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04 de fevereiro de 1963.

Estreia nos cinemas brasileiros, Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia), um filme épico de 1962, baseado na obra de T. E. Lawrence, “Os Sete Pilares da Sabedoria”

O ator Peter O'Toole como T.E. Lawrence, o Lawrence da Arábia

Thomas Edward Lawrence CB, DSO (16 de agosto de 1888 - 19 de maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, e (aparentemente entre os seus aliados árabes) Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico.

Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista estadunidense Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.

A Primeira Guerra Mundial e a Revolta Árabe

Foi convocado para as Forças Armadas da Inglaterra no início da Primeira Guerra Mundial e em 1917 seria oficialmente destacado para a força expedicionária do Hejaz, sob o comando do General Wingate, sendo transferido em 1918 para o estado-maior do General Allenby.

É como tenente do serviço secreto inglês que Lawrence inicia, em 1914, sua carreira militar no Oriente Médio. A identificação de Lawrence com a causa árabe, cultivada quando ainda trabalhava como arqueólogo, torna-o peça importante da manobra britânica para vencer o Império Turco Otomano, aliado da Alemanha na guerra. Como oficial inglês e admirador da cultura árabe, aproxima-se de Faiçal, um dos líderes da revolta e filho do xerife de Meca, Hussein ibn Ali. Seus conhecimentos sobre a geografia local e o exército turco, somados aos ideais de soberania da nação árabe, logo conquistam Faiçal e fazem de Lawrence o conselheiro logístico do movimento, comandante de um exército de dez mil homens.

Grande articulador, ele consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca, através de ações de guerrilha, como explosões de trens e estradas de ferro e aniquilação de reservas materiais, que culminam com a tomada de Damasco em outubro de 1918. Nesse ano, Lawrence foi promovido ao posto de tenente-coronel.

A Batalha de Aqaba

A Batalha de Aqaba, ocorrida em 6 de julho de 1917, foi travada no porto do Mar Vermelho de Aqaba (hoje Jordânia). As forças de ataque da Revolta Árabe, liderados por Auda ibu Tayi e aconselhados por T. E. Lawrence ("Lawrence da Arábia"), forçaram as forças otomanas na área a retirar-se de Aqaba. A captura de Aqaba ajudou a abrir linhas de suprimento do Egito para as forças árabes e britânicas em operação na Transjordânia e na Grande Palestina e, mais importante, aliviaram a ameaça de uma ofensiva turca contra o Canal de Suez.

Após a queda de Aqaba, Lawrence obteve uma poderosa posição como conselheiro de Faiçal e uma pessoa que tinha a confiança do General Allenby.

Conquista de Damasco (1918)

A conquista de Damasco pelos Aliados teve lugar entre 26 de setembro e 1º de outubro de 1918, no âmbito do teatro de operações do Oriente Médio da Primeira Guerra Mundial. Damasco, como o resto da Síria e da Palestina, era uma cidade do Império Otomano. A tomada da cidade pelos Aliados ocorreu na sequência da batalha de Megido, da conquista de Haifa e da vitória na batalha de Samakh, que abriram caminho para norte desde o mar da Galileia, e do terceiro ataque transjordano, que abriu caminho para Dara (Deraa).


Lawrence conduzindo um carro blindado em Damasco em outubro de 1918.

Damasco foi capturada quando o Corpo Montado do Deserto (Desert Mounted Corps) britânico e o exército xarifal do Hejaz do príncipe Faiçal cercaram a cidade, depois de uma perseguição a cavalo em direção a norte ao longo das duas estradas principais para Damasco. Durante essa perseguição, foram atacados e capturados muitos postos de defesa da retaguarda estabelecidos pelo que restava do 4.º, 7.º e 8.º exércitos otomanos. O êxito militar em Damasco foi explorado politicamente por representantes da França, Reino Unido e da Revolta Árabe.


Pintura de James McBey mostrando uma coluna de lanceiros indianos atravessando a ponte em 1º de outubro de 1918.

