Últimas notícias
Hoje na história
RSSCaso Dreyfus: Mathieu Dreyfus, o irmão de Alfred, descobre que Charles-Ferdinand Walsin Esterhazy foi o verdadeiro culpado
O Caso Dreyfus (em francês: Affaire Dreyfus) foi um escândalo político que dividiu a França por muitos anos, durante o final do século XIX. Centrava-se na condenação por alta traição de Alfred Dreyfus em 1894, um oficial de artilharia do exército francês, de origem judaica.
O acusado sofreu um processo fraudulento conduzido a portas fechadas. Dreyfus era, em verdade, inocente: a condenação baseava-se em documentos falsos. Quando os oficiais de alta patente franceses perceberam isto, tentaram ocultar o erro judicial. A farsa foi acobertada por uma onda de nacionalismo e xenofobia que invadiu a Europa no final do século XIX.
Para o historiador Edward McNall Burns, "o efeito do caso Dreyfus foi desmantelar por completo o movimento monarquista na França". Assim, "o caso Dreyfus não foi senão um dos episódios de uma luta mais vasta em torno da questão da Igreja e do Estado". Desde sua fundação, a Terceira República apresentava certa vocação anticlerical. A própria ascensão do nacionalismo militante tendia a conflitar com o poder temporal da Igreja. A hierarquia católica favorecia os monarquistas, que conspiravam contra a República.
O julgamento de Alfred Dreyfus, na Corte Marcial em Rennes.
História
Em 1894, Madame Bastian, empregada da limpeza na embaixada alemã em Paris descobriu uma carta suspeita no cesto do lixo do adido militar alemão, o tenente-coronel Schwarzkoppen. Madame Bastian entregou os papéis aos serviços secretos franceses, que logo concluíram que existia um traidor entre os oficiais franceses, que fazia espionagem para os alemães. Quando o caso se tornou conhecido, a carta passou a ser conhecida como "le bordereau" .
Fotografia do le bordereau de 13 de outubro de 1894. O original desaparece em 1940.
Alfred Dreyfus era o único oficial judeu entre os que poderiam ter escrito a carta. Por isto, foi considerado o principal suspeito e levado a julgamento. O memorando foi usado como instrumento de acusação contra Alfred Dreyfus.
Dreyfus foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na costa da Guiana Francesa.
Cabana de Dreyfus na Ilha do Diabo na Guiana Francesa.
Em novembro de 1897, seu irmão Mathieu Dreyfus, descobre que Charles Esterhazy é o verdadeiro culpado. Em 1898, as evidências da inocência de Dreyfus possibilitaram um segundo julgamento. A permanência da sentença anterior provocou a indignação de Émile Zola. O escritor expôs o escândalo ao público geral no jornal literário L'Aurore numa famosa carta aberta ao Presidente da República Félix Faure, intitulada J'accuse! (Eu acuso!) em 13 de janeiro de 1898. Uma reprimenda endereçada à França: "Como poderias querer a verdade e a justiça, quando enxovalham a tal ponto todas as tuas virtudes lendárias?". Nas palavras da historiadora Barbara W. Tuchman, o caso Dreyfus foi "uma das grandes comoções da história".
Capa do jornal "L'Aurore" de 13 de janeiro de 1898, com a carta de Zola sobre o caso Dreyfus
Outro literato bastante conhecido na época, Anatole France, defendeu abertamente Dreyfus e os judeus. Em seu livro O Anel de Ametista são descritos os manifestos populares, a perseguição daqueles que discordavam da sentença, os bastidores do jornal L´Aurore, etc. Já reconhecia o caso como "grande erro" e criticava a confiança cega que os franceses tinham em instituições como o exército e o clero.
Bernard Lazare e Scheurer tinham sido até então uns dos poucos defensores de Dreyfus. O jornalista Theodor Herzl, que posteriormente se tornaria o criador do sionismo fora cobrir o caso do julgamento de Dreyfus para um jornal austro-húngaro e ficou impressionado com o antissemitismo na França. Após o segundo julgamento houve manifestações em Paris em que muitos cantaram "Morte aos Judeus" pelas ruas.
