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09 de julho de 1947.

A princesa Elizabeth Alexandra Mary, futura Rainha Elizabeth II, fica noiva de Philip Mountbatten

Elizabeth e Philip em 1947.

Elizabeth II (ou Isabel II) (nascida Elizabeth Alexandra Mary, Londres, 21 de abril de 1926) é a Rainha do Reino Unido e de quinze outros estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefe da Commonwealth formada por 53 estados. É também a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra e, em alguns de seus reinos, possui ainda o título de Defensora da Fé.

Ao ascender ao trono em 6 de fevereiro de 1952, Elizabeth se tornou a Chefe da Comunidade Britânica e rainha de sete países independentes: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão. Entre 1956 e 1992 o número de reinos variou já que certos territórios ganharam sua independência e outros tornaram-se repúblicas. Atualmente, além dos quatro primeiros estados mencionados, Elizabeth é rainha da Jamaica, Barbados, Bahamas, Granada, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Tuvalu, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Belize, Antígua e Barbuda e São Cristóvão e Nevis.

Elizabeth nasceu em Londres e foi educada particularmente em casa. Seu pai ascendeu ao trono em 1936 como Jorge VI depois da abdicação do irmão Eduardo VIII, e ela passou a ser a herdeira presuntiva da coroa. Elizabeth passou a assumir deveres públicos durante a Segunda Guerra Mundial, em que ela serviu no Serviço Territorial Auxiliar. Ela se casou com o príncipe Philip da Grécia e Dinamarca em 1947, com quem teve quatro filhos: Carlos, Ana, André e Eduardo. Seu pai morreu em 6 de fevereiro de 1952 e Elizabeth ascendeu ao trono aos 25 anos. Sua coroação ocorreu no ano seguinte a 2 de junho de 1953 e foi a primeira a ser televisionada.

As muitas visitas e encontros históricos de Elizabeth incluem uma visita oficial a República da Irlanda, a primeira visita de um presidente irlandês ao Reino Unido e visitas recíprocas com vários papas. Ela viu também grandes mudanças constitucionais, como a devolução dos poderes aos estados constituintes do Reino Unido, a soberania do Canadá (Canada Act) e a descolonização da África. Elizabeth também reinou durante várias guerras e conflitos envolvendo muitos de seus reinos.

Tempos de significância pessoal incluem os nascimentos e casamentos de seus filhos e netos, a investidura do Príncipe de Gales e a celebração de marcos como seus jubileus de Prata em 1977, Ouro em 2002 e Diamante em 2012. Momentos de dificuldade incluem a morte de seu pai aos 56 anos, o assassinato de Louis Mountbatten, tio do príncipe Philip, o fim dos casamentos de seus filhos em 1992 (um ano que ela mesma chamou de annus horribilis), a morte em 1997 de Diana, Princesa de Gales, ex-esposa de Charles, e as mortes de sua irmã Margareth Rose e sua mãe Elizabeth Bowes-Lyon em 2002.

Elizabeth ocasionalmente enfrentou movimentos republicanos e pesadas críticas a família real, porém o apoio a monarquia e sua popularidade pessoal permanecem altos.


Elizabeth II - Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus Outros Reinos e Territórios, Chefe da Commonwealth.

Casamento

Elizabeth conheceu seu futuro marido, o príncipe Philip da Grécia e Dinamarca, em 1934 e depois em 1937. Eles são primos de segundo grau através do rei Cristiano IX da Dinamarca e de terceiro grau através da rainha Vitória. Depois de mais um encontro em julho de 1939 no Real Colégio Naval de Dartmouth, Elizabeth – então com apenas treze anos de idade – afirmou que havia se apaixonado por Philip e eles começaram a trocar cartas. Seu noivado foi anunciado oficialmente em 9 de julho de 1947.

O casamento não ocorreu sem controvérsias: Philip não tinha nenhuma situação financeira, era estrangeiro (apesar de cidadão britânico que havia servido na Marinha Real durante a Segunda Guerra Mundial) e tinha irmãs casadas com nobres alemães com ligações nazistas. Crawford escreveu que "Alguns dos conselheiros do rei não o achavam bom o bastante para ela. Ele era um príncipe sem casa ou reino. Alguns dos jornais tocaram músicas longas e altas sobre as origens estrangeiras de Philip". Algumas biografias posteriores da mãe de Elizabeth relatam que ela inicialmente era contra a união, até chamando Philip de "O Huno". Entretanto, ela mais tarde contou ao biógrafo Tim Heald que o príncipe era "um cavalheiro inglês".

Antes do casamento, Philip renunciou seus títulos gregos e dinamarqueses, converteu-se da ortodoxia grega para o anglicanismo e adotou o estilo de "Tenente Philip Mountbatten", tomando o sobrenome da família britânica de sua mãe. Pouco antes do casamento, ele foi feito Duque de Edimburgo e recebeu o título de "Sua Alteza Real".


Philip e Elizabeth em 1950.

Elizabeth e Philip se casaram na Abadia de Westminster em 20 de novembro de 1947. Eles receberam 2500 presentes vindos de todo mundo. Já que o Reino Unido ainda não havia se recuperado totalmente das devastações da guerra, Elizabeth pediu que cupons de racionamento comprassem o material para seu vestido de noiva, que foi desenhado por Norman Hartnell. No pós-guerra, não era aceitável que os parentes alemães do duque, incluindo suas três irmãs ainda vivas, fossem convidados para o casamento. O Duque de Windsor, o antigo rei Eduardo VIII, também não foi convidado.

