Últimas notícias

Hoje na história

RSS
14 de outubro de 1944.

Segunda Guerra Mundial: Atenas é libertada pelas forças aliadas

Artilharia alemã em ação na Grécia.

A Guerra Greco-Italiana (28 de outubro de 1940 a 6 de abril de 1941) foi um conflito armado no qual a Grécia e a Itália se enfrentaram, durante o curso da Segunda Guerra Mundial.

A Itália atacou a Grécia através da Albânia, mas semanas depois tiveram que recuar de volta. De fato, estavam evidentemente perdendo a guerra para os gregos. Então, Mussolini pediu ajuda a Hitler, e esta ajuda tinha que chegar logo, pois os italianos não só haviam sido repelidos de volta a suas linhas de partida, como estavam em vias de perder a Albânia para os gregos. Para a ajuda chegar, a Alemanha teve que invadir a Iugoslávia e a Macedônia para abrir caminho até a Grécia. Logo após, tropas alemãs e búlgaras invadiram a Grécia em abril, e dominaram o país rapidamente.

Causas

A Grécia, passa a ser governada por um regime autoritário e nacionalista encabeçado pelo Premiê Ioannis Metaxas, era no entanto um país tradicionalmente do lado dos Aliados. A Grécia tinha libertado grande parte de seu território na Primeira Guerra Mundial combatendo às forças turcas, aliadas dos Impérios Centrais. Portanto, era um país tradicionalmente aliado do Império Britânico.

A decisão de atacar a Grécia foi tomada por Mussolini a nível político. As razões são diversas: contrapor o peso cada vez maior da Alemanha nazista, com a qual a Itália tinha assinado o Pacto de Aço; restaurar os louros do exército italiano, de atuação medíocre durante a campanha da França nos Alpes Ocidentais, e talvez, conquistar bases na Grécia e em suas ilhas, para reduzir a presença inglesa no Mediterrâneo

No dia 15 de outubro de 1940, o Palácio Venezia de Roma teve lugar a uma reunião secreta, na qual tomam parte Mussolini, Galeazzo Ciano, Badoglio, Soddu, Iacomoni, Roatta e Visconti Prasca. Toma-se a decisão de atacar a Grécia e prepara-se um ultimato, que o embaixador italiano em Atenas, Emanuele Grazzi, deverá entregar às três da manhã do 28 de outubro de 1940, três horas antes do começo da ofensiva. No documento, se intima ao governo grego a permitir que as tropas italianas ocupem o território nacional grego para continuar a guerra com Grã-Bretanha. No entanto, o mesmo documento adverte que se as tropas italianas encontrassem resistência, essa resistência será duplicada pelas armas e o governo grego assumiria a responsabilidade das consequências.

A entrevista Grazzi–Metaxas

O 28 de outubro de 1940, como foi estabelecido, o embaixador italiano fez chegar a Metaxas em seu domicílio de Kifissia o ultimato, lhe dando três horas para aceitar ou recusar as exigências italianas.

Segundo a tradição grega, Metaxas teria respondido ao embaixador com um único e veemente «Oxi!» («Não!»), resposta que é recordada na Grécia a cada ano no chamado «Dia do Não» (feriado e festa nacional grega).

Emmanuele Grazzi, em seu livro O princípio do fim — as operações contra Grécia, dá sua versão da entrevista entre Metaxas e ele:

Mal tomamos assento, e já que era um pouco mais das três da manhã, lhe disse imediatamente que meu Governo me tinha encarregado de lhe fazer chegar um escrito, que não era se não o ultimato da Itália a Grécia, com o qual o Governo Italiano exigia a dissolução das forças armadas gregas, a partir de 6 da manhã do 28 de outubro de 1940. Metaxas começou a lê-lo. Por trás dos vidros de seus óculos, via seus olhos em lágrimas. Quando terminou do ler, me disse com voz triste, mas firme: «Alors, c'est a guerre» («Então, é a guerra»).

A filha de Metaxas narra a continuação deste diálogo, que não aparece nas memórias de Grazzi: — «Não necessariamente, Excelência», aludindo à possibilidade que Grécia tinha de se render. —«Sim, é necessário...», respondeu o Premiê. A guerra era inevitável. Três horas mais tarde, as tropas italianas entravam em território grego.