Alfred Dreyfus em 1894.
Theodor Herzl e Émile Zola partiram para o ataque, denunciando os culpados pela farsa. O caso Dreyfus dividiu a França entre os dreyfusards (os apoiantes de Alfred Dreyfus) e os anti-dreyfusards (contra ele). A disputa foi particularmente violenta, uma vez que envolvia vários assuntos no clima controverso e agitado de então. De certa forma, estas divisões seguiam a linha de demarcação entre uma direita apoiando frequentemente o retorno à monarquia - e uma ala esquerda apoiando a República. Uma boa parte da virulência das paixões levantadas pelo caso deveu-se ao antissemitismo existente na França, onde, em 1886, havia sido publicado o livro antissemita de Edouard Drumont, "La France Juive".
Vários intelectuais - professores, estudantes, artistas, escritores - aliaram-se aos dreyfusards e assinaram pedidos intercedendo por Dreyfus. Em suas demonstrações gritavam "Vive Dreyfus! Vive Zola!". Do outro lado da barricada, os gritos eram de "Vive l'Armée! Conspuez Zola! Mort aux Juifs!". Houve pilhagens de lojas de judeus, verdadeiros pogroms na Argélia (em Boufarik, Mostaganem, Blida, Médéa, Bab el-Oued) com estupros, mortos e feridos.
Uma revisão do processo de Dreyfus em 1906 mostrou que Charles-Ferdinand Walsin Esterhazy, outro major do exército francês, fora o verdadeiro autor das cartas e que agia como espião dos alemães.
Em 12 de julho de 1906 a Suprema Corte Francesa anulou por unanimidade, o julgamento militar em Rennes em 1899, pronunciando-se pela definitiva "reabilitação do capitão Dreyfus".
À direita, o capitão Alfred Dreyfus reabilitado em Les Invalides, falando com o general Gillain. No centro, o capitão Targe, investigador que descobriu muitas fraudes no processo contra Dreyfus.
Dreyfus foi restabelecido parcialmente no exército. Seus cinco anos de aprisionamento não foram considerados para a reconstituição da sua carreira. Esta decisão tirou-lhe qualquer esperança de uma carreira digna dos seus sucessos anteriores à sua detenção de 1894. Por conseguinte, foi forçado a uma dolorosa demissão em junho de 1907. Dreyfus nunca pediu nenhuma compensação ao estado francês pela injustiça militar, nem pelo grande trauma sofrido e nem pelos danos financeiros. Morreu a 12 de julho de 1935.
O caso volta à tona
As eleições de 1902 na França, viu a vitória da esquerda. Jean Jaurès foi reeleito e reviveu o Caso Dreyfus em 7 de abril de 1903, enquanto a França pensava caso estava enterrado para sempre. Em um discurso Jaurès evocou a longa lista de falsidades que envolviam o caso Dreyfus, e colocou especial ênfase em dois pontos fundamentais:
- A carta renúncia do General Pellieux, escrita em termos muito duras. Legalmente, ele forma uma confissão de conivência do Estado-Maior:
Enganar as pessoas sem honra, sem poder contar com a confiança dos subordinados, sem a qual o comando é impossível. Por meu lado eu não posso confiar em qualquer um dos meus superiores que me fazem trabalhar com falsidades, peço assim minha aposentadoria.
- A lista supostamente feita Kaiser Guilherme II da Alemanha para que o general Mercier tinha insinuado no julgamento de Rennes, que foi divulgada pela imprensa teria influenciado os juízes do Conselho de Guerra.
Tendo em vista estas informações, o general Louis André, o novo ministro da Guerra, conduziu uma investigação por instigação de Émile Combes e assistida pelos juízes. A investigação foi conduzida pelo Capitão Targe, assessor do ministro.
Durante pesquisas na Seção de Estatística ele descobriu numerosos documentos, a maioria dos quais foram obviamente fabricados.
