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18 de novembro de 1941.

Segunda Guerra Mundial: Fracassa a Operação Flipper feita por Comandos ingleses para matar Erwin Rommel na Líbia

Erwin Johannes Eugen Rommel

Operação Flipper (também chamado de Raid Rommel) foi uma incursão britânica, durante a Segunda Guerra Mundial., realizado principalmente por homens do Comando Nº 11 (escocês).

A operação incluiu entre seus objetivos um ataque contra o Quartel General do marechal-de-campo do exército alemão Erwin Rommel, comandante do Afrika Korps na África do Norte.

Ele foi programado para atacar na noite de 17 para 18 de novembro 1941, pouco antes do início da Operação Crusader, uma operação realizada pelo 8º exército britânico.

A operação foi um fracasso, Rommel tinha deixado o alvo semanas mais cedo.

Os acontecimentos

No outono de 1941, uma figura havia alcançado, no teatro da guerra do deserto, uma fama que era quase uma lenda: Erwin Rommel, comandante do Afrika Korps.

O general britânico John Claude Auchinleck, dizia, referindo-se ao comandante alemão:

“... Fala-se muito a seu respeito. Rommel não é, certamente, um super-homem. Mas, ainda que fosse não seria desejável que nossos homens acreditassem em seus poderes sobrenaturais. De modo que é necessário desvirtuar de qualquer maneira a ideia de que Rommel seja algo mais que um simples general alemão...”

Entre as tropas do 8º Exército britânico existia grande admiração pelo comandante alemão e suas façanhas. Em apenas dois meses, Rommel havia mudado radicalmente o curso da guerra africana, obrigando o exército do General Archibald Wavell, que atacava, a recuar, e combater na defensiva. Por isso, o General Auchinleck foi enviado para substituir Wavell. Por sua vez, o General Alan Cunningham, encarregado de dirigir a ofensiva geral contra as posições alemãs a 18 de novembro de 1941, teve a ideia de eliminar previamente Rommel, mediante uma furtiva e eficaz cilada.


O General Alan Cunningham.

Algo muito ousado, por certo. Se conseguirmos eliminá-lo de qualquer modo que seja - dizia - conseguiremos semear a confusão no Afrika Korps.

E foi assim que, dispostos a concretizar a ideia, alguns jovens oficiais propuseram um temerário plano de ação. Sabia-se, seguramente, que Rommel tinha seu QG na localidade de Sidi Rafa, 375 km atrás das linhas alemães, e a 18 km do mar. O acesso ao local era possível por mar ou pela estrada paralela à costa. Atacando Sidi Rafa poder-se-ia destruir o QG e matar o próprio Rommel.

Cunningham aprovou imediatamente a ideia. Foi esse o começo da Operação Caça à Raposa. Um plano excepcional, de uma audácia sem par, a ser executado na madrugada de 18 de novembro de 1941. Neste ponto surgiu uma questão: Quem comandará a operação?

A resposta não demorou. Havia entre eles um autêntico adepto da caça às raposas. Era Geoffrey Charles Ticker Keyes, do 2º Regimento dos Dragões Reais. Ex-aluno de Eton, e pertencente a uma aristocrática família britânica, Keyes manifestou-se ao ser informado: - Estou certo do sucesso, se me confiarem a missão...


O Tenente-coronel Geoffrey Charles Tasker Keyes.

Dispostos os planos para a operação, determinou-se o seguinte dispositivo: interviriam, na ação, três destacamentos. O primeiro, comandado por Keyes, atacaria exclusivamente a casa de Rommel, a meio quilômetro a oeste da cidade, e o QG alemão que se encontrava em Beda Littoria. O segundo destacamento sob o comando do Tenente Southerland, assaltaria o QG italiano em Cirene, e destruiria as comunicações telefônicas e telegráficas. Havia um terceiro grupo que sabotaria as comunicações entre Faidia e Lamdula. Dois submarinos, o Tobray e o Talisman, se incumbiriam do transporte dos soldados.


