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09 de setembro de 2016.

Coreia do Norte realiza o mais poderoso teste nuclear até à data, causando terremoto de 5,3 na escala de Richter. Detonação é condenada com veemência pela comunidade internacional, incluindo aliados como a China.

Teste nuclear na Coreia do Norte, comandada por Kim Jong-un (ao centro), foi criticado pela comunidade internacional; a Coreia do Sul diz que ato revela

Coreia do Norte, oficialmente República Popular Democrática da Coreia, é um país do Leste Asiático que ocupa a metade norte da Península da Coreia. Sua capital e maior cidade é Pyongyang. A Zona Desmilitarizada da Coreia serve como uma área de divisão entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte. O Rio Amnok e o Rio Tumen formam a fronteira entre a Coreia do Norte e a República Popular da China. Uma seção do Rio Tumen no extremo nordeste é fronteira com a Rússia.

A Coreia do Norte é um Estado unipartidário sob uma frente liderada pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia. O governo do país se autodeclara como seguidor da ideologia juche, desenvolvida por Kim Il-sung, ex-líder do país. Juche tornou-se a ideologia oficial do Estado quando o país adotou uma nova constituição em 1972, apesar de Kim Il-sung ter governando seu país sob uma política similar desde, pelo menos, o início de 1955. A Coreia do Norte é oficialmente uma república socialista, considerada por muitos no mundo todo como sendo uma ditadura totalitarista stalinista, e considerado um país quase isolado devido a um embargo econômico causado pela sua insistência em fazer testes com armas nucleares, evitando também a exportação de tecnologia nuclear.

Teste nuclear

O teste nuclear norte-coreano de setembro de 2016 foi o 5° experimento do tipo realizado no país (sendo o terceiro sob o comando do líder Kim Jong-Un), realizado no dia 09 de setembro de 2016, exatamente no 68° aniversário da criação do país e passados apenas 8 meses da realização do último.

Antecedentes

Eventos

No dia 7 de julho de 2016, o site especializado 38 North já alertava, baseado em imagens de satélite, que a Coreia do Norte poderia estar preparando um novo teste, pois havia uma intensa movimentação na área de Punggye-Ri.

Entre julho e agosto, os militares norte-coreanos realizaram vários testes com mísseis de médio e longo alcance. Um deles foi lançado de submarino, segundo as autoridades sul-coreanas.

Às 00:30 (UTC) do dia 9 de setembro de 2016, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) detectou um sismo de magnitude 5,3 na região de Punggye-ri, onde os norte-coreanos costumam realizar seus testes. Esse tremor foi consideravelmente mais potente do que os anteriores, e foi sentido até mesmo na região russa de Primorsky Krai. Fontes japonesas e sul-coreanas confirmaram que o terremoto foi "artificial".

Logo em seguida, a televisão estatal norte-coreana KCTV confirmou que houve uma detonação atômica "com sucesso", para comemorar o 68° aniversário da fundação do país. Ademais, que o novo teste atômico foi uma resposta às novas sanções da ONU e que reafirmam a Coreia do Norte como potência nuclear.

Neste teste, Pyongyang alega ter detonado uma ogiva nuclear, capaz de ser montada em um míssil ICBM.

As autoridades norte-coreanas não divulgam a potência de suas bombas, nem a dimensão de seu arsenal nuclear. Baseado na intensidade do tremor, o Ministério da Defesa Sul-Coreano concluiu que o artefato teve um rendimento de no mínimo 10 quilotons, o que seria o mais potente teste já realizado pela Coreia do Norte. Para comparar, a bomba atômica que destruiu Hiroshima em 1945 tinha uma potência de 16 quilotons.

Outras medições falam em 20 a 30 kt, sendo portanto até mais potente do que as bombas empregadas ao final da Segunda Guerra Mundial. Um quiloton equivale à potência explosiva de 1000 toneladas de TNT (Trinitrotolueno). Autoridades chinesas estimam que a Coreia do Norte possa ter até 20 bombas atômicas, enquanto que estimativas ocidentais falam em 10 bombas.

Foi o menor intervalo de tempo registrado entre duas experiências nucleares norte-coreanas. No teste anterior, realizado a 6 de janeiro de 2016, Pyongyang declarou ter detonado uma bomba H, fato esse questionado por especialistas, devido aos fracos efeitos da explosão.

No dia 10 de setembro de 2016, o jornal estatal norte-coreano Rodong Sinmun alertou que não aceitará "chantagens nucleares" das potências ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, e ainda chamou a presidente Sul-Coreana Park Geun-Hye de "prostituta" das tropas estrangeiras.


Mapa mostra a localização de onde foi realizado o teste nuclear norte-coreano.

Simultaneamente, houveram protestos em Seul contra o teste e o regime autoritário de Kim Jong-Un. Jornais sul-coreanos alertaram que até o momento, as sanções da ONU contra a Coreia do Norte se mostraram inúteis contra o avanço do programa nuclear daquele país. Chegaram até mesmo a defender que os Estados Unidos deveriam posicionar armas nucleares táticas em território sul-coreano. Yun Byung-Se, ministro sul-coreano das relações exteriores, teme que a capacidade nuclear do vizinho do norte esteja evoluindo muito rapidamente.


Delegados assinando o Acordo de Armistício Coreano em P’anmunjom.

Tecnicamente, as duas Coreias estão em guerra desde 1950. A Guerra da Coreia foi interrompida em 27 de julho de 1953 após um Acordo de Armistício, mas até hoje não foi assinado um acordo de paz.

Fonte: Wikipédia


Tags: Coreia, Coreia do Norte, Hiroshima, Nagasaki, China, bomba atômica, teste nuclear, Kim Jong-Un, ogiva nuclear, mísseis, ICBM, terremoto






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