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08 de novembro de 1226.

Morre Luís VIII, Rei da França

Luís, o Leão, Rei da França

Luís VIII (Paris, 5 de setembro de 1187 – Montpensier, 8 de novembro de 1226), conhecido como Luís, o Leão, foi o Rei da França de 14 de julho de 1223 até sua morte a 8 de novembro de 1226, também reivindicando o trono inglês entre 1216 e 1217. Era filho de Filipe II e Isabel de Hainaut.

Apesar de ter reinado por apenas três anos, foi um ativo líder em seus anos como herdeiro. Durante as guerras de seu pai contra o rei João de Inglaterra, suas proezas militares lhe valeram seu epíteto. Após sua vitória em 1214 na Batalha de Roche-au-Moine, Luís invadiu a Inglaterra e foi proclamado rei em Londres dois anos depois antes de ser repelido. Ele começou a conquistar a Guiena em 1217, deixando apenas uma pequena porção de Bordéus para Henrique III de Inglaterra, filho de João.

Seu curto reinado foi marcado por sua intervenção com as forças reais na Cruzada Albigense no sul da França que decisivamente ajudou a levar o conflito para seu encerramento. Morreu em 8 de novembro de 1226 e foi sucedido por seu filho Luís IX.

Reinado

Depois da morte do seu pai em 14 de julho de 1223 Luís VIII foi coroado a 6 de agosto de 1223, na catedral de Reims. Continuou o conflito com os angevinos usando o pretexto de que a corte da Inglaterra não tinha cumprido todas as condições do tratado de Lambeth, pelo que aproveitou a minoridade de Henrique III para tomar as últimas possessões inglesas na França.

Retomou grande parte da Aquitânia, com as cidades desta região caindo em sequência em uma rápida campanha em 1224: Poitou, Saintonge, Périgord, Limousin, Angoumois e uma parte de Bordéus. Henrique III da Inglaterra ficaria apenas com o restante da região de Bordéus e da Gasconha, as únicas possessões não atacadas. Depois seguiu-se a conquista de Avinhão e Languedoc.

Nesta época, o sul da França estava em conflito devido aos albigenses. Em 25 de junho de 1218, Simão de Monforte morreu e o seu filho Amaury sucedeu-o no condado do Languedoc. No entanto, este preferiu abandonar o Meio-Dia-Pirenéus, aceitando ceder os seus direitos ao rei da França em troca da importante dignidade de condestável.


Mapa das possessões inglesas (a vermelho) na França no início da Guerra dos Cem Anos. A extensão do ducado da Aquitânia, que seria renomeado para Guyenne no reinado de São Luís, é sensivelmente a deixada por o Leão depois das suas conquistas.

Em 1º de novembro de 1223, Luís decretou a proibição de os seus oficiais registrarem dívidas a judeus, assim revertendo as políticas do seu pai. A usura era uma prática ilegal para os cristãos, de acordo com a lei da Igreja era vista como um vício em que as pessoas lucravam do infortúnio de outros, e era punível por excomunhão.

No entanto, uma vez que os judeus não podiam ser excomungados, havia um buraco legal que os governantes seculares por vezes exploravam ao permitir ou solicitar serviços de usura à comunidade judaica, frequentemente para lucros pessoais. A proibição de Luís VIII foi uma tentativa de resolver este problema, que era uma constante fonte de fricção entre os tribunais da Igreja e do Estado.

Vinte e seis barões aceitaram, mas não o poderoso conde Teobaldo IV de Champagne, que tinha um acordo com os judeus que lhe garantia rendimentos através de impostos. Teobaldo tornar-se-ia num dos principais opositores ao domínio capetiano, e a sua hostilidade foi manifesta durante o reinado de Luís. Por exemplo, durante o cerco de Avinhão cumpriu apenas a obrigação mínima ao seu suserano de 40 dias, e abandonou o campo sob acusações de traição.

O conde Raimundo VII de Toulouse esteve sempre sob suspeita da Igreja de abrigar os cátaros nas suas terras. Em 1225, o concílio de Bourges excomungou-o, declarou que destruir a heresia era uma necessidade e que era indispensável uma nova cruzada contra os cátaros.

O Leão, já tendo participado em anteriores campanhas no reinado do seu pai, foi escolhido para liderar a nova expedição e voltou de bom grado ao conflito para poder fazer valer os seus direitos reais. O conde Rogério-Bernardo II de Foix tentou manter a paz, mas o rei rejeitou a sua embaixada, impelindo-o a aliar-se com os condes de Toulouse contra a coroa.

Luís seria na generalidade bem sucedido, mas não conseguiria concluir a subjugação antes da sua morte. Na Páscoa de 1226, milhares de cavaleiros (os cronistas da época informam um número de 50.000, o que parece exagerado) juntaram-se ao rei em Bourges. Este exército dirigiu-se para o vale do rio Ródano e, à sua aproximação, os senhores e as cidades apressaram-se a fazer-lhe a sua submissão.

No entanto, a cidade de Avinhão, que pertencia a Raimundo VII, recusou abrir as suas portas. Foi então feito o cerco à praça-forte que era considerada a chave do Languedoc. Ao fim de três meses foi tomada e Nîmes, Castres, Carcassonne e Albi renderam-se a Luís VIII. Raimundo VII fechou-se em Toulouse. Os cruzados, atacados por doenças, decidiram adiar o cerco. O Leão morreria antes de Toulouse cair, apenas em 1228.

Ao voltar a Paris, Luís VIII adoeceu com disenteria e morreu a 8 de novembro de 1226 no castelo de Montpensier, na Auvérnia. Foi sepultado na basílica de Saint-Denis, sendo sucedido pelo seu filho Luís IX de França.

Fonte: Wikipédia


Tags: Rei, França, Luís VIII, Inglaterra






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