Em novembro 1903 foi apresentado um relatório ao Ministro da Justiça pelo Ministro da Guerra. Isso foi em conformidade com os regulamentos já que o ministro encontrou um erro cometido pelo Tribunal Militar. Este foi o início de uma nova avaliação liderada pelo advogado Ludovic Trarieux, o fundador da Liga dos Direitos do Homem, com uma investigação completa que durou mais de dois anos.
Os anos de 1904 e 1905 foram dedicados a diferentes fases legais perante o Supremo Tribunal. O Tribunal identificou três eventos (motivos) para avaliação:
- comprovação da falsificação do telegrama Panizzardi;
- comprovação de uma mudança de data em um documento do julgamento de 1894 (abril 1895 mudou a abril de 1894):
- comprovação do fato de que Dreyfus não tinha removido os minutos relacionados com a artilharia pesada do exército.
No que diz respeito à grafia do memorando, o tribunal foi particularmente grave contra Alphonse Bertillon que "se fundamentou em documentos falsos". O relatório mostrou que a grafia foi certamente feita por Esterházy e que este último também confessou posteriormente. Finalmente, o Tribunal, demonstrado por uma análise abrangente e qualificada do memorando, mostra a futilidade desta construção puramente intelectual e uma comissão de quatro pessoas lideradas por um general da artilharia, General Sebert, afrimou que "é altamente improvável que um oficial de artilharia poderia escrever esta missiva".
Em 9 de março de 1905 o Procurador-Geral Baudouin emitiu um relatório de 800 páginas no qual ele exigiu que fosse anulado todo o processo contra Alfred Dreyfus, e denunciou o exército por ter forjado provas.
Só em 12 de julho de 1906 que a Suprema Corte Francesa anulou por unanimidade, o julgamento militar em Rennes em 1899, pronunciando-se pela definitiva "reabilitação do capitão Dreyfus".
Reabilitação de Alfred Dreyfus pelo Tribunal de Cassação, 12 de julho de 1906.
Cronologia dos acontecimentos
- Finais de Setembro de 1894 - O bordereau chega à posse do ministério da guerra.
- 15 de outubro de 1894 - Dreyfus é preso
- De 19 a 22 de dezembro de 1894 - Dreyfus é julgado e condenado por um tribunal militar. É condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo.
- 5 de janeiro de 1895 - são-lhe retirados os galões de oficial numa cerimônia humilhante.
- 21 de fevereiro de 1895 - Dreyfus embarca para a prisão na ilha.
- Finais de Outubro de 1896 - o jovem jornalista Bernard Lazare publica uma brochura chamada "O erro judiciário - A verdade sobre o caso Dreyfus"
- 10 de novembro de 1896 - o jornal "Le Matin" publica o bordereau, onde se pode ver a assinatura.
- 11 de novembro de 1897 - Mathieu Dreyfus, o irmão de Alfred, descobre que Charles-Ferdinand Walsin Esterhazy foi o verdadeiro culpado (um senhor Castro reconheceu no bordereau a assinatura de um seu cliente).
- 13 de janeiro de 1898 - é publicado o "J'accuse" no "L'Aurore (tiragem de 300.000 cópias)
- Finais de janeiro de 1898 - Violência antissemita na Argélia
- 23 de fevereiro de 1898 - após processo, Zola é condenado a um ano de prisão e 3.000 francos de multa (o escritor Octave Mirbeau paga a multa). Perrenx, dono do "Aurore" foi condenado a 4 meses de prisão e 3.000 francos de multa
- 3 de junho de 1899 - o tribunal de cassação anula o julgamento de 1894 e reabre o processo, reenviando Dreyfus a um novo conselho de Guerra. Zola é autorizado a regressar do exílio da Inglaterra.
- 7 a 9 de agosto de 1899 - conselho de Guerra em Rennes- Dreyfus permanece um traidor e é condenado a 10 anos de prisão.
- 19 de setembro de 1899 - Dreyfus é anistiado e deixa a prisão, apesar de continuar a ser considerado culpado
- 29 de setembro de 1902 - Émile Zola não veria o fim do processo - é encontrado morto por asfixia em circunstâncias misteriosas e não esclarecidas até hoje.
