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06 de novembro de 1928.

Protesto contra leilão de obras russas em Berlim


No dia 6 de novembro de 1928, houve fortes protestos dos exilados russos em Berlim contra a casa de leilões Lempe, que estava oferecendo obras de arte de museus de Leningrado e de castelos da Rússia. Os imigrantes alegavam que a então ainda jovem União Soviética havia vendido as obras indevidamente.

Quando o proletariado comandado por Lênin tomou o poder em Moscou, em 1917, os nobres e ricos saíram do país às pressas, deixando bens, jóias e obras de arte. Em pouco tempo, as riquezas confiscadas pelo Estado começaram a ser oferecidas nos catálogos de casas de leilões.

Os antigos proprietários protestaram quando as obras de arte começaram a ser oferecidas em Berlim. Segundo a historiadora Katia Terlau, provar a origem dos bens era muito complicado, pois os russos exilados na Alemanha não haviam trazido documentos que comprovassem a propriedade dos objetos.

Na década de 20, aconteceu em Berlim uma verdadeira colonização russa. Entre os emigrados famosos, estavam escritores como Boris Pasternak, autor do romance Doutor Jivago. Quase dois milhões de pessoas fugiram do bolchevismo. E não só aqueles provenientes da nobreza e realeza, mas também pessoas que tinham outra convicção política.

Berlim, um dos principais destinos

O êxodo prosseguiu até a década de 40 e os destinos eram não só outros países da Europa, como também as Américas. A França e a Alemanha, principalmente Berlim, eram os principais destinos dos russos emigrados. Em Paris, havia um ditado segundo o qual a metade dos motoristas de táxi eram príncipes russos.

Grande parte das obras confiscadas pelo regime comunista foram parar no famoso museu Hermitage, de São Petersburgo, que hoje tem 2,7 milhões de peças em seus 400 salões, distribuídos em 46 mil metros quadrados. Mas, voltando aos protestos dos emigrados russos em Berlim, a historiadora Katia Terlau salienta que alguns conseguiram realmente recuperar objetos de sua propriedade, enquanto outras peças acabaram mesmo sendo leiloadas.

Para evitar a repetição deste e de outros fatos, como o confisco de bens judeus pelos nazistas e o do butim de guerra (em que os soviéticos levaram obras da Alemanha a título de compensação pelas perdas durante a Segunda Guerra) uma conferência em Washington, em 1998, instituiu as bases para a investigação de obras de arte de propriedade não esclarecida.

Fonte: Deustche Welle

Tags: Primeira Guerra Mundial, protesto






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