae, que deveria contrabalançar o coice resultante do disparo dos arpões durante o pouso, não funcionou. O pouso, contudo, foi bastante brando, o que indica que a superfície do cometa é suave.


Concepção artística que representa o momento do pouso na superfície do cometa.

Fonte: Wikipédia


Tags: Sonda Philae, Agência Espacial Europeia, 67P/Churyumov-Gerasimenko, Espaço, cometa, robô, sonda






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