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17 de janeiro de 1991.

Guerra do Golfo: Começa a Operação Tempestade no Deserto (Desert Storm)

Os campos de petróleo kuwaitianos destruídos a mando de Saddam. A fumaça causou um enorme impacto ambiental e também causou males aos habitantes de cidades próximas.

A Guerra do Golfo (2 de agosto de 1990 a 28 de fevereiro de 1991) foi um conflito militar travado entre o Iraque e forças da Coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos e patrocinada pela Nações Unidas, com a aprovação de seu Conselho de Segurança, através da Resolução 678, autorizando o uso da força militar para alcançar a libertação do Kuwait, ocupado e anexado pelas forças armadas iraquianas sob as ordens de Saddam Hussein.

Durante sete meses, uma formidável força de meios humanos e uma imensa quantidade dos mais modernos equipamentos militares, foi formada e acumulada na zona do Golfo Pérsico, desencadeado de seguida uma campanha relâmpago que esmagou a oposição e consumou a libertação do território kuaitiano com extrema e surpreendente facilidade. O conflito foi também caracterizado por eventos e condições especiais como a maior mobilização de recursos humanos e materiais desde o final da Segunda Guerra Mundial, mesmo quando comparada com a guerra da Coreia; distribuição anormal e assimétrica das vítimas; decisão unilateral para terminar o conflito; anormal e excessivo ruído midiático sobre questões ambientais.

Foi ainda uma das campanhas militares mais fascinantes e inovadoras da moderna história militar, introduzindo no campo de batalha sofisticação tecnológica e poder de fogo sem precedentes. Novos vocábulos foram adicionados ao léxico global como, aviões stealth e bombas inteligentes. Este novo tipo de guerra catapultou para a fama e reconhecimento mundial, uma relativamente pouco conhecida empresa de notícias, que pela primeira vez acompanhou e transmitiu em direto um conflito militar, de seu nome CNN (Cable Network News).


No topo:
Formação de aviões norte-americanos (2x F-16, 2x F-15C, 1x F-15E) voando sobre os poços de petróleo Kuwaitianos em chamas.

As relações internacionais foram profundamente afetadas, marcando a primeira grande e relevante crise, com reflexo mundial no período pós-Guerra Fria.

No dia 17 de janeiro de 1991, soldados de 31 países aliados iniciaram uma ofensiva contra o Iraque, depois de vários meses de ameaças. Tratou-se de uma represália à invasão iraquiana no Kuwait, ocorrida em 2 de agosto do ano anterior. Os bombardeios terminaram em 28 de fevereiro, depois da retirada das tropas iraquianas do território ocupado.

"Há duas horas, os aviões dos Aliados iniciaram um ataque contra alvos militares no Iraque e no Kuwait. Enquanto falo aqui, os bombardeios prosseguem. Este conflito iniciou-se no dia 2 de agosto, quando o ditador do Iraque atacou seu pequeno vizinho indefeso".

Desta maneira, o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, comunicou aos americanos o início dos bombardeios, duas horas depois do começo da Operação Tempestade no Deserto. O presidente iraquiano, Saddam Hussein, invadiu o Kuwait em agosto de 1990 e pouco tempo depois proclamou o emirado província iraquiana. O motivo do ataque foram dívidas de Bagdá no valor de 80 bilhões de marcos, criadas durante a guerra com o Irã. Os principais credores eram o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos.

A economia iraquiana estava muito enfraquecida devido aos altos gastos militares durante a primeira guerra do Golfo. Além disso, os jovens soldados iraquianos não conseguiam emprego. Saddam exigia que os dois credores diminuíssem a quantidade de petróleo explorado, para que o Iraque pudesse vender mais. Como os dois países se negassem a aceitar a exigência, o ditador em Bagdá viu na invasão a possibilidade de fortalecer seu poder na região.

Arrogância

Saddam Hussein menosprezou a reação internacional. Em vista do importante papel estratégico da região, os Estados Unidos não aceitaram mudanças nas relações de poder. O Conselho de Segurança das Nações Unidas chegou a exigir ainda a 2 de agosto a retirada imediata e incondicional dos iraquianos do Kuwait e, quatro dias mais tarde, impôs um embargo militar e financeiro contra Bagdá.

Seis dias após o ataque iraquiano ao Kuwait, o presidente George Bush mobilizou, contra a vontade de seu secretário de Estado - James Baker -, 400 mil soldados para defender a Arábia Saudita. Em pouco tempo, formou-se um bloco anti-iraquiano de cerca de 30 países, que ia desde os aliados ocidentais até Síria e Egito.

Vendo-se isolado, o ditador iraquiano começou a jogar o jogo dos palestinos, que aceitaram o apoio de bom grado. Seguiu-se uma conferência do Oriente Médio, em que Hussein condicionou a saída iraquiana do Kuwait à retirada israelense dos territórios palestinos ocupados. A sugestão foi rejeitada pelos Estados Unidos, enquanto Saddam ameaçou com a destruição de todos os campos de exploração de petróleo.

O último prazo para a resolução diplomática do conflito expirou no fracassado encontro entre Baker e seu colega iraquiano Tariq Aziz, no dia 9 de janeiro de 1991, em Genebra. Hussein, por seu lado, deixou expirar o ultimato à meia-noite de 15 de janeiro, confiando na predisposição de dez mil homens se sacrificarem pela pátria.

Em 17 de janeiro de 1991, então, Bush ordenou o início da operação ao general Normann Schwarzkopf. Os aviões das tropas aliadas voaram mais de 1.300 missões nas primeiras 14 horas da operação. Os bombardeios arrasaram os complexos militares e industriais do Iraque. Hussein tentou demonstrar indiferença. Parecendo não estar intimidado, nem ordenou que fossem apagadas as luzes de Bagdá na primeira noite dos ataques. Pelo contrário, proclamou o início da mãe de todas as batalhas e ordenou bombardeios contra Israel.

Catástrofe ecológica

Apesar da morte de 13 israelenses, Ytzhak Rabin desistiu da retaliação e seguiu a estratégia ocidental. Depois de uma ofensiva terrestre, Saddam Hussein se rendeu em 28 de fevereiro de 1991 e assinou um acordo unilateral de cessar-fogo. Antes, ainda mandou incendiar 700 poços de petróleo no Kuwait, provocando uma catástrofe ecológica sem precedentes e cujo fogo demorou oito meses para ser apagado.

O saldo de mortos nunca ficou claro: entre 85 mil e 250 mil soldados do Iraque, entre 40 mil e 180 mil civis iraquianos, entre 4 mil e 7 mil kuwaitianos e aparentemente 343 soldados aliados.

Fonte: Wikipédia


Tags: Iraque, Saddam Hussein, Tempestade no Deserto, Guerra do Golfo, Guerra






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