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08 de outubro de 0314.

O Imperador Romano Licínio é derrotado por seu colega Constantino I na Batalha de Cibalas e perde seus territórios europeus.

Constantino, cabeça de bronze de uma escultura, Museus Capitolinos, em Roma

A Batalha de Cibalas (em latim: Cibalae) foi travada durante a Primeira Guerra Civil entre as forças dos imperadores romanos Constantino, o Grande (r. 306–337) e Licínio (r. 308–324) em 8 de outubro de 314 ou 316. O local da batalha situava-se a aproximadamente 350 quilômetros dentro do território de Licínio. Constantino teve uma vitória retumbante, apesar de estar em menor número.

A série de conflitos entre os augustos Constantino e Licínio ocasionou o fim do sistema de governo denominado Tetrarquia, estabelecido por Diocleciano em 293, e o restauro de um governante único no Império Romano. A Batalha de Cibalas provavelmente foi acarretada pela tentativa de nomeação de Bassiano, o esposo de Anastácia e cunhado de Constantino, como César da Itália, algo rejeitado por Licínio.

Antecedentes

pós a derrota de Magêncio (r. 306–312) na batalha da Ponte Mílvia em 312 contra as tropas de Constantino, e a derrota de Maximino Daia (r. 305–313) em Tarso em 313 contra as tropas de Licínio, o Império Romano ficou dividido em duas porções, cada qual sob comando de um dos imperadores vencedores. Pelo tempo da Guerra de Licínio contra Maximino, Licínio e Constantino mantiveram-se aliados, porém quando tornaram-se governantes únicos a situação deteriorou-se.

Provavelmente devido à nomeação do senador Bassiano, esposo de Anastácia, a meio-irmã de Constantino, como césar, e à tentativa de assassinato de Constantino por Senecião, irmão de Bassiano e íntimo associado de Licínio, a situação deteriorou-se ao ponto de ambos cogitarem o confronto armado: Constantino exigiu que Licínio entregasse Senecião, mas Licínio recusou-se. Constantino reuniu 20.000 soldados das províncias do sul e com extrema rapidez invadiu a Panônia, onde Licínio estava acampado com 35.000 soldados depois de uma campanha contra os godos no ano anterior.

Batalha

Os exércitos encontraram-se na planície entre os rios Sava e Drava, próximo à cidade Colônia Aurélia CIbalas (atual Vinkovci, na Croácia). A cidade localizava-se sobre uma colina e o caminho para ela era estreito e rodeado por um pântano profundo e montanhas. Licínio havia disposto suas tropas em uma fila comprida sob a colina para esconder as fraquezas de suas alas de cavalaria. O confronto teve início com contínuos ataques dos arqueiros, que foram seguidos por escaramuças da infantaria, o que durou o dia todo (desde o amanhecer até o anoitecer).

A batalha foi decidida por um ataque da cavalaria iniciado por Constantino (ela foi posta em fila e comandada pelo próprio imperador), que atacou a ala esquerda do exército inimigo, enquanto Licínio resistiu ao centro. Constantino, em seguida, atacou-o de lado, forçando-o a enfrentar a nova ameaça, que foi seguido por um massacre dos homens de Licínio: 20.000 deles morreram, e o imperador derrotado, aproveitando-se do anoitecer, fugiu com sua cavalaria em direção a Sirmio (atual Sremska Mitrovica na Sérvia), mas abandonou alimentos, animais e qualquer outro equipamento.

Rescaldo

Em Sirmio, após recolher seu tesouro e reunir sua família, Licínio partiu para a Trácia, onde pretendia agrupar novo exército, porém não sem antes cortar a ponte sobre o Sava. Constantino, por sua vez, conquistou Cibalas e Sirmio e todas as cidades abandonadas por seu rival, reconstruiu a ponte sobre o Sava e enviou 5.000 soldados em direção ao exército de Licínio para interceptá-lo e atrasá-lo, mas eles não foram capazes de alcançá-lo. Licínio também decidiu elevar Valério Valente (r. 316–317) à posição de co-imperador como augusto (ou césar segundo Zósimo) um antigo duque do Oriente, provavelmente como forma de assegurar sua lealdade.

O exército de Constantino novamente se confrontaria com as forças de Licínio na Batalha de Márdia, que se mostraria inconclusiva. Pesadas baixas foram sofridas de ambos os lados. Após o combate, pressupondo que Licínio se retiraria para Bizâncio, Constantino avançou em direção à cidade, porém, Licínio decidiu avançar para norte. Isso deixou-o numa posição entre os efetivos de Constantino e suas linhas de comunicação, permitindo-lhe capturar muito da bagagem de seu rival. Uma trégua favorável a Constantino seria acordada em 317 e, segundo seus termos, os imperadores seriam nomeados cônsules, Licínio cederia todas as suas províncias europeias, exceto a Trácia, e aceitaria Constantino como um governante superior, e Crispo (r. 317–326) e Constantino II (r. 317–340), ambos filhos do último, e Licínio II (r. 317–324), filho do primeiro, seriam nomeados césares.

Fonte: Wikipédia


Tags: Imperador Romano, Batalha de Cibalas, batalha, Licínio, Constantino, batalha da Ponte Mílvia






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