- 7 de abril de 1903 – Jean Léon Jaurès , um político socialista francês, apresenta várias inconsistências do Caso Dreyfus, forçando sua reabertura.
- 9 de março de 1905 o Procurador-Geral Baudouin emitiu um relatório de 800 páginas no qual ele exigiu que fosse anulado todo o processo contra Alfred Dreyfus, e denunciou o exército por ter forjado provas
- 12 de julho de 1906 - Dreyfus é finalmente reabilitado
- 4 de junho de 1908 - Cerimônia da transferência das cinzas de Zola para o Panthéon. Tentativa de homicídio contra Alfred Dreyfus, que é ferido num braço.
Alfred Dreyfus em 1935, o ano de seu falecimento.
Fonte: Wikipédia
Opinião do internauta
Hoje na história relacionadas
-
01/06/2015 - Morre aos 106 anos Nicholas Winton, britânico que salvou crianças judias dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial -
12/05/2008 - Morre Irena Sendler, que salvou 2.500 crianças judias durante Holocausto -
12/06/2006 - Morre György Ligeti, compositor judeu húngaro, considerado como um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX -
20/09/2005 - Morre Simon Wiesenthal, arquiteto austríaco e "caçador" de nazistas -
19/02/2004 - Simon Wiesenthal é feito cavaleiro pela rainha Elizabeth II da Inglaterra em função das suas contribuições para a Humanidade -
22/06/1999 - Israel resgata 76 etíopes judeus -
18/07/1994 - 85 pessoas morrem com a explosão de uma bomba no Centro Comunitário Judaico de Buenos Aires -
06/11/1991 - Extinção oficial da KGB, a principal organização de serviços secretos da extinta União Soviética -
25/09/1991 - Morre o criminoso de guerra e carrasco nazista Klaus Barbie, um dos mais temidos oficiais da SS alemã -
24/09/1991 - Espião Markus Wolf entrega-se à polícia alemã -
15/03/1990 - O Iraque enforca o jornalista britânico Farzad Bazoft acusado de espionagem, apesar dos apelos mundiais contra a execução. Ele havia trabalhado para o jornal London´s Observer -
19/01/1983 - Klaus Barbie, o notório líder da SS nazista estabelecida na França ocupada durante a Segunda Guerra Mundial, é preso na Bolívia -
16/10/1981 - Morre Moshe Dayan, militar israelense -
31/03/1980 - Morre Jesse Owens, atleta e líder civil norte-americano -
13/11/1974 - O Líder da Organização para a Libertação da Palestina – OLP, Yasser Arafat compareceu pela primeira vez diante da assembléia das Nações Unidas -
09/10/1974 - Morre em Frankfurt, Alemanha, Oscar Schindler, o empresário alemão que salvou aproximadamente 1.200 judeus durante o Holocausto nazista -
15/01/1973 - Golda Meir é a primeira líder israelense a ser recebida pelo Papa -
19/12/1969 - Estreia nos cinemas norte-americanos “Topázio” (Topaz), de Alfred Hitchcock -
23/01/1968 - Guerra da Coreia: o “navio espião” norte-americano “Pueblo” é capturado -
20/02/1963 - 'O Vigário', obra de Rolf Hochhuth, abala Alemanha e Vaticano -
04/06/1962 - Prisão perpétua para Vera Brühne, primeira Miss Alemanha -
01/06/1962 - O nazista Adolf Eichmann, depois de julgado e condenado, é enforcado -
10/02/1962 - A União Soviética troca o piloto norte-americano capturado, Francis Gary Powers por Rudolph Ivanovich Abel, um espião soviético mantido pelos Estados Unidos -
15/12/1961 - O nazista Adolf Eichmann recebe sentença de morte do tribunal israelense - a única pena de morte civil levada a cabo naquele país -
11/04/1961 - Em Israel, tem início o processo contra o carrasco nazista Adolf Eichmann -
21/05/1960 - Num voo da El Al, o nazista Otto Adolf Eichmann é levado da Argentina para Israel por agentes da Mossad -
