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15 de outubro de 2001.

A sonda Galileo da NASA passa a 112 milhas da lua de Júpiter, Io.

A Galileo (negra) a bordo da Atlantis pronta para lançamento em direção a Júpiter. Acoplado a ela, o pequeno foguete Inertial Upper Stage (branco).

Galileo foi uma nave espacial norte-americana não tripulada, lançada pela NASA para estudar o planeta Júpiter, suas luas e outros corpos celestes do Sistema Solar. Batizada em homenagem ao astrônomo italiano Galileo Galilei, ela consistia de um orbitador e de um sonda atmosférica e foi lançada ao espaço em 18 de outubro de 1989, a partir da órbita terrestre, levada pelo ônibus espacial Atlantis na missão STS-34. Entrou em órbita de Júpiter em 7 de dezembro de 1995, após uma jornada de seis anos pelo espaço assistida pela gravidade de Vênus e da Terra, sendo a primeira sonda espacial a orbitar o planeta gigante. Ela também lançou a primeira sonda no planeta, que transmitiu dados de sua atmosfera antes de ser destruída na descida pela pressão e pelo calor, sem fazer contato com solo firme.

Em sua longa jornada até Júpiter, a Galileo fez novas descobertas pelo caminho, enviou grande quantidade de dados sobre as luas jovianas Io, Europa, Calisto e Ganimedes e observou a colisão do cometa Cometa Shoemaker-Levy 9 em julho de 1994. Apesar de problemas sofridos em sua antena, ela realizou o primeiro sobrevoo de um asteroide, o 951 Gaspra e descobriu a primeira "lua" de um asteroide, Dactyl, em torno de 243 Ida.

Os dados enviados permitiram novo conhecimento da composição da atmosfera de Júpiter e nuvens de amônia também foram mapeadas, possivelmente criadas por escoamento das camadas mais internas da atmosfera. O vulcanismo de Io e sua interação com a gravidade e a atmosfera de Júpiter também foram gravados. As observações feitas nos satélites também permitiram sustentar a teoria da existência de um oceano líquido sob a superfície congelada de Europa e indicaram a possibilidade de camadas de água salgada sob a superfície de Calisto e Ganimedes, este último mostrando possuir um campo magnético. Evidências também foram colhidas de uma exosfera em torno de Europa, Calixto e Ganimedes. A Galileo também mapeou a extensão e a estrutura da magnetosfera de Júpiter e descobriu que o tênue sistema de anéis em torno do planeta é formado por poeira decorrente de impactos sofridos pelas quatro pequenas luas internas.

Em 21 de setembro de 2003, após 14 anos no espaço e oito deles orbitando o sistema joviano, a missão foi encerrada com a sonda espacial sendo deliberadamente tirada da órbita e lançada para a atmosfera de Júpiter a uma velocidade de 48 km/s, desintegrando-se na queda para assim proteger as luas jupterianas, principalmente Europa, de uma possível contaminação com bactérias terrestres, já que acredita-se que em Europa exista um oceano abaixo da crosta de gelo que possa carregar vida.

Em 11 de dezembro de 2013, a NASA anunciou, baseada em estudos dos dados transmitidos pela Galileo mais de uma década antes, que foram detectados minerais de argila – mais especificamente filossilicatos – frequentemente associados a material orgânico, na superfície congelada de Europa. De acordo com cientistas, a presença destes minerais deve ter sido causada pela colisão de um asteroide ou um cometa com o satélite.

Sobrevoos e sistema joviano

O primeiro corpo celeste a ser sobrevoado foi o planeta Vênus, em 10 de fevereiro de 1990, a uma distância de 16.106 km. Ali ela ganhou um empuxo de 8.030 km/h em velocidade e sobrevoou a Terra duas vezes, a primeira em 8 de outubro de 1990, a 960 km de distância, antes de se dirigir ao asteroide 951 Gaspra, sobrevoando-o a 1.600 km em 29 de outubro de 1991. Voltou a sobrevoar a Terra em 8 de dezembro de 1992 a 300 km de distância, ganhando mais 3,7 km/s em velocidade acumulada. Continuou a órbita então em direção ao asteroide 243 Ida, que sobrevoou em 28 de agosto de 1993 a 2.410 km. Foi durante este sobrevoo que a Galileo descobriu a pequena Dactyl, a primeira vez que uma "lua" de um asteroide foi descoberta.

Em julho de 1994, em trajetória para Júpiter, a Galileo estava perfeitamente posicionada para assistir e transmitir para a Terra imagens da colisão do cometa Shoemaker-Levy 9 com o planeta gigante, enquanto os telescópios terrestres só puderam ver as marcas da batida na superfície de Júpiter pois ainda precisaram realizar longos movimentos de rotação para o local correto do espaço.

Após ejetar a pequena sonda atmosférica em direção ao planeta em 13 de julho de 1995, ela entrou em órbita de Júpiter às 00h27 UTC de 8 dezembro de 1995, o primeiro objeto construído pelo Homem a realizar tal feito.

A principal missão da sonda foi estudar o sistema joviano, Júpiter e seus satélites, por dois anos. Ela viajou ao redor do planeta gigante em elipses alongadas, cada órbita demorando cerca de dois meses para ser completada. As distâncias diferentes alcançadas nestas órbitas permitiram à Galileo fotografar amostras de diferentes partes da extensa magnetosfera de Júpiter. As órbitas foram planejadas para incluírem sobrevoos a pequenas distâncias das maiores luas. Ao fim desta primeira missão em 7 de dezembro de 1997, a Galileo passou a realizar sobrevoos rasantes sobre Europa e Io, o mais próximo deles a 180 km de distância, em 15 de outubro de 2001. O ambiente de radiação nas proximidades do vulcânico Io causaram problemas nos instrumentos da Galileo, fazendo com que estes sobrevoos ao satélite fossem reprogramados para a parte final da missão, quando a perda da sonda poderia ser mais aceitável.

As câmeras da Galileo foram desativadas em 17 de janeiro de 2002 após sofrerem danos irreparáveis causados pela radiação. Os engenheiros da NASA conseguiram reativar alguma eletrônica de gravação de dados e ela continuou a enviar algum material científico até ser finalmente deorbitada e jogada na atmosfera de Júpiter, após fazer uma última medição da massa de Almathea quando a sobrevoou.

Em toda a missão, ela orbitou Júpiter 34 vezes, Calisto 8, Ganimedes 8, Europa 11, Io 7, Amalthea 1 e percorreu um total de 4.631.778.000 km entre seu lançamento da Terra e seu impacto final na camada atmosférica do planeta.

Fonte: Wikipédia


Tags: Sonda. NASA, Galileo, Júpiter, Io, Atlantis, Ônibus Espacial






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