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12 de novembro de 1980.

A sonda Voyager 1 passa a 7.000 quilômetros do satélite Titã

Concepção artística da Voyager 1

Voyager 1 é uma sonda espacial norte-americana lançada ao espaço em 5 de setembro de 1977 para estudar Júpiter e Saturno, e posteriormente, o espaço interestelar. Em operação há mais de 38 anos, a sonda espacial recebe comandos de rotina e transmite dados para a Terra até hoje. A sonda encontra-se atualmente fora do Sistema Solar, informação que foi oficialmente confirmada pela NASA no dia 12 de setembro de 2013. A sonda foi a primeira a chegar no espaço interestelar.

Inserida no programa Voyager, que previa o desenvolvimento de duas sondas de exploração interplanetária (Voyager 1 e 2), ela tinha como objetivo a realização de um "Grand Tour" espacial, aproveitando o posicionamento favorável dos gigantes gasosos do Sistema Solar. Originalmente, o Grand Tour foi desenhado para permitir visitas a apenas Júpiter e Saturno. Porém, a sonda Voyager 2 teve sua missão estendida e visitou Urano e Netuno. A missão inicial e primária da Voyager 1 encerrou-se em 20 de novembro de 1980 após seu encontro com o sistema joviano em 1979 e o sistema saturniano em 1980.


Voyager 1 sendo lançada por um foguete Titan IIIE

Encontro com Júpiter

A Voyager 1 fotografou Júpiter e seus satélites entre janeiro e abril de 1979. A aproximação máxima ao planeta aconteceu em 5 de março de 1979, quando o sobrevoou a uma distância de cerca de 349.000 km de seu centro. Como a proximidade aos objetos a serem observados favorece a qualidade das imagens, a maioria das observações de luas, anéis, campos magnéticos e cinturão de radiação do sistema joviano foram realizadas pela Voyager 1 em um período de 48 horas durante a aproximação máxima ao planeta.

As duas sondas Voyager fizeram várias descobertas importantes sobre Júpiter, suas luas, seu cinturão de radiação e seus anéis. A descoberta mais surpreendente no sistema joviano foi a atividade vulcânica em Io, algo que nunca tinha sido observado antes.


Sequência de imagens da aproximação da Voyager 1 a Júpiter.

Encontro com Saturno

Depois de seu encontro com Júpiter, as duas Voyagers seguiram para Saturno e seu sistema de luas e anéis. A Voyager 1 sobrevoou Saturno durante o mês de novembro de 1980. A aproximação máxima ocorreu em 12 de novembro de 1980, quando a sonda passou a 124.000 km de distância das camadas superiores de nuvens do gigante gasoso. Durante a passagem, as câmeras da Voyager 1 capturaram imagens que revelaram complexas estruturas nos anéis de Saturno aos cientistas da missão. Os instrumentos de sensoriamento remoto a bordo da espaçonave estudaram a atmosfera de Saturno e de sua maior lua, Titã, da qual passou a cerca de 7000 km.

Com a descoberta de uma atmosfera gasosa e densa em Titã no ano anterior, durante a passagem da Pioneer 11, os controladores da missão Voyager no Laboratório de propulsão a jato elegeram a Voyager 1 para fazer uma aproximação de Titã. A nova trajetória incluindo o sobrevoo de Titã causou uma deflexão gravitacional que acabou enviando a Voyager 1 para fora do plano da eclíptica, encerrando assim a fase planetária da missão. A trajetória da Voyager 1 poderia ter incluído passagens por Urano e Netuno, o que foi alcançado posteriormente com a Voyager 2. As opções de trajetória para a Voyager 1 incluíam o uso do efeito de aceleração gravitacional da massa de Saturno para impulsioná-la em direção a Plutão. Mas como determinou-se que o sobrevoo de Titã tinha um valor científico maior e oferecia menos riscos, a opção por Plutão foi descartada.


Saturno fotografado a 5,3 milhões de quilômetros de distância.

Fora do Sistema Solar

No dia 12 de setembro de 2013 a NASA enfim confirmou que a Voyager 1 havia deixado o Sistema Solar. De acordo com Ed Stone, cientista do projeto Voyager, dados recebidos da sonda Voyager 1 confirmavam que a sonda havia deixado uma área de gás ionizado (fora da heliosfera) que servia como transição para chegar até uma região onde não sofreria mais efeitos do Sol.

A certeza sobre a saída da Voyager 1 do Sistema Solar se decorreu de forma oficial apenas depois que uma análise feita por cientistas da Universidade de Iowa, que foi publicada na revista Science. Dados recebidos desde de 2004 foram analisados, eles mostraram um aumento na pressão interestelar. Os cientistas não tinham como medir o ambiente em que ela se encontrava para determinar sua localização, pois a sonda não possui sensor de plasma. As informações necessárias foram obtidas apenas em abril de 2013, depois de uma explosão de ventos solares que havia acontecido 13 meses antes, em março de 2012.

A emissão então chegou até a sonda e ela começou a vibrar. Essa vibração fez com que fosse então possível medir a densidade do plasma ao redor da Voyager 1. Assim ficou comprovado que a densidade do plasma ao redor da sonda era 40 vezes maior do que o que fora detectado na camada mais distante da heliosfera. Cálculos mostraram que a Voyager 1 deixou portanto o Sistema Solar no dia 25 de agosto de 2012, e atingiu em setembro de 2013 a distância de 19 bilhões de quilômetros do Sol.

Em setembro a NASA informou que a Voyager 1 havia captado sons do espaço interestelar através de vibrações das ondas de plasma. As ondas detectadas foram amplificadas e reproduzidas para que tivessem uma frequência que pudesse ser ouvida pelos humanos. Os cientistas chegaram à conclusão que as ocorrências tinham uma densidade continuamente crescente.

Fonte: Wikipédia


Tags: Espaço, Nasa, sonda, Júpiter, Saturno, Voyager, Sistema Solar, Voyager 1, Voyager 2






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