A ofensiva italiana

O plano de invasão da Grécia tinha sido preparado pelo Estado Maior italiano desde fins de 1939, e previa uma primeira fase com uma ofensiva na Albânia para a conquista de Épiro, seguindo pelos vales de Vojussa e de Tíamis, com a tomada de Metsovo e Drisko, para impedir às tropas gregas de Tessália e Macedônia de unir-se às de Épiro. Seguia uma segunda fase, destinada à conquista de Atenas, e uma terceira, consistente na ocupação de todo o território. As forças italianas na Albânia eram de 87.000 homens, das quais uns 75.000 situadas no território albanês e os 12.000 homens da Divisão «Arezzo», às ordens do general Feroni, na fronteira iugoslava.

A contraofensiva grega

As condições meteorológicas eram péssimas. As forças italianas avançaram ao princípio rapidamente, mas a rápida mobilização do exército grego e o apoio aéreo da RAF (a aviação grega consistia em antiquados caças poloneses PZL P.24 e caças biplanos Gloster Gladiator), junto com a falta de flutuantes para cruzar as torrentes de montanha crescidos pelas chuvas e a escassez de efetivos que lhes deixou em inferioridade em frente aos gregos, lhes permitiu a estes recusar aos italianos entre o dia 8 e 10 de novembro, para depois isolar à divisão «Julia» e tomar a cidade albanesa de Coritsa, em 22 de novembro.

Em 9 de novembro, a situação precipitou-se. Visconti Prasca foi substituído pelo general Ubaldo Soddu, quem em pese às pressões de Mussolini não pôde efetuar nenhuma operação ofensiva, se contentando com reorganizar a débil linha defensiva italiana. As tropas gregas aniquilaram a brigada alpina «Julia» no vale da Vojussa, e avançaram para o Adriático. Mussolini enviou reforços, aumentando os efetivos a 162.000 homens em dezembro de 1940, mas os gregos continuaram avançando sobre território albanês. A fins de dezembro, a frente estabilizou-se, e o general Ugo Cavallero assumiu o comando das tropas italianas.

Cavallero ordenou em janeiro de 1941 um contra-ataque para tentar reconquistar Klisura, que os gregos não só recusaram, senão que obrigaram aos italianos a retroceder em uma ofensiva de inverno, chegando até Tepelenë. O general grego Alexander Papagos não quis avançar para além das montanhas, onde as tropas gregas estavam em vantagem pese à superioridade aérea italiana. Expor à planície onde os italianos poderiam usar seus blindados e sua força aérea não era uma decisão sensata. O avanço grego, então, limitou-se a ocupar a metade de Albânia. Uns 56.000 homens da Commonwealth prestaram apoio aos gregos, sobretudo em aspectos onde o exército grego carecia de meios, como a artilharia e a aviação.


Tropas gregas tentando resistir ao avanço das forças do Eixo,

A intervenção alemã

Em 6 de abril de 1941 a Wehrmacht lançou a Operação 25 (invasão da Iugoslávia) e a Operação Marita (invasão da Grécia).

Nos primeiros dias de abril, os gregos avançaram em Puka e Kukës. As forças italianas atacaram desde a Albânia, enquanto os gregos eram atacados desde Iugoslávia por forças alemãs e búlgaras, aliadas dos alemães. Os gregos tinham estabelecido uma linha de defesa, chamada Linha Metaxas (o Premiê tinha falecido em janeiro desse ano), mas em frente às forças alemãs, a linha era indefinível. Os gregos perderam de novo Coriza em 14 de abril, e Argirocastro em 18 de abril. Papagos compreendeu que toda a resistência era inútil, e assinou o armistício em Tessália em 21 de abril de 1941.

Atenas é ocupada pelas tropas alemãs em 27 de abril de 1941.

A libertação de Atenas

As forças nazistas começaram a se retirar do continente grego no final de 1944, quando as forças soviéticas avançavam para a Europa pelo Sudeste da Ucrânia ameaçavam sua retirada.

As forças britânicas desembarcaram em outubro de 1944, liberando Atenas em 14 de outubro de 1944.

Fonte: Wikipédia


Tags: Guerra Greco-Italiana, Segunda Guerra Mundial, Grécia, Atenas, Itália, Eixo, Guerra, Mussolini






Opinião do internauta

Deixe sua opinião

Hoje na história relacionadas

Comemoramos hoje - 07.11

  • Dia da Ação Católica
  • Dia de São Herculano de Perúgia
  • Dia de São Prosdócimo de Pádua
  • Dia de São Vilibrordo
  • Dia de São Florêncio
  • Dia do Anjo Mebahel
  • Dia do Radialista (2006 em homenagem a Ary Barroso)
  • Dia Nacional dos Tribunais de Contas