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14 de dezembro de 1989.

Morre Andrei Sakharov, físico soviético e árduo defensor dos direitos humanos e da democracia no país

Andrei Dmitrievich Sakharov

Andrei Dmitrievich Sakharov (em russo: Андре́й Дми́триевич Са́харов; Moscou, 21 de maio de 1921 — Moscou, 14 de dezembro de 1989) foi um físico nuclear da União Soviética.

Ele ganhou fama como o designer de terceira ideia da União Soviética, um codinome para o desenvolvimento soviético de armas termonucleares. Sakharov era um defensor das liberdades civis e reformas civis na União Soviética. Ele foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1975. O Prêmio Sakharov, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu para as pessoas e organizações dedicadas aos direitos humanos e liberdades, é nomeado em sua honra.

Biografia

Andrei Sakharov nasceu em Moscou, em 21 de maio de 1921. Seu pai, Dmitri Ivanovich Sakharov, foi um professor de física em uma escola privada e sua mãe era uma pianista. Andrei frequentou a Universidade de Moscou a partir de 1938.

Após a evacuação, em 1941, durante a Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial), ele se formou em Asgabate, hoje no Turcomenistão. Em seguida, ele foi designado o trabalho de laboratório em Ulyanovsk. Durante este período, em 1943, casou-se com Klavdia Alekseyevna Vikhireva, com quem ele criou duas filhas e um filho antes de morrer em 1969. Ele retornou a Moscou em 1945 para estudar no Departamento teórico da FIAN (Instituto de Física da Academia Soviética de Ciências). Ele recebeu seu Ph.D. em 1947.

Estudou os raios cósmicos. Desempenhou com Igor Kurchatov um papel de primeiro plano na preparação da primeira bomba de hidrogênio, que foi desenvolvida na União Soviética e cujos primeiros ensaios se realizaram em 1953. Este feito valeu-lhe a entrada na Academia das Ciências da União Soviética no mesmo ano; todavia, não tardou a pedir a limitação dos armamentos nucleares. Sakharov propôs a ideia de gravidade induzida como teoria alternativa à da gravitação quântica.

Em 1965 reclamou a desestalinização efetiva do país e do partido; a sua obra "A Liberdade Intelectual na URSS e a Coexistência Pacífica", publicada no exterior em 1967, deu-lhe um lugar destacado na oposição ao regime. Tal como Aleksandr Solzhenitsyn, a quem apoiou sem esconder o seu desacordo com o romantismo místico do escritor, denunciou os gulags, os internamentos arbitrários e outras violações da Constituição Soviética e dos Direitos Humanos.

Casou com a ativista dos direitos humanos Yelena Bonner em 1972.

Galardoado com o Nobel da Paz em 1975, não foi autorizado a ir receber a sua distinção em Oslo. Com residência fixa a partir de 1980, só conseguiu a liberdade de movimentos após a chegada ao poder de Mikhail Gorbachev e a implementação da perestroika e da glasnost, apesar da pressão da opinião pública internacional e de uma greve de fome em 1984. Na sequência da revisão constitucional de 1989 o acadêmico foi candidato ao Congresso, obteve a investidura da Academia das ciências, malgrado uma forte obstrução processual, e chegou a deputado. Morreu em 14 de dezembro de 1989 por enfarte do miocárdio. Encontra-se sepultado no Cemitério Vostryakovskoe, Moscou na Rússia.

Em sua memória a União Europeia instituiu o Prêmio Sakharov para destacar pessoas que lutam pela defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão. Este prémio é atribuído desde 1988.

Fonte: Wikipédia


Tags: Andrei Sakharov, Andrei Dmitrievich Sakharov, Prêmio Nobel, dissidente soviético, URSS, Aleksandr Solzhenitsyn, Gulags, Yelena Bonner






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