Elizabeth deu à luz seu primeiro filho, príncipe Charles, em 14 de novembro de 1948. Um mês depois, o rei emitiu cartas-patente permitindo que os filhos deles usassem o título de um príncipe ou princesa real, que do contrário eles não teriam direito já que seu pai não era mais um príncipe. A segunda criança, princesa Anne, nasceu em 1950.

Depois do casamento o casal alugou Windlesham Moor, perto do Castelo de Windsor, até 4 de julho de 1949, quando passaram a residir na Casa Clarence em Londres. Em vários momentos entre 1949 e 1951, Philip foi colocado em serviço na colônia da coroa de Malta como oficial da marinha britânica. Ele e Elizabeth viveram intermitentemente por meses no lugarejo de Gwardamanġa, na Villa Guardamangia, a casa alugada do tio do duque Louis Mountbatten. As crianças permaneceram na Inglaterra.

Ascensão e coroação

A saúde de Jorge VI foi piorando ao longo de 1951 e Isabel o representou em vários eventos públicos. Seu secretário particular, Martin Charteris, carregou um rascunho de uma declaração de ascensão na visita dela pelo Canadá e o encontro com o presidente Harry S. Truman em Washington, D.C. caso o rei morresse durante a viagem. No início de 1952, Elizabeth e Philip partiram em uma viagem pela Austrália e Nova Zelândia, no caminho parando no Quênia. Em 6 de fevereiro, quando o casal voltou para sua casa queniana depois de passarem a noite no Treetops Hotel, chegou a notícia da morte do rei. Philip contou as notícias à nova rainha. Charteris perguntou qual nome régio ela gostaria de usar, com a nova monarca respondendo: "Meu próprio, é claro – qual outro?". Ela foi proclamada rainha por seus reinos e o séquito real voltou para o Reino Unido. Ela e o Duque de Edimburgo mudaram-se para o Palácio de Buckingham.


A coroação de Elizabeth II.

Com a ascensão de Elizabeth, parecia provável que a casa real passaria a ter o nome de seu marido, transformando-se na "Casa de Mountbatten", seguindo a tradição da esposa assumindo o sobrenome do marido após o casamento. O primeiro-ministro Winston Churchill e a rainha Mary de Teck eram a favor de manter a Casa de Windsor, assim em 9 de abril de 1952 Elizabeth publicou uma declaração dizendo que "Windsor" continuaria a ser o nome da casa. Philip reclamou, "Sou o único homem no país que não pode dar seu nome aos próprios filhos". Em 1960, depois da morte de Mary em 1953 e a renúncia de Churchill em 1955, o sobrenome "Mountbatten-Windsor" foi adotado para os descendentes de linhagem masculina de Philip e Elizabeth que não possuem títulos reais.

Durante as preparações para a coroação, a princesa Margareth contou a irmã que desejava se casar com Peter Townsend, um divorciado, dezesseis anos mais velho e com dois filhos do casamento anterior. Elizabeth pediu para que eles esperassem por um ano; nas palavras de Charteris: "a rainha era naturalmente simpática com a princesa, mas acho que ela pensou – ela esperava – que com tempo o caso iria esgotar-se". Os principais políticos eram contra a união e a Igreja Anglicana não permitia novos casamentos depois de um divórcio. Se Margareth casasse no civil, ela renunciaria seus direitos na sucessão. Eventualmente ela decidiu abandonar os planos com Townsend. A princesa se casou com Antony Armstrong-Jones em 1960, criado Conde de Snowdon no ano seguinte. Eles divorciaram-se em 1978 e Margareth não se casou mais.

A coroação ocorreu normalmente como planejado no dia 2 de junho de 1953 apesar da morte de Mary de Teck em 24 de março, como ela havia pedido antes de morrer. A cerimônia aconteceu na Abadia de Westminster e foi televisionada pela primeira vez, com exceção da parte da unção e da comunhão. Seu vestido de coroação foi desenhado por Norman Hartnell e, seguindo suas instruções, bordado com os emblemas florais dos países da Commonwealth: a Rosa de Tudor inglesa, o cardo escocês, o alho-porro galês, o trevo irlandês, a acácia australiana, a folha de bordo canadense, a samambaia prateada neozelandesa, a protea sul-africana, a flor-de-lótus pela Índia e Ceilão e o trigo, algodão e juta paquistaneses.

Visita ao Brasil

Elizabeth II e seu marido o príncipe Philip visitaram o Brasil entre 1º e 10 de novembro de 1968 como parte um programa de integração econômica com a América Latina, tendo sido recebida pelo presidente Artur da Costa e Silva e discursado no Congresso Nacional.


A Rainha Elizabeth II e o presidente Artur da Costa e Silva em foto de novembro de 1968.

Fonte: Wikipédia


Tags: Elizabeth II, Isabel II, Rainha da Inglaterra, Grã-Bretanha, Reino Unido, rainha, casamento, noivado, Philip Mountbatten, Duque de Edimburgo






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