11/05/1960 - O nazista Otto Adolf Eichmann é capturado por agentes israelenses da Mossad na Argentina -
03/05/1960 - A Casa de Anne Frank é aberta ao público -
11/02/1960 - Morre Victor Klemperer, professor de filologia, testemunha do Holocausto -
15/03/1956 - É lançado em Londres, na Inglaterra, o filme “O Homem que nunca existiu” (The Man Who Never Was), baseado na “Operação Carne Picada” (Operation Mincemeat), fato real da Segunda Guerra Mundial -
16/03/1955 - A Força Aérea dos Estados Unidos iniciou oficialmente o desenvolvimento de um avançado satélite de reconhecimento -
20/07/1954 - Guerra Fria: Primeiro grande caso de espionagem na Alemanha dividida -
13/03/1954 - Guerra Fria: É criada a KGB, polícia secreta da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) -
15/10/1946 - Hermann Göring, militar e líder nazista, comete suicídio um dia antes de ser enforcado -
09/05/1945 - Segunda Guerra Mundial: Hermann Göring, militar e líder nazista, é capturado por tropas norte-americanas -
27/01/1945 - Tropas soviéticas liberam os campos de concentração nazistas Auschwitz e Birkenau na Polônia. 1.5 milhões de pessoas foram exterminadas no campo, incluindo mais de 1 milhão de judeus -
25/11/1944 - Segunda Guerra Mundial: Heinrich Himmler ordena a interrupção das atividades e a destruição dos crematórios de Auschwitz-Birkenau -
07/10/1944 - Segunda Guerra Mundial: Judeus iniciam um levante no campo de concentração de Birkenau -
04/08/1944 - Em Amsterdã, após uma denúncia anônima, a polícia nazista arromba o anexo secreto onde vivia a família Frank e prende Anne e toda sua família. Todos são enviados para campos de concentração -
02/08/1944 - No campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau cerca de 3 mil ciganos são exterminados de uma única vez -
02/08/1944 - Morre Felix Nussbaum, pintor alemão, assassinado no campo nazista de Auschwitz -
01/08/1944 - Anne Frank escreve pela última vez em seu diário -
24/06/1944 - Segunda Guerra Mundial: Mala Zimetbaum e seu namorado Edek Galinski fogem do campo de extermínio de Auschwitz. Os dois são capturados poucos dias depois e executados. -
14/10/1943 - Segunda Guerra Mundial: Revolta de Sobibór. Cerca de 50 prisioneiros escapam ao Holocausto -
02/08/1943 - Revolta no campo de concentração de Treblinka, na Polônia: 600 fogem -
01/07/1943 - Os Judeus alemães passam a ser submetidos a vigilância policial -
24/05/1943 - Segunda Guerra Mundial: Holocausto: Josef Mengele se torna oficial médico-chefe do campo de concentração de Auschwitz -
16/05/1943 - Chega ao fim levante do Gueto de Varsóvia -
19/04/1943 - Levante no Gueto de Varsóvia -
17/04/1943 - Hitler exige que a Hungria prenda todos os judeus do país -
18/01/1943 - Segunda Guerra Mundial: Eclode a primeira Revolta do Gueto de Varsóvia -
05/08/1942 - O pedagogo Janusz Korczak é deportado e morto em Treblinka -
23/07/1942 - Holocausto: é aberto o campo de extermínio de Treblinka. -
20/06/1942 - Segunda Guerra Mundial: Acontece a mais espetacular fuga de prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz -
15/05/1942 - Alemanha Nazista: Judeus são proibidos de ter animais domésticos -
26/03/1942 - Segunda Guerra Mundial: Na Polônia, o Campo de Extermínio Auschwitz recebe seus primeiros prisioneiros femininos -
17/03/1942 - Segunda Guerra Mundial: Começa a ‘Operação Reinhardt‘, o genocídio dos judeus poloneses -
20/01/1942 - Holocausto: oficiais nazistas se reúnem e decidem implantar a “Solução Final para o Problema Judaico”, o extermínio de todos os judeus da Europa -
