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14 de agosto de 1936.

Guerra Civil Espanhola: Massacre de Badajoz – tropas do exército sublevado massacram civis e militares defensores da Segunda República logo após a tomada da cidade de Badajoz.

O general Juan Yagüe Blanco, o açougueiro de Badajoz

O Massacre de Badajoz ocorreu nos dias posteriores à Batalha de Badajoz, durante a Guerra Civil Espanhola, e foi o resultado da repressão exercida pelo exército sublevado contra os civis e militares defensores da Segunda República, após a tomada da cidade de Badajoz pelas forças sublevadas contra a Segunda República, em 14 de agosto de 1936.

Constitui um dos acontecimentos mais controvertidos da Guerra Civil Espanhola, pois o número de vítimas desta matança varia significativamente dependendo dos historiadores que a investigaram. Além disso, ao resultar vencedor da contenda o bando sublevado, nunca houve uma pesquisa oficial em relação ao sucedido na cidade na região da? Estremadura. Em qualquer caso, as estimativas mais comuns indicam que entre 2.000 e 4.000 pessoas foram executadas, em fatos tipificados por várias associações de direitos humanos como crimes contra a humanidade. Também é considerado provado que foi cometido genocídio, e desde 2007 existem várias queixas nesse sentido.

No comando das tropas que perpetraram o massacre de Badajoz encontrava-se o general Juan Yagüe, que, após a guerra civil, foi designado ministro do Ar pelo general Francisco Franco. A partir destes fatos, Yagüe foi popularmente conhecido como o "Açougueiro de Badajoz".


Mapa das operações entre agosto e setembro de 1936.

Segundo o censo, Badajoz tinha 41.122 habitantes em 1930, pelo que, estar correta a estimativa de 4.000 executados, a percentagem de retaliados atingiu 10% da população.

A Batalhe e o Massacre

A Batalha de Badajoz, aconteceu a 14 de agosto de 1936, antecedendo o propalado “Massacre de Badajoz”. Esta foi considerada uma das mais violentas batalhas de toda a Guerra Civil Espanhola, sobretudo pelo comportamento revelado pela facção vencedora.

Com a criação da primeira ponte aérea da história militar, foi possível transportar os militares do exército espanhol da África (talvez a maior e melhor preparada força militar espanhola). Estes aquartelaram-se no Sul da Espanha, esperando ordens de comando dos Generais Franco e Mola. A pretensão dos referidos Generais passaria por unificar as duas regiões sob o seu controle. Para tal seria necessário expulsar os republicanos radicados na região da Estremadura, que, um mês após o início do conflito, continuavam fiéis ao governo e sindicatos. Esta marcha para Norte, visava surpreender o poder central e tomar de assalto Madrid, acabando com a guerra antes que os republicanos se conseguissem organizar e retaliar.

O objetivo seria marchar rumo a Mérida, com o intuito de encontrar as forças do General Mola, isolando a República da fronteira com Portugal. As forças franquistas alcançam Mérida a 10 de agosto de 1936, seguindo desde o Sul de Espanha pela estrada de Sevilha.

A 14 de agosto de 1936, às primeiras horas do dia, a artilharia sob o comando do General Franco, bombardeia a cidade fronteiriça e amuralhada de Badajoz. Ao longo de toda a manhã repetem-se os bombardeios, visando destruir as muralhas junto às portas da cidade (Porta da Trindade). Do lado nascente (direção de Mérida) estão as forças legionárias, enquanto ao sul se encontram as forças franquistas de origem muçulmana (marroquinas), organizadas em batalhão (tambores). As forças locais, compostas por cerca de 2.500 milicianos e 500 militares fiéis ao governo, estão apenas munidas de metralhadoras, encontrando-se sem artilharia, aliadas à percepção do cerco e os repetidos bombardeios (aviões Junkers JU-52 que efetuaram a ponte aérea entre Marrocos e Sevilha), tornava muito difícil a tarefa das forças locais.

Após os primeiros bombardeios, as forças franquistas atacaram a cidade, defendida por posições de metralhadora que eficazmente colocaram dificuldades às tropas de Franco. As muralhas destroçadas, revelavam-se mais adequadas para a resistência que quando estavam intactas. Ao sul, segundo relatos, o ataque era efetuado pelas forças muçulmanas, deslocando-se paralelamente ao rio, visando tomar a “Porta dos Carros”. Esta medida surpreendeu a resistência, que não esperava um ataque daquele lado. Do lado nascente, as forças invasoras, depararam-se com alguns mortos e feridos, resultantes do seu ataque frontal às defesas de Badajoz. Ao longo da tarde, foram levados a cabo diversos ataques frontais por parte das forças de Francisco Franco, derrotados pelas posições de defesa, armadas com metralhadoras.

O fato do ataque franquista de desenrolar em duas frentes, levou a que as posições de defesa miliciana cedessem e fossem tomadas. Este fato deveu-se não só à ausência de artilharia, mas também à parca experiência em combate militar dos milicianos. Por volta das quatro da tarde, quando os combates se sucediam pelas ruas da cidade, todas as entradas tinham sido tomadas e o avanço das forças invasoras era inevitável.

O último bastião de resistência das forças leais à República situava-se na Catedral de Badajoz, onde os últimos republicanos lutaram até esgotarem as munições. Todos os resistentes que se renderam, foram imediatamente fuzilados dentro da própria catedral.

A batalha prolongou-se até ao fim do dia, com alguns confrontos esporádicos, mas a batalha de Badajoz estava terminada e controlada de forma clara. No entanto, após a tomada da cidade o comportamento das tropas franquistas revestiu-se de contornos macabros e escandalosos, assumindo-se como um dos maiores crimes da história da Guerra Civil Espanhola

Ainda durante o mesmo dia, quando da tomada das ruas da cidade, as forças do General Franco lançaram o terror entre a população, destruindo tudo à sua passagem. Segundo as ordens do General Francisco Franco, as tropas foram instruídas a arrasar a cidade e exterminar a população, caso esta não se rendesse às forças invasoras. Com este procedimento, Franco, pretendia enviar um sinal claro de força a todo o território espanhol. Este episódio decorrente da Batalha de Badajoz ficou conhecido como o Massacre de Badajoz.

Fonte: Wikipédia


Tags: Massacre, Guerra Civil Espanhola, Massacre de Badajoz, fascismo, Francisco Franco, Batalha de Badajoz, Juan Yagüe






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