Submarino HMS Torbay.

Às 20 horas da sexta-feira, 14 de novembro de 1941, os submarinos deixaram o porto. Eram 22 horas, quando os homens se reuniram na coberta do submarino. Keyes, com serenidade e sangue-frio britânico, ordenou abrir várias garrafas de champanha reservadas para a ocasião. Às 23 horas, o tempo começou a piorar. De súbito as máquinas pararam. Fez-se silêncio. Os homens subiram à ponte. A visibilidade era escassa. A praia aparecia recortada ao longe, entre as sombras.

Keyes consultou seu relógio. Era a hora estabelecida. Deviam desembarcar. Rapidamente apareceram os botes de borracha. Foram inflados com bomba de bicicleta. Depois, jogados ao mar. Cada bote tinha capacidade para dois homens. O desembarque, que nos treinamentos se efetuava em uma hora, demorou seis.

No sábado, 15 de novembro, todos permaneceram ocultos num bosque próximo à costa. Nessa mesma tarde, começou a chover. Ao anoitecer do dia seguinte, às 20 horas, conseguiram chegar a 8 km de Sidi Rafa. Decidiram pernoitar numa caverna. Ao longe, no meio de um pequeno bosque, sobre uma colina, se erguia uma construção de dois andares. Ali estaria Rommel.

No dia 17 de novembro, às 18 horas, Keyes consultou seu relógio. Faltavam seis horas para começar a operação. Ainda chovia. Todos se mantinham tensos, prontos para a aventura, preparados para a caça à raposa...

E assim esperaram a meia-noite. Quando o relógio marcou 12 horas, os soldados deixaram o refúgio, e partiram debaixo da chuva. Três deles deviam inutilizar a instalação elétrica. Cinco vigiariam do lado de fora. O resto controlaria as barracas vizinhas. Junto a Keyes marcharam Campbell, Coulthread, Drori e Brodie. Engatinharam até uma sala vazia. Várias portas abriam-se de ambos os lados. Por qual entrar?

De repente uma delas se abriu e apareceu um soldado alemão, em atitude despreocupada. Ficou imóvel. Recuperou-se imediatamente e abriu a boca para gritar. Mas Campbell, rápido como um raio, lançou-se sobre ele e o derrubou com um certeiro golpe de seu punhal, que penetrou até o cabo, no corpo do alemão. O soldado caiu sobre uma mesa, arrastando na queda, um recipiente de cristal, que se estilhaçou estrepitosamente. Keyes, compreendendo o risco do incidente, que fazia perigar todo o êxito da missão, precipitou-se para outra porta. Abriu-a rapidamente. Dentro do quarto estava um grupo de soldados alemães, displicentemente sentados ao redor de uma mesa. Não escutaram o barulho? Tanto pior para eles. Lançou uma granada que levava em sua mão direita e atirou-se no chão. Mas, nesse mesmo momento, uma descarga de metralhadora, disparada por um soldado alemão, o atingiu, matando-o.

Seu sacrifício havia sido inútil. Como também o de seus companheiros. De fato, nesse mesmo momento, Rommel se achava muito longe dali...

No dia 18 de novembro de 1941, Rommel soube do ocorrido. Imediatamente deu ordem a seu capelão, reverendo Rudolf Dalmrath, que se dirigisse a Sidi Rafa, para dar sepultura cristã a Keyes. Depois de uma viagem de 36 horas, o sacerdote, chegou a tempo para o funeral. Um oficial colocou na tumba uma pequena coroa. Depois, uma cruz improvisada com ramos de ciprestes. Sobre a cruz, um papel com os seguintes dizeres: Em nome de Rommel.

Fonte: Clube dos Generais


Tags: Segunda Guerra Mundial, nazismo, Rommel, assassinato, comandos, operação






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