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17 de julho de 2014.

Um Boeing 777 da Malaysia Airlines (Voo MH17) com 298 pessoas a bordo, é atingido por mísseis e cai na fronteira da Ucrânia com a Rússia.

O Boeing 777 da Malaysia Airlines de prefixo 9M-MRD envolvido no incidente

Voo Malaysia Airlines 17 (MH17/MAS17) foi a identificação de uma rota aérea de passageiros regular e internacional entre Amsterdã e Kuala Lumpur, operada pela companhia aérea Malaysia Airlines. Em 17 de julho de 2014, um Boeing 777-200ER que realizava esta rota, caiu perto de Grabove, no oblast de Donetsk, no leste da Ucrânia, a 40 km da fronteira com a Rússia, transportando 283 passageiros e 15 tripulantes de vários países. Foi o segundo incidente da companhia aérea em menos de cinco meses, após o desaparecimento do voo MH370 no início de março de 2014.


Rota do voo Malaysia Airlines 17

Às 15h30 UTC a Malaysia Airlines informou que tinha perdido o contato com o voo. Relatos iniciais do governo ucraniano informaram que a aeronave foi abatida a uma altitude de 10.000 m (32.800 ft) por um míssil terra-ar disparado utilizando o sistema de mísseis Buk.


Veículo lançador de mísseis Buk-M2.

As duas partes envolvidas na rebelião no leste da Ucrânia a princípio negaram responsabilidade pelo incidente, acusando-se mutuamente. Segundo o serviço de inteligência dos Estados Unidos, provavelmente os separatistas pró-Rússia derrubaram o avião; por outro lado, dirigentes russos disseram que as acusações norte-americanas eram precipitadas e acusaram a Ucrânia pela tragédia.

Este é o maior incidente da Malaysia Airlines, com 283 passageiros e 15 tripulantes vitimados, superando o voo 370, que resultou na morte de 227 passageiros, e que não foi encontrado.

Aeronave

A aeronave envolvida neste incidente era um modelo Boeing 777-200ER, matrícula 9M-MRD, número de série 28411. Teve o seu primeiro voo em 17 de julho de 1997 e foi entregue à Malaysia Airlines em 29 de julho de 1997. Este modelo de aeronave é equipado com dois motores Rolls-Royce Trent 892.


O avião de prefixo 9M-MRD envolvido no incidente.

Passageiros e tripulação

A Malaysia Airlines confirmou a presença de 283 passageiros e 15 membros da tripulação a bordo do voo MH17. Não houve sobreviventes. As informações iniciais davam conta que havia a bordo cerca de 80 crianças, informação desmentida posteriormente pela Malaysia Airlines, que confirmou haver três crianças entre os passageiros (duas malaias e uma indonésia). Havia dois passageiros com dupla cidadania: um neerlandês, que tinha também cidadania norte-americana e um britânico, que tinha também cidadania sul-africana.

Entre as vítimas estavam cerca de cem membros da Sociedade Internacional da AIDS (International AIDS Society), que iriam participar de uma conferência em Melbourne na Austrália, incluindo Joep Lange, pesquisador e ex-presidente da instituição.

O Acidente

A aeronave partiu do Aeroporto de Amsterdã Schiphol às 12h14 CEST (10h14 UTC). e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur. Com uma duração de voo de 11 horas e 45 minutos, o pouso estava previsto para as 06h00 do dia 18 de julho no horário local (22h00 de 17 de julho UTC).

De acordo com a Malaysia Airlines, o plano de voo solicitado para a aeronave previa uma altitude de 35.000 ft (10.700 m) enquanto estivesse sobrevoando o espaço aéreo da Ucrânia, mas ao entrar no espaço aéreo ucraniano, a tripulação foi instruída por um controlador de tráfego aéreo para descer a 33.000 ft (10.100 m).

A Malaysia Airlines emitiu um comunicado, afirmando que havia recebido uma notificação do controle de tráfego aéreo ucraniano que o contato com o voo MH17 tinha sido perdido às 14h15 (GMT) nas coordenadas (47° 51′ N 39° 13′ E), a aproximadamente 50 km da fronteira entre Rússia e Ucrânia.

O avião caiu próximo ao vilarejo Hrabove, ao norte de Torez, uma cidade ao leste da região de Donetsk Oblast, próxima da fronteira com a Rússia. O momento em que o avião caiu foi registrado em uma gravação feita por uma testemunha.

O site Flightradar24 informou que os aviões Boeing 777-200ER (Flight SQ351) da Singapore Airlines e o Boeing 787-8 da Air India (Flight AI113) desviaram suas rotas em cerca de 25 km da rota do avião da Malaysia Airlines após o desaparecimento deste dos radares.

Fotografias do local do acidente mostram peças quebradas e espalhadas da fuselagem e partes do motor, assim como corpos e passaportes. Alguns dos destroços caíram perto das casas de Hrabove. Dezenas de corpos caíram nos campos de cultivo e nas casas.