28/11/1941 - Segunda Guerra Mundial: o líder nacionalista árabe-palestino Amin al-Husayni encontra-se com Adolf Hitler para trabalhar para os nazistas -
24/11/1941 - É aberto o Campo de Concentração “Theresienstadt” numa antiga fortaleza militar na República Checa, na região de Ústí nad Labem -
29/09/1941 - Holocausto em Kiev: Em dois anos, alemães assassinam 33.771 judeus, dentre eles homens, mulheres e crianças, no massacre de Babi Yar, perto de Kiev -
03/09/1941 - Holocausto: No campo de extermínio nazista de Auschwitz, o gás começa a ser usado para matar prisioneiros -
31/07/1941 - Hermann Göring, entrega a Solução final, um plano para a eliminação dos judeus -
16/11/1940 - Os nazistas fecham acesso ao Gueto de Varsóvia, construindo um muro ao redor -
16/10/1940 - Segunda Guerra Mundial: Estabelecimento do Gueto de Varsóvia pelos nazistas -
15/10/1940 - Apesar da pressão de agentes diplomáticos alemães e de organizações fascistas, Charlie Chaplin lança o seu filme O Grande Ditador -
05/09/1940 - Estreia, no Festival de Cinema de Veneza, o filme nazista "O judeu Süss" -
06/07/1940 - Segunda Guerra Mundial: Primeira fuga de prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz -
20/05/1940 - Segunda Guerra Mundial: Os primeiros prisioneiros chegam ao campo de concentração de Auschwitz -
27/04/1940 - Segunda Guerra Mundial: Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos antigos alojamentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente nominado Auschwitz, fosse transformada em campos de concentração -
06/07/1939 - As empresas e negócios pertencentes a Judeus que ainda operavam na Alemanha foram obrigadas a fechar -
04/06/1939 - O navio St. Louis, transportando mais de 900 refugiados judeus da Alemanha, é expulso da costa da Flórida -
26/11/1938 - Na Alemanha, Goering dá a Albert Speer o direito de preferência sobre as construções desocupadas pelas expulsões dos Judeus -
09/11/1938 - Ocorre na Alemanha a "Noite dos Cristais", em que nazistas atacam a população judaica, matando vários e queimando sinagogas -
05/08/1936 - Nos Jogos Olímpicos de Berlim, o atleta afro-americano Jesse Owens quebra o recorde olímpico na corrida dos 200 metros. -
01/08/1936 - Abertura, em cerimônia presidida por Adolf Hitler, dos Jogos Olímpicos de Berlim -
15/09/1935 - As leis de Nuremberg são instituídas na Alemanha, tirando a cidadania e direitos civis dos judeus do país -
12/07/1935 - Morre Alfred Dreyfus, oficial francês, centro do caso Dreyfus -
25/05/1935 - O atleta norte-americano Jesse Owens, quebra quatro recordes mundiais -
17/10/1933 - O cientista Albert Einstein, fugindo da Alemanha nazista, chega aos Estados Unidos -
01/04/1933 - Adolf Hitler ordena boicote aos negócios controlados por judeus, e congela as contas bancárias dos mesmos -
29/03/1933 - A direção da UFA (produtora alemã de filmes) demite funcionários judeus -
28/05/1923 - Nasce György Ligeti, compositor judeu húngaro, considerado como um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX -
20/12/1917 - Criação da polícia secreta russo-soviética Tcheka que deu origem à KGB -
02/11/1917 - O governo britânico, através da Declaração de Balfour, promete aos judeus um “lar nacional” na Palestina -
15/10/1917 - Executada Margaretha Geertruida Zelle, ou 'Mata Hari', dançarina holandesa, acusada de espionagem para a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial -
11/10/1916 - Ministro da Guerra Alemão ordena censo entre judeus nas Forças Armadas -