Morte

Depois da passagem à reserva, Lawrence planejava levar uma vida tranquila e solitária em Clouds Hill, rejeitando mais uma vez convites para posições importantes. Contudo, em 13 de maio de 1935, quando Lawrence foi de moto até aos correios de Bovington, para enviar uma encomenda de livros a um amigo e um telegrama a Henry Williamson, sucedeu o imprevisto. De regresso a Clouds Hill, ao desviar-se abruptamente para evitar o embate com dois jovens ciclistas foi projetado violentamente da moto, fraturando gravemente o crânio. Permaneceu em coma durante seis dias, morrendo a 19 de maio de 1935, aos 46 anos e 9 meses de idade, sem nunca ter recuperado a consciência (se tivesse sobrevivido teria ficado em estado vegetativo). Foi enterrado a 21 de maio, na Igreja de São Nicolau, em Moreton, Dorset. Assistiram ao enterro Winston Churchill e Lady Astor, entre outros notáveis.

As circunstâncias do acidente levaram Hugh Cairns, neurologista que atendeu Lawrence, a realizar um estudo sobre a adoção de capacete motociclístico por civis e militares, concluindo que a prática poderia diminuir drasticamente o número de fatalidades causadas por traumatismo craniano. A morte de Lawrence e o subsequente trabalho de Cairns contribuiu largamente para a adoção de capacetes entre motociclistas, trabalhadores e desportistas em todo o mundo.


T. E. Lawrence, apaixonado motociclista, na sua 5ª (dentre sete) Brough Superior, em 1927.

O filme

Lawrence da Arábia (no original em inglês Lawrence of Arabia) é um filme épico de 1962, baseado na obra de T. E. Lawrence, Seven Pillars of Wisdom (Os Sete Pilares da Sabedoria) e dirigido por David Lean.

Sinopse

O argumento do filme baseia-se na biografia de T.E. Lawrence (1888–1935) descrita no seu livro Sete Pilares da Sabedoria. O filme explora a excentricidade e a personalidade enigmática de Lawrence.

Em 1916, em plena Primeira Guerra Mundial, o jovem tenente do exército britânico estacionado no Cairo pede transferência para a península arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exército britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a Península Arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a se libertarem dos turcos.

O filme mostra quatro episódios principais da vida de Lawrence durante a sua estada na Arábia: a conquista de Aqaba; o seu rapto e tortura pelos turcos em Deraa; o massacre de Tafas; e o fim do sonho árabe de Damasco.

Elenco


Crítica

Lawrence of Arabia teve aclamação por parte da crítica profissional. Com a pontuação de 98% em base de 65 críticas, o Rotten Tomatoes chegou ao consenso: "O épico de todos os épicos, Lawrence da Arábia marcou o estado do diretor David Lean no panteão de cinema com quase quatro horas de grande alcance, performances brilhantes e bela cinematografia".

Principais prêmios e nomeações

Oscar 1963 (Estados Unidos)


BAFTA 1963 (Reino Unido)

  • Venceu nas categorias de melhor ator britânico (Peter O'Toole), melhor filme britânico, melhor roteiro britânico e melhor filme de qualquer Origem
  • Indicado nas categorias de melhor ator estrangeiro (Anthony Quinn).


Prêmio David di Donatello 1964 (Itália)

  • Venceu, em 1964, na categoria de melhor filme estrangeiro.


Globo de Ouro 1963 (Estados Unidos)

  • Venceu nas categorias de melhor fotografia colorida, melhor filme drama, melhor diretor, melhor ator coadjuvante (Omar Sharif) e ator novato mais promissor (Omar Sharif).
  • Indicado na categoria de ator novato mais promissor (Peter O' Toole).


Estreias

Sua estreia mundial aconteceu no dia 10 de dezembro de 1962 em Londres, Inglaterra. Nos Estados Unidos acorreu poucos dias após, em 16 de dezembro de 1962. No Brasil sua estreia aconteceu em 4 de fevereiro de 1963.

Quando o filme estreou, continha 222 minutos. Devido às reclamações dos donos dos cinemas, o filme foi cortado em 35 minutos, passando para 187 minutos, para haver mais uma exibição diária. Só em 1989 é que foram restituídos os 35 minutos que lhe faltavam.

Apesar de ser um filme com quase quatro horas de duração, não tem nenhuma atriz. Todos os protagonistas são do sexo masculino.

Fonte: Wikipédia


Tags: Primeira Guerra Mundial, Lawrence da Arábia, Aqaba, El Aurens, Aurens, Damasco, Faiçal, Revolta Árabe, Cinema, filme, David Lean, Peter OToole, Omar Sharif






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