Destroços do avião da Malaysia Airlines

Na noite de 17 de julho, o portal lifenews.ru divulgou o seguinte comunicado: "No dia 17 de julho, próximo ao vilarejo Rassypnoye, na cidade Torez da região Donetsk, um avião de transporte An-26 da Força Área Ucraniana foi derrubado, segundo a milícia. De acordo com eles, o avião foi derrubado em algum lugar próximo às minas "Progress", longe da área residencial. De acordo com uma das milícias, aproximadamente às 17h30 do horário local, um An-26 sobrevoava a cidade quando foi atingido por um foguete. Houve uma explosão e o avião foi derrubado, deixando uma fumaça negra e detritos caindo." A agência de notícias russa RIA Novosti também reportou que um An-26 foi derrubado pelos militantes próximo a Torez por volta de 16h00 no horário local. Análises da fumaça e trajetória realizadas pelos EUA sugeriram que o míssil foi disparado a partir de uma área entre Torez e Snizhne.

Investigação

Separatistas pró-russos teriam alegadamente bloqueado o acesso ao local aos socorristas e à polícia, segundo afirmado pelas autoridades da Ucrânia, e afirmaram ter encontrado a caixa preta da aeronave, e que a iriam entregar às autoridades russas. Não há, no entanto, confirmação desta notícia. Numa comunicação interna entre os separatistas pró-russos, captada pelas autoridades ucranianas e divulgada internacionalmente, estes teriam reconhecido ter derrubado o avião. No entanto, os rebeldes negaram que tenham armamento para derrubar um avião que voe a 10 mil metros de altura dizendo que testemunhas viram um caça ucraniano abatendo o avião, sendo que o derrube do avião surge poucos dias depois da declaração de um dos líderes de milícias pró-russas no leste da Ucrânia, Igor Girkinm (também conhecido por Igor Strelkov) de que abateriam qualquer avião que sobrevoasse a região. O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Federação Russa, Andrei Kartapolov, disse que o Su-25 da Força Aérea ucraniana voou a uma distância de três a cinco quilômetros do Boeing. Segundo ele, o Su-25 é capaz de atingir alvos aéreos a uma distância de cinco quilômetros. O Pentágono e Kiev consideraram falsas as informações.

Técnicos em segurança aérea criticaram o Eurocontrol por não ter impedido os voos civis no leste da Ucrânia após a derrubada de dois aviões militares naquela região dias antes.

Em outubro de 2014, a revista alemã Der Spiegel publicou uma matéria citando o Serviço de Inteligência da Alemanha, cujo chefe Gerhard Schindler afirmou a uma comissão parlamentar, que os separatistas pro-Russia haviam derrubado o avião, utilizando um míssil lançado por um sistema Buk, que pertencia ao Exército da Ucrânia.

Em novembro de 2014, um canal de televisão estatal russo divulgou imagens de satélite, posteriormente tidas como falsas, que mostravam um suposto ataque de um avião caça ao MH17. As imagens, de origem desconhecida, poderiam ser tanto de satélites britânicos como norte-americanos, segundo especialistas russos.

Um grupo de jornalistas e especialistas descobriu que as imagens eram falsas. A televisão estatal russa Channel One havia divulgado imagens enviadas anonimamente à União de Engenheiros da Rússia e com diversas "falhas óbvias", por exemplo, a posição errada do logotipo da Malaysia Airlines no avião, cuja imagem foi obtida na internet. O avião de caça que aparecia atacando o MH17 não combinava com Su-25, o tipo de jato que a Rússia alegava ser o autor do ataque. As imagens de fundo não eram de satélite de espionagem, mas imagens antigas do Google Earth, combinadas com outro mapa on line. Uma análise mais minuciosa mostrou ainda que o ponto em que o avião era mostrado sendo alvejado era quase três minutos de voo de distância antes do ponto em que o gravador de voo do MH17 terminou a gravação, tempo durante o qual não houve registro de que o avião estaria sendo atacado. Enquanto isso, a Rússia exigia das autoridades norte-americanas o fornecimento dos seus dados de satélite e do lado ucraniano os dados sobre as conversas dos controladores de tráfego aéreo.

Relatório preliminar

Em setembro de 2014, o relatório preliminar do acidente foi divulgado pelo Conselho de Segurança da Holanda (Dutch Safety Board).

A conclusão foi que não houve evidência de qualquer falha técnica ou operacional com a aeronave e tripulação. Considerando os danos encontrados em partes da seção dianteira da aeronave, recuperados dos escombros, uma grande quantidade de objetos com alta energia de impacto atingiu externamente o avião. Os danos resultantes destes impactos provocaram a perda da sua integridade estrutural, causando a queda. O tipo de danos observados não eram consistentes com danos causados por falhas estruturais, dos motores ou dos sistemas da aeronave. O fato de haver muitas partes da estrutura encontradas em uma extensa área, levou à conclusão que o avião se desintegrou ainda no ar.

Fonte: Wikipédia


Tags: Aviação, Guerra da Ucrânia, Ucrânia, Boeing 777, Boeing, Malaysia Airlines, Voo MH17






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