20/05/1915 - Nasce Moshe Dayan, militar israelense -
12/09/1913 - Nasce Jesse Owens, atleta e líder civil norte-americano -
15/02/1910 - Nasce Irena Sendler, o Anjo do Gueto de Varsóvia -
19/05/1909 - Nasce Nicholas Winton, britânico que salvou crianças judias dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial -
31/12/1908 - Nasce Simon Wiesenthal, arquiteto austríaco e "caçador" de nazistas -
28/04/1908 - Nasce Oskar Schindler, o empresário alemão que salvou aproximadamente 1.200 judeus durante o Holocausto nazista -
12/07/1906 - Condenação de Alfred Dreyfus é revogada. Dreyfus foi vítima de um dos maiores escândalos políticos e jurídicos da França, perseguido pela sua religião -
11/12/1904 - Nasce Felix Nussbaum, pintor alemão, que foi assassinado no campo nazista de Auschwitz -
07/04/1903 - Em París é revelado que oficiais do exército forjaram documentos relacionados ao caso Dreyfus -
06/02/1903 - Pogrom de Kishinev: Michael Ribalenko, foi encontrado morto na cidade de Dubossary (hoje Dubasari), a cerca de 35 quilômetros a norte de Chisinau -
19/09/1899 - Alfred Dreyfus deixa a prisão e é reabilitado capitão -
13/01/1898 - O autor francês Émile Zola publica a carta 'J’Accuse', no qual ele denuncia o governo francês de encobrir a injustiça do caso Dreyfus -
29/08/1897 - O primeiro Congresso Sionista se reúne na Suíça. O Congresso foi convocado pelo jornalista Theodor Herzl com o intuito de organizar um movimento por um território judeu na Palestina -
21/02/1895 - Alfred Dreyfus, oficial francês acusado injustamente de traição, é deportado para a Ilha do Diabo -
05/01/1895 - O capitão francês Albert Dreyfus, judeu, condenado por passar segredos militares aos alemães, perdeu sua patente em uma humilhante cerimônia em Paris. -
22/12/1894 - Termina na França o polêmico julgamento de Alfred Dreyfus, oficial judeu injustamente acusado de traição -
15/10/1894 - Inicia-se na França o caso Dreyfus, a injusta prisão do capitão Alfred Dreyfus, um oficial judeu do exército francês -
12/01/1893 - Nasce Hermann Göring, militar e líder nazista -
09/10/1881 - Nasce Victor Klemperer, professor de filologia, testemunha do Holocausto -
07/08/1876 - Nasce Margaretha Geertruida Zelle, ou 'Mata Hari', dançarina holandesa, acusada de espionagem para a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial -
09/10/1859 - Nasce Alfred Dreyfus, oficial francês, centro do caso Dreyfus -
13/10/1843 - É fundada em Nova Iorque a B´nai B´rith, a mais velha organização judaica laica dos Estados Unidos -
03/07/1801 - Surge, na Alemanha, o judaísmo reformado -
19/10/1739 - Inquisição mata em Lisboa o dramaturgo Antônio José da Silva, o Judeu -
08/05/1705 - Nasce Antônio José da Silva, o Judeu, escritor e dramaturgo português nascido no Brasil colônia, considerado um dos maiores dramaturgos portugueses de todos os tempos -
22/10/1536 - É publicada em Évora e na presença de D. João III a bula Cum ad nil magis, promulgada pelo Papa Paulo III, que fundava a Inquisição portuguesa. -
30/03/1492 - Os Reis católicos, Fernando e Isabel, assinam o “Decreto de Alhambra” ordenando a expulsão de todos os judeus da Espanha a menos que eles se convertessem ao Catolicismo Romano -
08/09/1264 - Estatuto de Kalisz - O príncipe Boleslaw o Piedoso de Kalisz, assina a carta patente que regulamenta as liberdades dos Judeus na Polônia e as obrigações dos cristãos -
12/12/1098 - Conquista e início do massacre de Ma'arrat al-Numan pelos exércitos da Primeira Cruzada.