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22 de março de 2015.

Morre aos 74 anos o ator Claudio Marzo, vítima de um enfisema

Claudio Marzo

Cláudio da Silva Marzo (São Paulo, 26 de setembro de 1940 — Rio de Janeiro, 22 de março de 2015) foi um ator brasileiro.

Pai da atriz Alexandra Marzo (nascida em 26 de setembro de 1968, mesmo dia em que completava 28 anos de idade) e que é fruto do seu casamento com a atriz Betty Faria, também foi casado com a atriz Denise Dumont com quem tem um filho chamado Diogo e pai de Bento, fruto do seu casamento com a atriz Xuxa Lopes. Foi também casado com a atriz Miriam Mehler. Cláudio foi filho de um metalúrgico e de uma dona de casa.

Na TV se destacou em telenovelas como Irmãos Coragem, Minha Doce Namorada, Carinhoso, Senhora, Brilhante, Plumas & Paetês, Cambalacho, Bambolê, Fera Ferida, A Indomada, Era Uma Vez... e Andando nas Nuvens e nas minisséries Quem Ama Não Mata e Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, todas esses trabalhos na Rede Globo. Também participou da novela Pantanal, na extinta Rede Manchete, no antológico personagem José Leôncio,onde,atuou magistralmente e como um Fazendeiro. Inclusive, a Fazenda cenário, hoje, uma ONG que leva o nome da Fazenda, ou seja, Fazenda Rio Negro.Nessa mesma novela interpretando duplo personagens, como José Leôncio e o Velho do Rio (seu Pai). Em 1962, na extinta TV Tupi, protagonizou o compositor Frédéric Chopin, ao lado de Laura Cardoso, que interpretou George Sand.

Novelas

Aos 25 anos, morava em São Paulo, fazia parte do Grupo Oficina e encenava uma versão de Toda Donzela Tem um Pai que é Uma Fera, de Gláucio Gil. Não bastasse, ainda dublava 40 filmes para uma série americana chamada Mr. Novac.

Marzo recebeu a proposta para trabalhar na Globo, ainda nos primeiros meses de 1965, meses após o golpe militar de 1964, e aos primeiros indícios de censura à atividade artística, tudo que ele queria era se mudar para o Rio de Janeiro e ter um contrato assinado com uma nova emissora de televisão.

E foi assim que Cláudio Marzo acabou por escrever o seu nome na história da televisão brasileira, ao fazer parte do primeiro grupo de atores contratados pela Globo, inaugurada em 26 de abril de 1965.

A produção de novelas era cada vez mais frequente e contava com novos recursos. Cláudio Marzo participou de várias nesse período, até que, em 1969, atuou ao lado de Regina Duarte em Véu de Noiva, escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho.

Oitava novela das oito da emissora, com um total de 204 capítulos, Véu de Noiva foi a primeira telenovela contemporânea da Globo, uma resposta à tendência iniciada por Beto Rockfeller, exibida pela Rede Tupi. Foi também a primeira telenovela a ganhar uma trilha sonora original, com músicas escolhidas por Nelson Motta.

O par romântico Cláudio Marzo e Regina Duarte caiu no gosto popular. E voltou a ser escalado em Irmãos Coragem, de Janete Clair, produzida em 1970. Na trama, o ator viveu um dos irmãos Coragem, Duda, um craque dos campos de futebol. Foi mais um sucesso de público. “Eu não queria fazer sucesso em televisão. Eu queria ser ator de teatro, entende? E achava que, na minha cabeça, na época, fazer sucesso em televisão era uma coisa que te queimava. Novela, televisão, isso era uma coisa inferior. Mas eu precisava trabalhar”, declarou o ator em um depoimento concedido em 6 de julho de 2000.


Cláudio Marzo com Regina Duarte em 'Véu de Noiva'.

Carinhoso, de Lauro César Muniz, lançada em 1973, trouxe de volta Cláudio Marzo e Regina Duarte. Mas foi na década de 1980 que ele participou de duas produções que marcariam sua carreira. Em Brilhante, novela de Gilberto Braga exibida em 1981, interpretou o motorista Carlos, que vivia um romance com sua patroa, Chica Newman, interpretada por Fernanda Montenegro.

O público torceu pelo casal, a despeito do preconceito que os personagens enfrentaram na trama. Já na minissérie Quem Ama Não Mata, de Euclydes Marinho, que foi ao ar em 1982, o ator contracenou com Marília Pêra, vivendo com ela um casal que entra em discórdia porque não consegue ter filhos, chegando até a violência. “Essa minissérie teve uma importância muito grande, porque era o assunto do momento. Eu estava vivamente interessado naquilo. Usamos cinco, seis câmeras, câmeras altas, câmeras baixas, câmeras aqui, câmeras ali. Foi uma coisa muito interessante”, relembrava o ator.

Cláudio Marzo se afastou da Globo no início de 1988, e só voltou para a emissora em 1993. Antes disso, participou de duas novelas na extinta TV Manchete: Kananga do Japão, de Wilson Aguiar Filho, em 1989, e Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, no ano seguinte, um grande sucesso de audiência e que ele destacava como um dos mais bonitos trabalhos que já fez na televisão.

De volta à Globo em 1993, atuou em Fera Ferida, escrita por Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, com a colaboração de Márcia Prates e Flávio de Campos. Marzo atuou no papel do coveiro Orestes Fronteira. Dois anos depois, foi convidado para participar do remake de Irmãos Coragem, dessa vez vivendo o poderoso coronel Pedro Barros, justamente quem perseguia a família Coragem. Em 2007, na Globo, atuou na novela Desejo Proibido, de Walther Negrão, e na minissérie Amazônia – De Galvez a Chico Mendes, de Gloria Perez, no papel de Ramalho Jr, ex-governador do Acre. O último trabalho na Globo foi no seriado Guerra e Paz de 2009, escrita por Carlos Lombardi. O ator interpretou o capitão Guerra.

A carreira de Cláudio Marzo também inclui grandes trabalhos no cinema. Foram nada menos do que 35 longas-metragens.

Cláudio Marzo morreu na madrugada do dia 22 de março de 2015, às seis horas da manhã, em decorrência de complicações causadas por um enfisema pulmonar. O ator tinha 74 anos.

Fonte: Memória Globo


Tags: Ator, cinema, Globo, novela, Irmãos Coragem, Fera Ferida, Pantanal, Claudio Marzo






Opinião do internauta

  • Antonio (24.07.2017 | 09.24)
    TERCEIRO ESTADO. Aos esquedistas = esquerdinhas =" cegos e ignorantes", tais como os artistas, escritores, cantores, etc (Letícias, L. Fernandos, Chicos, etc) do nosso Brasil varonil, que teimam em proteger e concordarem com PTistas, PSois, PC do Bs, REDES e demais partidos acéfalos, passagem somente de ida para VENEZUELA ou EQUADOR ou CUBA. Hah e também para os sociólogos, filósofos, e também para aqueles que têm a cara para postarem comentários nesse site, como os josés, sérgios, etc.
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