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04 de julho de 1270.

A oitava cruzada, comandada pelo rei Luís IX (São Luís), da França, sai de Marselha rumo a Tunis; porém o rei morre e não há luta

A morte de São Luís.

O Oriente Médio vivia uma época de anarquia entre as ordens religiosas que deveriam defendê-lo, bem como entre comerciantes genoveses e venezianos.

Em 1265, os egípcios da dinastia mameluca tomaram Cesareia Marítima, Haifa e Arsuf; em 1266, ocuparam a Galileia e parte da Armênia e, em 1268, conquistaram Antioquia. O Oriente Médio vivia uma época de anarquia entre as ordens religiosas que deveriam defendê-lo, bem como entre comerciantes genoveses e venezianos.

O rei francês Luís IX (São Luís), retomou então o espírito das cruzadas e lançou novo empreendimento armado, a Oitava Cruzada, em 1270, embora sem grande repercussão na Europa. Os objetivos eram agora diferentes dos projetos anteriores: geograficamente, o teatro de operações não era o Levante mas antes Túnis, e o propósito, mais que militar, era a conversão do emir da mesma cidade norte-africana.

Partiram em direção a Túnis a 4 de julho de 1270. Mais uma vez no mar, outra grande tempestade dispersou as embarcações e impediu muitas outras de partir.

São Luís esperava converter o sultão de Túnis ao cristianismo para, aliados, atacarem o sultão do Egito. No entanto, depois da rápida conquista de Cartago pelos cruzados, este não permitiu sequer o desembarque da armada europeia. Iniciou-se um confronto, com os franceses assediando vários pontos nevrálgicos dos inimigos e a própria capital. Como esta resistisse, decidiram dominá-la cortando os víveres.

Mas as doenças da cidade atingiram também o exército francês. Luís IX viu morrer seu filho João Tristão, nascido durante o seu cativeiro no Egito, e pouco depois morreria ele mesmo, a 25 de agosto de 1270, precisamente 22 anos após a sua partida para a Sétima Cruzada. Tradicionalmente tem sido aceito que fora vitimado pela peste bubônica, mas estudos recentes indicam a sua morte por disenteria.


Reliquiário de São Luís
, final do século XIII, no museu da basílica de São Domingos, em Bolonha, Itália.

O corpo de Luís IX foi colocado sobre um leito de cinzas, em sinal de humildade, e os braços em cruz, à imagem de Jesus Cristo. Este falecimento marcaria o fim da cruzada, a que se seguiriam mais mortes na família real. Isabel de Aragão, esposa de Filipe III de França, morreria na Sicília durante a viagem de regresso à França. Afonso III de Poitiers e a sua esposa Joana de Toulouse morreriam no intervalo de três dias, na Itália.

O cadáver do rei foi levado para França pelo seu filho e sucessor Filipe, com exceção das entranhas: algumas destas foram enterradas na atual Tunísia, onde ainda é possível hoje em dia visitar um túmulo de São Luís; outras foram destinadas à abadia de Monreale, na Sicília, a pedido do seu irmão Carlos I da Sicília.

O resto do seu corpo, depois de uma estadia na Basílica de São Domingos em Bolonha e de uma paragem em Lyon, foi transladado para a necrópole real da abadia de Saint-Denis. O seu túmulo na França era um magnífico monumento de bronze dourado concebido no final do século XIV. Foi fundido durante as guerras francesas de religião, quando o corpo do rei santo desapareceu. Só foi recuperado um dedo, mantido atualmente em Saint-Denis.

As relíquias conservadas na Sicília foram ainda transportadas para a Tunísia para a consagração da catedral São Luís de Cartago no final do século XIX e, por fim, quando da independência deste país, devolvidas à França, onde foram depositadas na Sainte-Chapelle.

Fonte: Wikipédia


Tags: Oitava Cruzada, cruzada, cruzados, Terra Santa, Jerusalém






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